Premier League

Bilionário Jim Ratcliffe deve cortar 300 empregos no Manchester United

Segundo jornal inglês, novo acionista dos Red Devils quer reduzir gastos e o primeiro passo pode ser uma demissão em massa 

O bilionário Jim Ratcliffe, dono de 25% das ações do Manchester United, vai pedir a uma empresa de auditoria que avalie a estrutura e as despesas do clube inglês nas próximas semanas. A ideia do mais novo acionista dos Red Devils é reduzir os gastos da instituição, e o primeiro passo pode ser uma demissão em massa de 300 funcionários. 

O investidor de 71 anos acredita que aproximadamente 25 a 30% da força de trabalho do United poderia ser reduzida sem impactar no dia a dia do clube. Portanto, ele deve fechar contrato com uma empresa contabilidade para realizar a avaliação dos cerca de mil postos de trabalho ativos atualmente. As empresas mais cotadas para o serviço são as gigantes de mercado KPMG, Deloitte, Ernst & Young e PwC. As informações são do jornal britânico The Guardian.

A administração do Manchester United já havia sido alertada sobre a necessidade de conter o aumento dos gastos, principalmente a fim de garantir que a equipe não saia dos limites do Fair Play Financeiro instituído pela Uefa na última década, que foi incorporada de forma séria pela Premier League. Os próprios colaboradores já estão cientes dos cortes. 

Empresa de Jim Ratcliffe está por trás do planejamento

Executivos da INEOS, multinacional da indústria química que pertence a Jim Ratcliffe, estiveram em discussões com o Manchester United nas últimas semanas para planejar as reduções de pessoal, inclusive antes da compra dos 25% do clube se tornar oficial na véspera de Natal.  

Segundo as informações do periódico, tal revisão é fundamental para que o projeto do bilionário dê certo no United. Embora, como parte da compra dos 25%, Ratcliffe tenha prometido injetar 237 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão) no clube, esse valor será destinado para a infraestrutura e não para fortalecer o elenco do técnico Erik ten Hag. 

Ratcliffe escreveu ao Manchester United Supporters Trust, grupo fundado em 1998 para impedir uma proposta de aquisição pela empresa do magnata americano Rupert Murdoch, afirmando que a Ineos entrou de cabeça no projeto e a longo prazo e que qualquer sucesso exigirá tempo.

Nesta terça-feira (26), as ações do United subiram 3% após a confirmação da compra realizada por Ratcliffe. 

Leia a carta completa de Jim Ratcliffe:

Querido M.U.S.T., 

Queria escrever-lhes neste momento, dado o papel fundamental dos torcedores para o futuro do Manchester United, pois reconhecemos a nossa responsabilidade como guardiões do clube e de seu nome. Acredito que podemos trazer o sucesso esportivo para dentro de campo para complementar o inquestionável sucesso comercial que o clube tem desfrutado. Exigirá tempo e paciência, além de rigor e o mais alto nível de gestão profissional. 

Vocês são ambiciosos com o futuro do Manchester United e nós também. Não há garantias no esporte e a mudança pode levar tempo, é inevitável, mas estamos nisso a longo prazo e juntos queremos ajudar a levar o clube de volta ao lugar onde ele pertence, no topo do futebol inglês, europeu e mundial. 

Levo essa responsabilidade muito a sério. Observe que, como acontece com qualquer acordo, ele está sujeito ao processo normal de aprovação regulatória e, portanto, não esperamos falar publicamente sobre assuntos do clube até que o acordo seja concluído.

Sir Jim Ratcliffe, Presidente da INEOS.

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