PSG é cobrado por ministros franceses após bandeirão pró-Palestina: ‘Que se explique’
Antes do jogo entre Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid pela 4ª rodada da Champions League, torcida francesa estendeu bandeirão no setor sul do Parc des Princes
Na última quarta-feira (06), durante a derrota do PSG para o Atlético de Madrid, o setor sul do Parc des Princes, local onde ficam os ultras do time francês, estendeu um bandeirão de apoio aos povo palestino.
Além da frase “Palestina livre”, uma faixa com a mensagem “Guerra no campo, mas paz no mundo” foi exibida minutos antes do início da partida, válida pela 4ª rodada da fase de Liga da Champions League.
Embora a UEFA, organização máxima do futebol europeu, já tenha sinalizado que o Paris Saint-Germain não será punido, duas autoridades do governo francês exigem explicações sobre a manifestação.
Nas redes sociais, o novo ministro do interior da França, Bruno Retailleau, pediu que o Paris Saint-Germain esclareça o caso que, segundo ele, é proibido pelos regulamentos da competição:
“Peço ao PSG que se explique [sobre o bandeirão] e aos clubes que garantam que a política não prejudique o esporte, que deve ser sempre uma fonte de união. Esse bandeirão não tinha lugar no estádio, e tais mensagens são proibidas pelos regulamentos da Ligue 1 e da Uefa. Se isso acontecer novamente, teremos que considerar a proibição de tifos [bandeirões e mosaicos] para os clubes que não respeitarem as regras.”
Je demande au @PSG_inside de s’expliquer et aux clubs de veiller à ce que la politique ne vienne pas abîmer le sport, qui doit toujours rester un ferment d’unité. Ce tifo n’avait pas sa place dans ce stade, et de tels messages sont d’ailleurs proscrits par les règlements de la… https://t.co/XiQ61LnLO6
— Bruno Retailleau (@BrunoRetailleau) November 7, 2024
Retailleau assumiu o cargo do ministério responsável pela segurança pública do país em setembro deste ano, durante o processo de formação do novo governo liderado pelo primeiro-ministro Michel Barnier.
Gil Avérous, ministro do esporte que assumiu a pasta no mês passado, também se manifestou nas redes sociais. Ele exigiu o “exemplo” do Paris Saint-Germain no futebol:
“Não aos excessos inaceitáveis nas arquibancadas dos nossos estádios. Os campos desportivos não devem tornar-se fóruns políticos. O respeito pelas regras e a neutralidade nos estádios são essenciais para preservar o espírito do desporto: unir, não dividir. O PSG tem a responsabilidade de dar o exemplo e respeitar as regras impostas pelas competições das quais participa.”
NON.
Non aux dérives inacceptables dans les tribunes de nos stades. Les terrains de sport ne doivent pas devenir des tribunes politiques. Le respect des règles et de la neutralité dans les stades est essentiel pour préserver l’esprit du sport : rassembler, pas diviser.
Le… pic.twitter.com/rIG6BP15is
— Gil Avérous (@GilAverous) November 7, 2024
Uefa não deve punir o Paris Saint-Germain
Segundo o jornal francês L'Équipe, a UEFA não deve punir o Paris Saint-Germain pelo bandeirão exibido na partida contra o Atlético de Madrid, pois não o considerou um ato de tom provocativo ou insultante.
Até o momento da publicação desta matéria, nem o clube francês, nem a Uefa haviam se pronunciado por meio de nota ou comunicado oficial.