Como o Manchester United anulou um cartão vermelho de Bruno Fernandes na Premier League
Meia português precisaria cumprir três jogos de suspensão na Premier League, mas FA anulou a punição após alegações do clube inglês
O Manchester United conseguiu reverter a suspensão de 3 jogos imposta a Bruno Fernandes, após apelar contra o cartão vermelho recebido na derrota por 3 a 0 contra o Tottenham, pela 6ª rodada da Premier League 2024/25.
A decisão de expulsão havia sido tomada pelo árbitro Chris Kavanagh no primeiro tempo, quando Fernandes cometeu falta em James Maddison — um carrinho considerado perigoso.
De acordo com a Associação de Futebol da Inglaterra (FA), a decisão original enquadrava a jogada como uma conduta de “falta grave”, que poderia colocar em risco a integridade física do adversário.
No entanto, o Manchester United argumentou que a expulsão foi injusta e que a jogada não atingiu o critério de “força excessiva” exigido para uma expulsão direta.
O que aconteceu na expulsão de Bruno Fernandes contra o Tottenham?
O incidente ocorreu aos 42 minutos do primeiro tempo, quando Bruno Fernandes, ao tentar interceptar uma jogada ofensiva do Tottenham, escorregou e esticou a perna, atingindo Maddison na altura do joelho.
Naquele momento, o United já perdia por 1 a 0, e a expulsão deixou o time em uma situação ainda mais complicada, contribuindo para a terceira derrota da equipe em apenas seis partidas da Premier League 2024/25.
Após o jogo, Fernandes defendeu seu lance em entrevista à BBC Sport, admitindo que cometeu uma falta, mas discordando da decisão de cartão vermelho:
“Concordo que foi uma falta clara, mas nunca um cartão vermelho. O árbitro tentou me convencer que houve um contato com as travas da chuteira, mas isso não aconteceu. Eu não toquei [no Maddison] com as travas, nem com o pé, foi o meu tornozelo. Se ele quisesse me dar um cartão amarelo porque estavam prestes a contra-atacar, eu aceitaria, mas nada além disso.”
O papel do VAR na Premier League e a falha na revisão
O lance foi revisado pelo VAR, que confirmou a decisão de campo de Kavanagh e não chamou o árbitro para rever a jogada que resultou no cartão vermelho de Fernandes.
Segundo apurou The Athletic, o PGMOL (órgão responsável pelos árbitros na Premier League), o VAR, comandado por Peter Bankes, não interveio porque considerou que não havia um erro claro na decisão de campo.
O protocolo da Premier League permite a intervenção do VAR apenas quando há uma evidência inequívoca de erro, o que, segundo Bankes, não ocorreu naquele momento.
No entanto, o Manchester United apresentou sua defesa junto à FA, alegando que Fernandes havia escorregado e que o contato com Maddison foi mínimo, não representando um perigo ao adversário.
A apelação foi aceita, e o comitê disciplinar da FA concluiu que a expulsão foi uma decisão errada, anulando o cartão vermelho e a suspensão de três jogos.
A decisão de anular o cartão vermelho de Fernandes também reacendeu o debate sobre a eficácia do VAR e o julgamento de lances de faltas graves na imprensa inglesa.
Em comunicado oficial, o Manchester United informou que “Bruno Fernandes estará disponível para as próximas três partidas do clube após o sucesso na contestação do cartão vermelho, inicialmente dado por conduta de falta grave.”
Com a anulação da suspensão, Fernandes estará em campo no próximo domingo (06), quando o United visita o Aston Villa em um jogo considerado crucial para o futuro de Erik ten Hag no comando da equipe.