Broja tem a chance da vida no Chelsea — só não pode chutar para fora, como tem feito com a bola

Armando Broja era uma nome que criava muitas expectativas no Chelsea. Seu empréstimo para o Southampton foi recheado de gols e, por conta de sua idade — ainda tem apenas 22 anos –, muitos torcedores dos Blues enxergavam nele uma possibilidade de ter uma matador por anos e anos no comando do ataque em Stamford Bridge. O que era um otimismo até quase que exagerado se tornou decepção na medida em que ele, de volta ao Chelsea, basicamente não conseguiu fazer nenhuma partida boa. Mas, agora, ele tem a chance de provar a todos que não prometeu a toa.

O Chelsea vive problemas crônicos em todos os setores do campo, mas um que tem preocupado especialmente o treinador argentino Maurício Pochettino é o ataque. Não há, hoje, um centroavante confiável nos Blues. O mais perto disso seria Christopher Nkunku, que perdeu boa parte da temporada por lesão e por isso ainda não conseguiu uma sequência que permita a análise se ele será ou não o homem-gol do Chelsea. Atualmente, o cargo tem sido (meio mal) ocupado por Nicolas Jackson.

E aí entra a grande chance de Broja. Afinal, Jackson será desfalque certo do Chelsea por quase todo janeiro por estar na Copa de Nações Africanas, na qual defenderá seu Senegal. Por conta disso, o espaço de centroavante ficou vago e a vaga basicamente caiu no colo de Armando Broja, que agora terá que provar que os tempos de Southampton não foram apenas um lapso. Resta a ele mostrar que aproveitará esta chance melhor do que aproveita as que teve até o momento, que não deixaram saudade em nenhum torcedor do Chelsea.

O Preston é o adversário perfeito para Broja e para o Chelsea — e aí mora o perigo

A primeira chance de Broja com a ausência de Jackson acontece neste sábado (6), quando o Chelsea enfrentará o Preston North End em sua estreia na Copa da Inglaterra — ou FA Cup, como você preferir chamar. Um adversário que está na segunda divisão, no meio da tabela, sem muitas aspirações, pode ser a deixa perfeita para ele voltar a marcar. Ou para fazer as cobranças explodirem de vez.

Mesmo na péssima fase que está, o Chelsea ainda é um time de Premier League e o Preston um time de segunda divisão — e nem destes que disputa para subir, é só uma equipe de meio de tabela mesmo. Por isso, a obrigação está todas com os Blues. Vencer não é apenas fundamental para evitar (ainda mais) o agravamento da crise que o time está afundado desde a temporada passada, mas é obrigação para o Chelsea ter chance de vencer alguma coisa relevante nesta temporada.

E pela disparidade dos times, a torcida vai cobrar forte. E Armando Broja tem de estar preparado para isso. Não marcar significa ver a cobrança aumentar ainda mais, assim como os pedidos de que o Chelsea vá para o mercado em busca de um centroavante. O albanês, que disputará a Eurocopa deste ano com seu país, precisa de gols para chegar na paz. E o Chelsea precisa de seus gols para não se afundar ainda mais. Combinação perfeita para quem precisa se destacar. Combinação perfeita para dar problema, também, é verdade.