Inglaterra

De bom vendedor, Brighton salta para o 2º time que mais gastou na Europa e promete mais

Em 7 jogadores, Seagulls investiram 201,2 milhões de euros (cerca de R$ 1,24 bilhão) e devem trazer mais até o fechamento da janela

Nos últimos anos, o Brighton se destacou em como explorou a captação de jovens promessas de todo o mundo, inicialmente aproveitando em campo para depois revender para gigantes europeus por bons milhões.

Foi assim com o equatoriano Moisés Caicedo, adquirido por 5 milhões de euros junto ao Independiente del Valle e depois vendido por 116 ao Chelsea. Cucurella, Mac Allister e Bissouma são outros exemplos do sucesso dos Seagulls nesta área. Outro exemplo de boa venda do clube, Ben White foi formado nas categorias de base.

Os números das últimas duas janelas de transferências finalizadas, 2022/23 e 2023/24, também explicam. Somando os períodos do verão e inverno europeu, o clube teve, abatendo as vendas por compras de jogadores, lucro de 163,40 milhões de euros.

Tudo isso parece ter preparado o terreno para o período atual para 2024/25. O Brighton bombou seus gastos como nunca fez antes e se tornou, até aqui, o segundo clube que mais investiu em toda Europa.

Brighton anuncia dinamarquês e atinge R$ 1 bilhão em contratações

Nesta segunda-feira (26), a equipe do sul da Inglaterra anunciou a contratação do dinamarquês Matt O'Riley, de 23 anos, por 29,5 milhões de euros pagos ao Celtic. O jovem meio-campista é simplesmente a 7ª contratação dos Seagulls nesta janela de transferências.

Antes, o clube contratou Yalcouyé, Osman, Gruda, Wieffer, Minteh e Georginio Rutter — os dois últimos as mais caras da história do clube, respectivamente por 35 e 46,7 milhões de euros.

A soma dos valores pagos pelos sete novos jogadores de nacionalidades diferentes atinge os 201,20 milhões de euros (cerca de R$ 1,24 bilhão na cotação atual). A média de idade das contratações é 20,5 anos, sendo o holandês Wieffer o mais velho, com 24.

Todas as contratações do Brighton até aqui na janela de transferências:

  • Georginio Rutter — 46,70 milhões de euros
  • Yankuba Minteh — 35 milhões de euros
  • Mats Wieffer — 32 milhões de euros
  • Brajan Gruda — 31,50 milhões de euros
  • Matt O'Riley — 29,50 milhões de euros
  • Ibrahim Osman — 19,50 milhões de euros
  • Malick Yalcouyé — 7 milhões de euros

Na contramão, o Brighton não negociou nenhum jovem promissor ainda. Vendeu Deniz Undav por 26 milhões ao Stuttgart, enquanto cobrou 7 milhões do Borussia Dortmund por Pascal Gross. Marc Leonard saiu por 590 mil euros para o Birmingham.

Por isso, o clube tem o saldo negativo de 166,91 milhões de euros até aqui em 24/25, o pior em toda Europa.

A dias do deadline day, Seagulls prometem mais

O investimento de 201,20 milhões do modesto time o colocam em 2º entre os times europeus que mais investiram em jogadores. Apenas o Chelsea, com 241 milhões, gastou mais até aqui. O Atlético de Madrid fecha o pódio com 186,50 milhões.

No entanto, os Blues devem perder em breve a ponta dos mais “gastões” para o Brighton, pois toda a imprensa inglesa crava a contratação de pelo menos mais dois jogadores.

Um deles é o lateral-direito Ferdi Kadioglu, de 24 anos, a ser anunciado em acordo de 30 milhões de euros pagos ao Fenerbahçe. O outro, que só chegará em janeiro para terminar a temporada no Inter Miami, é o paraguaio Diego Gomez, de 19, contratado por cerca de 12 milhões.

Segundo o The Athletic, o clube ainda quer um zagueiro, monitorando Mats Hummels, sem clube, que também é alvo da Real Sociedad. A janela de transferência fecha oficialmente em 30 de agosto.

Novo técnico do Brighton mal utilizou os novos reforços

Nas duas vitórias pela Premier League, o jovem técnico Fabian Hurzeler, de 33 anos, só escalou Minteh como titular em ambas. Wieffer começou entre os 11 no 3 a 0 sobre o Everton, enquanto Rutter entrou no último minuto no triunfo contra o Manchester United.

— Ainda não usamos muito as novas contratações. […] Tentamos integrar os novos jogadores o mais rápido possível. Temos que deixar claro que alguns jogadores precisam de mais tempo e alguns jogadores podem se integrar mais rápido do que outros. É muito importante que demos tempo a eles, porque a Premier League é a liga mais competitiva do mundo. — justificou, completando:

— Eles têm que se adaptar, porque vieram de diferentes culturas, de diferentes ligas, e não é fácil para eles. Mas estou muito confiante de que faremos isso fácil para eles, por causa do ambiente, da atmosfera no campo de treinamento, da equipe muito prestativa. — finalizou.

Provavelmente dando minutos aos garotos recém-chegados, os Seagulls jogam nesta terça-feira (27) contra o Crawley pela 2ª rodada da Copa da Liga Inglesa.

No próximo sábado (31), visita o Arsenal em duelo de dois dos quatro times que tem 100% de aproveitamento na Premier League (os outros são Liverpool e Manchester City).

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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