Copa da Inglaterra
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Com Grealish ajudando a decidir, City venceu o Arsenal em um jogo equilibrado e interessante

O meia inglês fez uma ótima jogada antes de dar a assistência para o gol de Nathan Aké, o único da partida desta sexta-feira no Etihad Stadium

Uma ótima jogada de Jack Grealish abriu espaço que estava raro ao Manchester City nesta sexta-feira no Etihad Stadium e gerou o gol de Nathan Aké, o único do duelo entre os líderes do Campeonato Inglês pela quarta rodada da Copa da Inglaterra. Eliminado nas últimas três edições na semifinal, o City avançou com a vitória por 1 a 0 contra o Arsenal, em um jogo interessante e bastante equilibrado.

Interessante porque mostrou duas equipes competentes, embora não estivessem em seus melhores dias, mesmo que não tenha tido tantas grandes chances de gol. O City começou mal e conseguiu se recuperar depois do intervalo. O Arsenal teve ótimos momentos, mas também problemas para lidar com o ímpeto adversário no começo do segundo tempo.

Engraçado como há partidas em que Erling Haaland destrói o adversário e faz um hat-trick em meia hora e outras em que nem parece que está em campo. Esta foi da segunda categoria. Ele teve poucas chances de finalizar e não tocou tanto na bola. Pressionou, correu, deu suas arrancadas, mas parecia alheio ao resto, como se fossem duas entidades separadas: o time do Manchester City e um centroavante, que apenas ocasionalmente se encontram.

Não tem sido incomum o City fazer um primeiro tempo fraco. Dessa vez, o mérito foi do Arsenal por tê-lo abafado. Logo aos seis minutos, Tomiyasu soltou um chute forte da entrada da área que exigiu boa defesa do goleiro reserva Stefan Ortega. A resposta saiu quase que por acaso. Manuel Akanji lançou para a frente, Rob Holding não alcançou, e Haaland estava aparecendo na cara do goleiro. Matt Turner dividiu fora da área. A bola subiu, e Haaland emendou uma bicicleta sem muita força, interceptada por Tomiyasu.

Leandro Trossard estreou como titular muito à vontade e fez Ortega trabalhar novamente, com um chute firme de perna esquerda. De Bruyne quase marcou um golaço no outro lado, com uma batida colocada de canhota, mas ainda era o Arsenal quem mandava na partida. Trossard criou outra jogada perigosa, avançando pela esquerda antes de cruzar rasteiro. Saka se antecipou e desviou para fora.

O panorama mudou depois do intervalo, embora as mudanças tenham sido feitas por Mikel Arteta. William Saliba entrou na vaga do inseguro e amarelado Holding, e Albert Lokonga substituiu Thomas Partey. O City melhorou bastante. Manteve mais posse de bola e presença no campo de ataque. Começou a parecer mais perigoso. Guardiola trocou Riyad Mahrez por Julián Álvarez e Rick Lewis por Kyle Walker.

A entrada de Álvarez foi importante. Aos 19 minutos, ele girou fora da área e soltou um petardo rasteiro que explodiu na trave. O rebote ficou com Jack Grealish, que dominou, segurou, foi de um lado para o outro até encontrar um passe perfeito para Nathan Aké. O meio-zagueiro-meio-lateral-esquerdo chegou chapando de primeira colocado no outro canto e abriu o placar para o Manchester City.

O gol gerou uma nova situação à partida porque o Arsenal voltou a marcar um pouco mais alto, e foi o bastante para começar a levar perigo. Aymeric Laporte foi crucial para desviar a bola antes de Nketiah completar o cruzamento na boca do gol. Gabriel Martinelli era especialmente perigoso arrancando pela ponta esquerda, pecando um pouco na hora de dar o último passe.

A partida chegou incerta aos minutos finais, mas o Manchester City usou a sua experiência para segurar a bola no campo de ataque e conseguiu segurar a vitória mínima. Ao Arsenal, a eliminação é uma frustração porque claramente ele era capaz de ser campeão da Copa da Inglaterra. Por outro lado, é uma competição a menos para se preocupar na busca pelo seu primeiro título inglês desde 2004.

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Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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