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No jogo em que o Liverpool foi mais Jürgen Klopp, Firmino e Coutinho destruíram o City

Desde o primeiro jogo com Jürgen Klopp, o Liverpool mostrou outra postura dentro de campo. Mais intenso, mais ligado na partida e marcando a saída de bola adversária. Características típicas das equipes montadas pelo treinador alemão e que também compõem sua personalidade. A estratégia, porém, ainda não havia funcionado tão plenamente quanto neste sábado, no primeiro tempo da vitória por 4 a 1 sobre o Manchester City, fora de casa, a oitava partida desde a demissão de Brendan Rodgers.

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O Liverpool criou muitas chances de gol no primeiro tempo. Cinco delas em combinações de Roberto Firmino, começando o jogo como o atacante mais avançado do time, com Philippe Coutinho, o maestro da equipe, como sempre. Três terminaram nas redes. A maioria partiu da pressão na saída de bola do Manchester City e de construções rápidas e verticais, com tabelas e toques de primeira.

Aos 7 minutos, Coutinho roubou a bola de Sagna, pela esquerda, e avançou. Tabelou com Firmino, mas, na hora de devolver, Mangala tentou desviar e marcou contra o próprio patrimônio. Em seguida, Firmino aproveitou um erro da defesa do Manchester City, pegou a redonda e levou para o lado direito da grande área. Cruzou a área com um passe rasteiro, que Coutinho completou sem problemas.

O ápice do jogo coletivo apareceu no terceiro gol. Alberto Moreno começou a jogada na lateral esquerda, deixou com Coutinho, que tocou para Can. O alemão descolou um belo passe de calcanhar para matar a defesa do City e deixou o brasileiro livre dentro da área. A bola chegou a Firmino, que empurrou às redes com o gol vazio. De pé em pé, com movimentação e inteligência.

 

O Manchester City parecia morto, em apenas 30 minutos de jogo. A única escapada havia sido em um lance de De Bruyne, sem grande perigo. Mas Sergio Agüero estava de volta, e nenhum time pode sossegar quando o argentino está em campo. Pegou a bola na intermediária, foi cortando para o meio e acertou um belo chute colocado. Era o gol que dava esperança para Manuel Pellegrini buscar o empate no segundo tempo.

O treinador chileno fez duas alterações: tirou Yaya Touré e Jesús Navas, colocou Fabian Delph e Fernandinho. O time da casa melhorou, também porque o Liverpool diminuiu a intensidade. Não teve pernas para manter a correria do primeiro tempo, o que é natural. Mas correu riscos e levou sufoco, especialmente porque a defesa sempre dá um jeito de facilitar as coisas para o adversário. Como no recuo errado de Milner, que deixou Sterling na cara de Mignolet. A cria de Anfield Road teve tranquilidade para tocar para Agüero, que driblou o marcador e chutou com destino certo. O goleiro belga se recuperou e fez grande defesa.

O alívio poderia ter vindo pelos pés de Roberto Firmino, que fez sua melhor partida com a camisa do Liverpool, mas desperdiçou quatro grandes chances de matar o jogo, duas delas ainda no primeiro tempo, em jogadas de Coutinho. Chutou uma em cima de Hart e a outra rente à trave. O goleiro inglês foi muito bem em três desses lances, principalmente os da etapa final.

Coutinho tocou para Can, que cruzou, com um passe rasteiro, para o outro lado do campo. Lallana foi inteligente no corta-luz e deixou Firmino cara a cara com Hart, que fez o bloqueio. Depois, em bola alçada na área, após uma pequena confusão, o brasileiro teve a chance limpa e parou novamente no goleirão inglês, que ainda negou o quarto gol para Benteke, em contra-ataque.

No entanto, no chute de Skrtel, ele não poderia fazer nada. Da entrada da área, o zagueiro do Liverpool acertou um foguete no ângulo. Nenhum goleiro do mundo poderia defender. Foi o gol que confirmou a vitória para a torcida visitante, que começou a cantar o nome de Steven Gerrard, o eterno capitão, cuja melhor chance de conquistar sua única Premier League foi negada pelo próprio Manchester City, na temporda 2013/14.

A atuação do City foi preocupante. Um time que briga pelo título não pode ser derrotado em casa desta forma. Até porque o Liverpool ainda não está pronto. O elenco curto, em comparação aos principais adversários do Campeonato Inglês, e o péssimo começo de temporada devem cobrar o preço para os Reds, que ainda estão a oito pontos da liderança e a seis da zona de classificação para a Champions League. Mas evoluem sob o comando de Jürgen Klopp.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

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