Premier League

Saiu o primeiro gol de Mudryk pelo Chelsea, que enfim voltou a vencer na Premier League

A vitória por 2 a 0 sobre o Fulham no Craven Cottage foi apenas a segunda do Chelsea de Mauricio Pochettino nesta edição da liga inglesa

Não faz muito tempo que Mykhaly Mudryk era uma grande revelação do futebol europeu, disputado por dois dos clubes mais ricos do mundo. Continua sendo, ainda com 22 anos e se adaptando a uma nova realidade, mas é inegável que seus primeiros meses com a camisa do Chelsea foram complicados. O ponta ucraniano contratado por € 70 milhões (podendo chegar a € 100 milhões com as variáveis) precisou de 24 partidas para finalmente colocar a bola na rede pelos Blues, o que aconteceu nesta segunda-feira na vitória por 2 a 0 sobre o Fulham.

Quando Mudryk foi contratado, após um forte interesse do Arsenal, parecia uma grande vitória do Chelsea no mercado de transferência. Ele foi o primeiro de uma onda insana de reforços desde a janela do último mês de janeiro que estabilizou o time treinado por Graham Potter e toda a temporada. Essa bagunça não foi o melhor ambiente para se adaptar, sem falar que o seu país continua em guerra, o que pode afetar cada jogador ucraniano de maneira diferente.

Isso posto, ele estava mesmo devendo futebol e é uma das principais apostas do Chelsea em jovens que podem se tornar uma referência técnica no futuro. Mauricio Pochettino sabe disso, tanto que tentou lhe dar confiança nos últimos dias, dizendo que Mudryk estava se esforçando por uma integração melhor ao time e que estava muito feliz com a maneira como estava melhorando. Parece que deu certo.

Armando Broja volta ao Chelsea

É quase impossível adivinhar a escalação do Chelsea neste momento, não apenas pelo excesso de jogadores, mas por que uma campanha irregular não oferece muitos argumentos para os jogadores reivindicarem cargos de titular. A novidade de Mauricio Pochettino para o dérbi do oeste de Londres foi o atacante Armando Broja, 22 anos, em seu primeiro jogo como titular desde que rompeu os ligamentos cruzados do joelho em dezembro do ano passado.

Ele havia disputado alguns minutos contra o Aston Villa e na boa vitória sobre o Brighton na Copa da Liga Inglesa. O problema do atual projeto do Chelsea é que existe muita expectativa pela abordagem agressiva no mercado, muita pressão pela última temporada trágica e ainda é preciso ter paciência porque a ideia é desenvolver uma equipe com pouca idade e experiência. Por isso, seria precoce dizer que Broja pode ser a solução para um ataque travado há meses. Mas ele fez uma grande partida contra o Fulham.

Do terceiro minuto em diante, pelo menos. Porque antes disso, perdeu um gol incrível. Teve méritos em brigar pela bola no lado esquerdo do gramado, tabelar com Conor Gallagher e driblar Bernd Leno. Quando saiu da finta, estava diante de três marcadores do Fulham tentando compensar a ausência de um goleiro. Foi um pouco ambicioso ao tentar acertar o ângulo e isolou.

Levi Colwill deu um bom passe pela esquerda para encontrar Mudryk fazendo a projeção na entrada da área. O ucraniano matou no peito e tocou na saída do goleiro para fazer 1 a 0. Poucos minutos depois, o Chelsea ampliou, aproveitando um erro feio de Tim Ream na saída de bola. Cole Palmer interceptou e acionou Broja, cara a cara com Leno. Desesperado, Ream tentou se recuperar e se esticou. Em vez de desarmar Broja, acabou mandando a bola no pé do centroavante, que nem precisou chutar para marcar.

Um bom sinal da atuação do Chelsea foram a organização e a intensidade para recuperar a bola e contra-atacar com voracidade, além das boas movimentações de Broja, como pouco depois do intervalo, quando apareceu na primeira trave para desviar o cruzamento de Palmer da direita. Também participou do lance em que Ian Maatsen acertou a trave.

Infelizmente, precisou sair com dores aos 20 minutos da etapa final, normal para quem ficou tanto tempo parado. Parecia normal após o apito final, agradecendo o apoio da torcida, ao lado dos companheiros.

O Fulham melhorou na meia hora final, com uma cabeçada de Carlos Vinícius levando perigo e, principalmente, com um lindo passe de Tom Cairney entre as pernas da defesa do Chelsea que encontrou Sasa Lukic na boca do gol. O goleiro Robert Sánchez fez uma grande defesa nos reflexos, os visitantes conseguiram segurar apenas sua segunda vitória em sete partidas de Premier League. A única outra havia sido contra o Luton Town, na terceira rodada.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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