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Futebol deixa a desejar, mas grande fase de Kane salva o Tottenham

O Tottenham continua sendo salvo pelo seu super-herói feito em casa. Harry Kane chegou ao seu 14º na Premier League neste domingo, em um jogo dramático em Londres. Em casa, os Spurs arrancaram um empate no último lance do jogo contra os vizinhos londrinos do West Ham, que chegaram a abrir 2 a 0 e acabaram lamentando o 2 a 2. O empate, sofrido como foi, deixou uma sensação de alívio para os torcedores e jogadores do Tottenham, mas o time deixou muito a desejar. O futebol não foi bom e o empate veio, mas não pode mascarar que o time esteve abaixo do que pode. Especialmente quando se lembra das vitórias categóricas sobre Chelsea e Arsenal, mais recentemente.

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Jogar contra o West Ham nesta temporada não tem sido uma tarefa fácil, mas o Tottenham sabia que uma vitória em casa era fundamental para seguir na busca de posições mais altas na tabela da Premier League. Só que a atuação do time no primeiro tempo em White Hart Lane foi terrível. O placar de 1 a 0 para os Hammers era merecido. A opção do técnico Mauricio Pocchetino em poupar Eriksen, deixando-o no banco, acabou não compensando. Dembelé entrou com função de armação, mas fez um jogo muito ruim. Outro que entrou no time, o ponta Andros Townsend, também fez um jogo muito discreto.

No primeiro tempo, o meia Cheikhou Kouyaté marcou o primeiro gol em um levantamento para a área. Já no segundo, Diafra Sakho marcou o segundo em um lance polêmico. No levantamento para a área, Enner Valencia estava em posição de impedimento, mas não tocou na bola, que caiu para Sakho marcar. O Tottenham, claro, reclamou. Eram 17 minutos do segundo tempo. O Tottenham teve que fazer alterações para tentar o abafa, nem que fosse na vontade, já que tecnicamente o time ia mal.

Eriksen já tinha voltado ao time no intervalo, no lugar de Dembéle; Soldado substituiu Townsend já aos 15 minutos e Nacer Chadli entrou no lugar de Ryan Mason aos 35. Tudo pela pressão. E funcionou. Em um rebote de escanteio, Danny Rose pegou um chute de primeira, mascado e estranho, mas a bola foi por cima de todo mundo e entrou. A pressão continuou, mais na loucura de uma tentativa de empate desesperada do que com um plano de jogo organizado. O pênalti que surgiu veio mais por um golpe de sorte do que por competência. Alex Song caiu em cima de Kane.

O momento era dramático. Os cinco minutos de acréscimo já estavam a segundos de se sencerrar. Seria o último lance da partida. Bola nas mãos de Harry Kane para a cobrança de pênalti, mesmo com outros jogadores mais experientes em campo, como Eriksen e especialmente Soldado. Mas é Kane que vem em boa fase. É ele que cobra. E cobrou. Bateu mal e perdeu. Só que o goleiro rebateu a bola e o próprio Kane marcou, no rebote, o gol de empate. Um dos modos mais dramáticos de se arrancar a igualdade.

O futebol do Tottenham ainda é irregular. Kane segue cada vez mais como o melhor jogador inglês em atividade. Em um dia que até Eriksen, que vem sendo o principal jogador dos Spurs, deixou a desejar, é preciso refletir. A disputa pelos quatro primeiros lugares será árdua e perder pontos assim é um convite a cair na tabela. Como o time deve sair ao final desta rodada do seu quinto lugar que começou.

Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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