Com um dos resultados mais inesperados da Premier League, Everton goleou o Brighton e saiu da zona de rebaixamento
Letal no contra-ataque, e com McNeil em dia inspirado, o Everton ganhou dois pontos de folga na luta contra a queda

O Everton ganhou um jogo, o que em si é um evento raro porque foi apenas a sétima vez que isso aconteceu em 35 rodadas da Premier League. Mas foi mais: ganhou, fora de casa, de um dos melhores times do Campeonato Inglês, um semifinalista da Copa da Inglaterra que recentemente derrotou o Manchester United e goleou o Wolverhampton. E por 5 a 1. O resultado, digamos, inesperado levou o clube de Liverpool a sair da zona de rebaixamento.
Sean Dyche substituiu Frank Lampard no fim de janeiro e, bem ao seu estilo, está conseguindo pelo menos alguma reação. Estreou vencendo o Arsenal e, em 15 rodadas, conseguiu mais pontos (17) do que nas 21 anteriores (15). O Everton chegou aos 32 pontos, com dois de vantagem para a zona de rebaixamento, a três rodadas do fim. Terminará a campanha contra Manchester City (C), Wolverhampton (F) e Bournemouth (C) para tentar evitar uma queda que seria trágica pela sua situação financeira.
Apesar da decepção, o Brighton segue firme na briga por vaga em competições europeias. Depois de derrotar o Manchester United na rodada anterior, até a Champions League estava ao alcance, mas sempre seria difícil por causa da dificuldade da tabela (ainda enfrenta Arsenal e Newcastle fora de casa e o City no Amex Stadium). A derrota significa que não está mais à frente do Liverpool nos pontos perdidos, agora com sete à frente e dois jogos a mais. Precisa ganhar apenas apenas uma das partidas que está devendo para deixar o Tottenham para trás e assumir a sexta posição.
Dyche entrou com o meia-central, às vezes volante, Abdoulaye Doucouré, mais avançado, quase como um segundo atacante, e foi imediatamente recompensado. Pela direita, Alex Iwobi achou o passe para Dominic Calvert-Lewin, que dominou com elegância tirando a marcação e avançou à ponta, da onde soltou o cruzamento para a segunda trave. Doucouré apenas empurrou às redes para abrir o placar, antes do cronômetro completar um minuto.
A partida entrou na dinâmica esperada, com o Brighton dominando a posse de bola, e o Everton preparado para o contra-ataque. Aos 29 minutos, Doucouré começou a jogada no campo de defesa. Abriu na esquerda com Dwight McNeil e disparou. Em certo momento, deixou a marcação comendo poeira e apareceu livre pelo lado direito da grande área para completar o cruzamento de primeira. McNeil estava impossível e, em outro contra-ataque, recebeu de Doucouré, foi para a linha de fundo e cruzou fechado. O goleiro Jason Steele esperava um centro mais aberto, deu um passinho para a esquerda e viu a bola pegar em sua perna antes de entrar para o gol contra.
Vantagem de três gols no intervalo parece boa demais até para o Everton desta temporada, mas o Brighton voltou com tudo do intervalo. Extremamente insatisfeito, Roberto de Zerbi fez quatro alterações ao mesmo tempo. Entraram Levi Colwill, Evan Ferguson, Solly March e Julian Enciso. Os donos da casa pressionaram. Pickford correspondeu com segurança e algumas defesas excepcionais, como em uma cabeçada de Ferguson na segunda trave, que acabou anulada por impedimento. Emendou uma sequência de escanteios e tentava voltar à partida.
Mas eu mencionei que McNeil estava impossível? Aos 30 minutos, Iwobi escapou pela esquerda em contra-ataque e deu o passe na medida. Com um drible, McNeil deixou Lewis Dunk com o bumbum no chão. Ele também passou por Steele e entrou com bola e tudo para assegurar a vitória do Everton. Nos acréscimos, marcou novamente. Arrancou pela esquerda em contra-ataque e até chegou a olhar para o meio da área. Com confiança, soltou a perna esquerda e acertou o ângulo, fechando a incrível goleada do Everton com mais um golaço.
Brighton

Everton
