Ibrahimovic critica Classe de 1992 do Manchester United, e Giggs rebate
Zlatan Ibrahimovic, atualmente jogador do Los Angeles Galaxy, não poupou críticas a lendas do seu antigo clube, o Manchester United, o qual defendeu durante menos de dois anos. Em entrevista ao Mirror, o sueco criticou as reclamações da chamada Classe de 1992 – geração de pratas da casa que incluem Gary Neville, Paul Scholes, Ryan Giggs e David Beckham – e a constante presença da aura de Sir Alex Ferguson, mesmo depois da aposentadoria do maior técnico da história dos Red Devils.
Scholes foi muito crítico das passagens de Louis van Gaal e José Mourinho, com quem Ibrahimovic jogou. Neville, como comentarista de televisão, também. “Eles não estão mais no clube. Estão na televisão e reclamando o tempo inteiro porque não estão ativos no clube. Se quiserem trabalhar no clube, busquem emprego no clube. Você não pode ficar na TV sempre reclamando e criticando. Sim, ok, vocês jogaram no clube, nós sabemos disso”, afirmou.
Treinador da seleção galesa, Ryan Giggs rebateu as críticas de Ibrahimovic, que jogou 53 vezes pelo Manchester United. No combinado, a Classe de 1992 soma 3.450 partidas pelos Red Devils. “Apenas Nicky (Butt) está associado ao clube no momento, mas, quando você joga mais de 2000 jogos entre nós, vamos ter uma opinião. Às vezes positiva, às vezes negativa, mas não tem efeito nos resultados. Somos torcedores. O futebol é sobre isso, ter diferentes opiniões. Mas (Ibrahimovic) obviamente conhece mais o clube do que nós”, ironizou.
Ibrahimovic também mirou na maneira como o United lida com o legado de Ferguson. “Tudo que acontece é julgado pela era Ferguson. Eles dizem que se Ferguson estivesse aqui, isso não aconteceria. Ferguson não faria desse jeito. Ferguson faria daquele jeito. Tudo era Ferguson. Se dependesse de mim, eu diria que não temos mais Ferguson. Eu chegaria aqui e faria minha própria história. Não quero ouvir o que aconteceu antes. Quero fazer no presente. Você chega com uma nova mentalidade. Ferguson tem seu lugar na história, mas o clube continua. Tem que encontrar sua própria identidade e é difícil”, encerrou.