Inglaterra

Não se preocupe, Uefa, o presidente do City não guarda rancor porque “a vida é curta demais”

O Manchester City foi excluído pela Uefa de duas temporadas de competições europeias, como a Champions League, por violações do Fair Play Financeiro, mas acabou absolvido na Corte Arbitral do Esporte. O treinador Pep Guardiola chegou a dizer que o clube merece um pedido de desculpas, apesar de ter escapado por uma tecnicalidade e de ter obstruído as investigações, mas o presidente Khaldoon Al Mubarak disse que está tudo bem, não se preocupe, Uefa, porque “a vida é curta demais para guardar rancor”.

Nos e-mails vazados pela Der Spiegel, com fortes evidências de que o City maquiou suas contas para encobrir investimentos diretos como contratos de patrocínio, um dos advogados do clube diz que Mubarak avisou Gianni Infantino, então secretário-geral da Uefa, que preferia gastar o dinheiro de eventuais multas impostas pelo mecanismo para contratar “os 50 melhores advogados do mundo para processar a Uefa pelos próximos 10 anos”.

Quando morreu Jean-Luc Dehaene, ex-primeiro-ministro da Bélgica, político da União Europeia e membro da Câmara Investigatória da Uefa, esse mesmo advogado, chamado Simon Cliff, escreveu, segundo os e-mails: “Um a menos, faltam seis”.

Mas a vida é curta demais para guardar rancor. “Eu estava confiante que a verdade prevaleceria, mas o que eu tinha mais preocupação era pela distração que isso causava, ao time especificamente”, afirmou Mubarak ao site do City. “É uma das competições de mais prestígio no mundo dos esportes e é uma competição que queremos vencer e uma competição que precisamos respeitar para poder vencer”.

“E isso foi um desafio. Está para trás, ponto final. Estou focado em uma coisa: como posso ajudar este clube a competir neste torneio e vencê-lo e como ter uma relação construtiva com a Uefa. Eu acho que é a única maneira de prosseguir”, completou.

O jeito que Mubarak mais pode contribuir é contratando jogadores, especialmente agora que está tudo tranquilo em relação ao Fair Play Financeiro, e começou com as chegadas de Ferrán Torres e Nathan Aké, por um combinado de aproximadamente £ 65 milhões. E vem mais por aí.

“Não temos uma visão de um ano, mas de três, cinco, dez anos, e quando pensarmos em quais mudanças ou melhoras precisamos para este time, vamos fazê-las”, disse. “Seremos sensíveis e pragmáticos, mas faremos o que for preciso. Acho que viram que nos mexemos rápido com os dois reforços que contratamos. Há mais jogadores que traremos e vamos seguir nosso plano, obviamente dentro das realidades do mercado em que vivemos hoje em dia”.

O Manchester City ficou em segundo lugar na Premier League, conquistou a Copa da Liga, foi eliminado nas semifinais da Copa da Inglaterra e nas quartas da Champions League, pelo Lyon.

.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo