Premier League

Arsenal dá show, goleia o Burnley e mantém caçada pela liderança da Premier League

O Burnley nem competiu contra o Arsenal e tomou um 5 a 0 merecido, com grandes atuações de Martin Odegaard e Bukayo Saka

Um 5 a 0 no Crystal Palace, outro 6 a 0 no West Ham, além de vencer Nottingham Forest e o líder Liverpool (por 3 a 1). O Arsenal dá show em 2024 pela Premier League e não foi diferente na 25ª rodada: o Burnley, em pleno Turf Moor, tomou 5 a 0, com shows de Martin Odegaard, autor de um gol e uma assistência, e de Bukayo Saka, que marcou dois, além de Kai Havertz e Leandro Trossard também cravarem os seus.

Mais três pontos que deixam os Gunners dois atrás do líder Liverpool, que também goleou neste sábado (17). O Manchester City ainda joga hoje na rodada e pode empatar em pontos com o clube londrino.

Bem próximos do rebaixamento, os Clarets podem terminar a rodada como lanternas caso o Sheffield United pontue contra o Brighton neste domingo (18).

Arsenal não demora muito abrir o placar e encaminhar vitória

Mikel Arteta não trouxe novidades na escalação de hoje em comparação a goleada no West Ham. A equipe seguiu naquele 4-3-3, com Jakub Kiwior na lateral esquerda na ausência de Oleksandr Zinchenko, enquanto no meio Declan Rice e Martin Odegaard tinham a companhia de Kai Havertz, que por vezes trocava com Leandro Trossard na posição de centroavante – se é que dá para chamar assim a função tamanha a movimentação da dupla.

Mais reativo, o Burnley defendia e atacava no 4-4-2, bem compacto, mas não conseguiu segurar o zero no placar nem por cinco minutos. Aos 4′, a primeira chegada dos Gunners deu em gol. A jogada foi da defesa ao ataque, em bonita e rápida transição. Gabriel Martinelli, quase sempre bem aberto à esquerda, carregou e viu Odegaard sozinho na meia-lua. O norueguês dominou e bateu bonito de canhota, no cantinho esquerdo de James Trafford, que nada pôde fazer.

Burnley x Arsenal
A bonita batida de canhota de Odegaard (Foto: Divulgação/Arsenal)

Seja com o brasileiro ou com Bukayo Saka, os lados do campo são muito bem utilizados pelo Arsenal. O inglês deixou Trossard na cara do gol, que tentou driblar Trafford, mas o goleiro dos Clarets afastou e depois foi marcada a posição de impedimento do belga.

Quando encontrava a defesa mais fechada, o time londrino apostava no 3-2-5 para tentar espaçar a defesa adversária. Kiwior ficava na base da jogada junto dos zagueiros, enquanto Ben White se alinhava a Rice no meio-campo para liberar Havertz e Trossard. Isso não era estático pelos movimentos automatizados por Arteta, um time definitivamente bem treinado.

O Burnley foi tentando diminuir a posse de bola do rival e conseguiu levar perigo com Wilson Odobert. O jovem francês carregou pela esquerda, deixou Saka no chão e levou até a grande área, onde cruzou para a primeira defesa de David Raya na partida. Apesar de melhor, os Gunners só finalizaram certo uma vez em 40 minutos – no caso, o gol de Odegaard aos 4′. As outras duas tentativas foram bloqueadas, e Trafford, basicamente, não trabalhou por um longo período. Poderia ter mudado isso se não fosse a defesa dos Clarets tirando uma bola de Saka que teria chegado em Havertz sozinho para marcar ou se Trossard não furasse uma tentativa muito parecida.

O Arsenal tinha dificuldade de infiltrar por dentro. As possibilidades eram o lado do campo ou lançamentos e passes em profundidade para Havertz. Aos 38′, outro toque direto para o meia/atacante alemão deu bom: ele serviu Trossard, que levou para linha de fundo e sofreu carrinho de Lorenz Assignon, pênalti marcado. Saka foi para a bola convicto e mandou na bochecha da rede, sem chances para Trafford que ainda acertou o canto.

O ímpeto Gunner continua e termina em cinco

No intervalo, o técnico Vicent Kompany (hoje assistindo ao jogo das tribunas) tirou Zeki Amdouni e colocou Jóhann Guomundsson para fazer dupla de ataque com Datro Fofana. No entanto, deu nem tempo de ver o impacto da substitução: um minuto e meio no relógio, veio o terceiro gol. O Arsenal já tinha a posse, já rodava com paciência e acelerou com lançamento de William Saliba. O time até perdeu no alto, mas recuperou a bola e Odegaard, no meio-campo, acionou Saka na direita, que dentro da área mandou uma bomba de perna direita e superou Trafford. Atuação de gala da dupla, especialmente do norueguês.

Burnley x Arsenal
Saka e Odegaard deram show (Foto: Icon Sport)

A equipe da casa até ficou mais com a bola após o terceiro gol, mas nada de criar algo para incomodar Raya. A partida passou um longo período paralisada pelo atendimento a Aaron Ramsey, que caiu feio no chão e foi atendido com muito cuidado. O centroavante Jay Rodríguez entrou na partida.

Mesmo com três de vantagem, o clube londrino tinha muita vontade em campo. Gabriel Martinelli, pouco acionado no jogo, mostrou ter fôlego para antecipar uma saída de bola do Burnley e, ao dividir com a defesa, deu um passe caído para Trossard bater para fora. O belga iria se redimir pouco depois. A partir de roubada de bola, Kiwior deu uma rara escapada pela ponta esquerda, cruzou, a defesa afastou mal e a bola se ofereceu para Trossard cravar o quarto.

Após o 4 a 0, Arteta começou a pensar no jogo da Champions League na próxima quarta-feira (24) e trocou três titulares: White, Saka e Trossard foram substituídos por Cédric Soares, Reiss Nelson e Edward Nketiah, respectivamente. Depois, foi a vez de Rice descansar.

Em meio a tantos reservas, quem marcou o quinto foi Havertz, que iniciou o jogo. Recebeu lateral de Kiwior, deu uma caneta em Hannes Delcroix já dentro da área e bateu de direita na saída do goleiro. O alemão foi substituído pouco depois.

O árbitro ainda deu mais 10 minutos de acréscimos, mas, no fim, nada mudou, e o Arsenal somou mais um clean sheet, além, claro, de outra goleada.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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