Premier League

Crise no Everton se agrava: virada, goleada do Arsenal e time na zona do rebaixamento

O drama do Everton nesta temporada aumentou um pouco mais neste domingo. Depois de sair vencendo o Arsenal com um golaço de Rooney, o time tomou a virada, perdeu por 5 a 2 no Goodison Park e caiu para a zona do rebaixamento da Premier League. Com isso, crescem os rumores sobre a situação do técnico Ronald Koeman, ameaçado de demissão.

LEIA TAMBÉM: De Bruyne volta a brilhar no Manchester City, desta vez com Sané como companheiro

O início de jogo foi todo do Arsenal. O goleiro Pickford teve que fazer uma defesa milagrosa em um chute à queima roupa de Alexandre Lacazette. O time de Arsène Wenger pressionava nos minutos iniciais e a torcida no Goodison Park começou o jogo sem conseguir respirar, tal qual o time.

Só que o futebol é curioso. Aos 11 minutos do primeiro tempo, o Arsenal errou na saída de bola. Mas errou de um jeito absurdo. Primeiro, Per Mertesacker tocou uma bola na fogueira para o volante Xhaka. Pressionado, o suíço demorou a decidir e, de costas, tomou o desarme de Gueye. A bola sobrou para Wayne Rooney, que bateu com imensa categoria, no ângulo. Golaço do camisa 10 dos Toffees.

O golaço do camisa 10 foi o único bom momento do Everton no jogo. A situação ficou bem mais complicada depois. O empate, aliás, pareceu inevitável. Depois de um chute forte de Kolasinac, o goleiro Pickford espalmou e Nacho Monreal pegou a sobra de primeira para marcar: 1 a 1.

O empate no intervalo não refletia o que foi o jogo. Jordan Pickford já tinha feito oito defesas só nos 45 minutos iniciais. Estava difícil segurar o Arsenal. O início do segundo tempo já mostrou que a etapa final mudaria completamente o jogo. E as coisas ficaram feias no Goodison Park.

O Arsenal arrancou a virada aos sete minutos do segundo tempo. Alexis Sánchez, da esquerda, cruzou para a área e Mesut Özil cabeceou como centroavante para marcar 2 a 1 no Goodison Park.

As coisas complicaram de vez aos 29 minutos. Depois de jogada rápida pela direita, Mesut Özil chegou à linha de fundo e tocou para trás, onde estava Alexandre Lacazette. O camisa 9 do Arsenal finalizou com precisão para marcar 3 a 1.

Deste momento em diante, a situação se agravou de forma devastadora. Alguns torcedores do Everton, irritados, começaram a deixar o estádio. Wenger, fazendo aniversário de 68 anos, colocou em campo Jack Wilshere no lugar de Lacazette.

Os lugares vazios no estádio foram aumentando, pouco a pouco. Aos 45 minutos do segundo tempo, veio mais um gol do Arsenal. Wilshere fez passe para Aaron Ramsey aproveitar o espaço e marcar 4 a 1.

O árbitro ainda deu cinco minutos de acréscimos. Àquela altura, parecia uma crueldade com o Everton. O time estava entregue em campo. Mesmo assim, o time da casa conseguiu um gol. Aos 47, Monreal recuou curto para o goleiro Petr Cech, que também foi com o pé mole. Niasse dividiu com o tcheco e ficou com a bola e o gol vazio.

O placar de 4 a 2, porém, não seria final. Um último golpe ainda viria de Alexis Sánchez. O atacante, camisa 7 do Arsenal, veio driblando pelo meio, puxou pelo lado direito e chutou forte e cruzado. Belo gol do chileno, que deu números finais: 5 a 2.

No apito final do árbitro, o estádio já tinha muitos lugares vazios. Os torcedores do Everton estavam claramente insatisfeitos. A transmissão da Premier League mostrou, incessantemente, imagens de Bill Kenwright, um dos donos do Everton e o seu presidente.

Com oito pontos, o Everton é o 18º colocado. São nove jogos, duas vitórias, dois empates, cinco derrotas. Tudo bem que há outros três times com os mesmos oito pontos: Swansea (14º), West Ham (15º) e Stoke (17º). O que os diferencia é o saldo de gols pior do time.

A pressão sobre o técnico Ronald Koeman é enorme. O Everton tinha uma expectativa muito alta na temporada, ainda mais com o bom mercado que fez. Foram € 158 milhões gastos em contratações. Não tem sido suficiente para o time nem jogar bem e muito menos conseguir resultados. Resta saber se a diretoria do Everton ainda acredita no trabalho do seu técnico.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
Botão Voltar ao topo