Variação de Brendan Rodgers não funcionou, e Liverpool pós-Suárez ainda não convence

Há vida sem Suárez, mas ela está começando bem complicada para o Liverpool. Sem ameaçarem por um momento sequer o West Ham, os Reds caíram por 3 a 1 e chegaram à terceira derrota em cinco jogos na Premier League. O elenco é mais completo que o da temporada passada, mas Brendan Rodgers tem tido dificuldade em escalar uma equipe competitiva. Contra os Hammers, testou uma escalação diferente, defensiva. Foi surpreendido com dois gols precoces e não teve a reação de que precisava para evitar o revés.
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Para ter o domínio no meio de campo, escalou o setor com uma trinca de volantes, digamos assim. Gerrard, Henderson e Lucas Leiva formaram uma linha à frente da zaga, com Sterling entre os três e a dupla de ataque, Balotelli e Borini. Os gols de Reid e Sakho com apenas sete minutos de jogo desmontaram seja lá o que foi que Rodgers tentou fazer, e o treinador se viu forçado a mexer na equipe na metade da primeira etapa para não ser atropelado. Manquillo deixou a lateral direita para a entrada de Mamadou Sakho, e o Liverpool foi para um 3-5-2.
A medida deu mais consistência defensiva ao time, e o gol de Sterling logo na sequência, certo fôlego para os Reds, mas isso não mudou o panorama da partida. O West Ham seguiu pressionando o adversário e esteve mais perto do terceiro gol que o Liverpool do empate antes do intervalo.
A defesa estava relativamente reparada, mas o meio de campo continuava sem criatividade. Com o que tinha no banco de reservas, Brendan Rodgers fez, então, o melhor que podia para mudar isso: sacou Lucas Leiva e promoveu a entrada de Adam Lallana. Na teoria, isso aumentaria o volume de jogadas ofensivas da equipe, mas na prática o inglês causou pouco impacto. Houve uma leve melhora, mas o West Ham nunca esteve realmente ameaçado.
Philippe Coutinho seria um nome capaz de ser a válvula de escape em uma partida que se apresentava complicada, mas, por algum motivo desconhecido, o brasileiro não foi sequer relacionado para o banco de reservas. Coutinho foi titular na Champions League no meio da semana, é verdade, mas isso não explica sua ausência, até como reserva, do jogo deste sábado. O técnico deverá comentar sua opção posteriormente, mas não revelou de maneira prévia por que havia tomado tal decisão.
Mesmo quando tinha um elenco reduzido em comparação ao que tem hoje, Brendan Rodgers não tinha uma equipe ideal só. Vivia promovendo mudanças tanto na formação quanto nos nomes que escalava. Contra o West Ham, foi apenas coerente com seu estilo de gerenciar a equipe. A aposta dessa vez não deu certo, e o time segue sem convencer nesse início de período sem Suárez. A saída do uruguaio significou a chegada de um caminhão de novas contratações, e elas precisarão de tempo e tranquilidade para se adaptarem como podem ao clube. Sem os resultados, no entanto, a pressão para que correspondam aumenta. Rodgers tem uma situação delicada com que lidar no momento.