‘Inibe a criatividade’: imprensa francesa critica técnico do PSG por estilo de jogo ‘rígido’
Funções exercidas pelos jogadores durante os jogos sem sendo alvo de crítica da imprensa, que acusa o treinador de impedir a 'genialidade' dos lances
Quem olhar a primeira vista pode dizer que a temporada do PSG, apesar do empate frustrante contra o Reims, da Ligue 1, no último fim de semana, é boa. Os mais otimistas dirão que é ótima.
Líder invicto com 13 pontos em cinco jogos, 17 gols marcados e apenas quatro sofridos. Na Champions League, vitória na estreia contra o Girona. Até aqui, nada a reclamar. Certo? Errado.
Engana-se quem pensa que o trabalho do treinador espanhol Luis Enrique passa imune às críticas. Na verdade, o estilo de da equipe e como o treinador entende o jogo não têm sido vistos com bons olhos pela crítica.
Há quem diga que o jogo posicional e de controle de bola implementado por Luis Enrique no PSG, na verdade, inibe a criatividade dos jogadores.
Na equipe francesa, Luis Enrique já acumula 59 partidas, com 39 vitórias (cinco nos seis primeiros jogos da atual temporada), além de ter sido campeão francês na temporada passada.
Rigidez tática de Luis Enrique recebe críticas da imprensa francesa
No empate do último sábado (21), contra o Reims, Vitinha, Lee Kang-in, Beraldo e Désiré Doué foram alguns dos jogadores que receberam as muitas orientações do treinador.
Para Luis Enrique, o futebol é posicional. Toda e qualquer ação em campo é ensaiada, preparada e precisa ser executada com precisão. Recomendações precisas, porém, rigorosas, segundo a imprensa francesa.
Um artigo publicado pelo L'Équipe traça um paralelo entre a falta de criatividade da equipe em momentos cruciais com a falta de liberdade dos atletas de tomarem as decisões.
O debate na imprensa francesa tem focado em alguns jogadores para embasar a sua tese, e um deles é o lateral Nuno Mendes, que tem priorizado as funções defensivas, abdicando de participar também nas jogadas ofensivas.
O mesmo acontece com os homens da frente, já que a recomendação tanto para o centroavante quanto para os pontas é de sempre aproximar para tentar a associação curta e nunca a jogada em transição, com a chegada na linha de fundo.
De Zerbi é o queridinho da França
Se o trabalho de Luis Enrique é contestado, o do italiano Roberto De Zerbi, treinador do Olympique de Marseille, por outro lado, é celebrado. Principalmente após a vitória de virada por 3 a 2, contra o Lyon, no último domingo (22).
O grande rival do PSG jogou com um homem a menos desde o início do jogo, quando o zagueiro Leonardo Balerdi foi expulso ainda ais cinco minutos da primeira etapa.
As variações táticas da equipe de De Zerbi e como os jogadores e o treinador conduziram o resultado foram questões celebradas pelos periódicos franceses.
As ideias – e o jogo do treinador italiano – são vistas como divertidas e audaciosas. Durante a partida contra o Lyon, o treinador colocou o time para frente, com dois atacantes de ofício, mesmo em desvantagem numérica.
O resultado, além de garantir a vitória, fez a equipe de Marseille estabelecer um novo recorde. Foi a primeira vez na história da Ligue 1 que um time venceu estando com um a menos desde os cinco minutos.
