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Messi marcou e deu assistência, mas a vitória do PSG sobre o Nice dependeu também das defesaças de Donnarumma

Donnarumma colecionou defesas impressionantes e ainda deu sorte em duas bolas na trave, para uma vitória difícil do PSG na visita ao Nice

O Paris Saint-Germain vinha em mais um momento conturbado da temporada, com duas derrotas consecutivas e as reclamações recentes de Kylian Mbappé. Enquanto os problemas de bastidores não cessam, o time ia ficando parado na tabela da Ligue 1. E precisava de uma resposta neste sábado, para que a vantagem no topo não se reduzisse ainda mais, mesmo que a visita ao Nice se indicasse como um compromisso difícil. A vitória reapareceu com participação ativa de Lionel Messi. O argentino marcou o primeiro gol e deu assistência para o segundo, compensando a atuação desencontrada de Mbappé. Contudo, para ganhar por 2 a 0, os parisienses também dependeram de Gianluigi Donnarumma – que fez toda a diferença com seus milagres, diante da persistência dos anfitriões pela reação na Allianz Riviera. Esbarraram no goleiro.

O PSG abafou o Nice nos primeiros minutos. Messi e Nuno Mendes tiveram tiros para fora, antes que o argentino testasse pela primeira vez Kasper Schmeichel, sem dificuldades ao dinamarquês. A notícia ruim ficava para a lesão de Renato Sanches, mas nada que abalasse os parisienses. Só depois dos 15 é que o Nice conseguiu responder. Arriscaria de longe com Nicolas Pépé e Képhren Thuram, antes de Terem Moffi bater para defesa tranquila de Gianluigi Donnarumma. Os avisos fizeram os visitantes voltar ao ataque.

A resposta do PSG depois disso seria contundente. Primeiro com Danilo Pereira acertando uma cabeçada na trave. E depois com o gol, aos 26. Nuno Mendes apareceu bem na lateral esquerda e, na segunda tentativa, fez o cruzamento rasteiro para a conclusão de Messi, com facilidade dentro da área. Na reta final do primeiro tempo, o Nice ensaiou o empate. Exigiu algumas boas ações da zaga. Isso até que Donnarumma começasse a brilhar com suas defesaças. O goleiro primeiro salvou com a perna uma batida de primeira dada por Pépé, à queima-roupa. Depois, voou para desviar a cabeçada de Moffi.

Estava claro como o PSG precisava de cuidado. E os visitantes tomaram sufoco na volta para o segundo tempo. O Nice continuava na pressão. Na sobra de um escanteio, Dante tentou duas vezes. A segunda veio com uma virada que bateu no travessão e na trave, inacreditavelmente sem entrar. Além disso, Donnarumma continuou fazendo a diferença, com mais duas boas defesas. Em novo duelo com Pépé, o goleiro se esticou todo para tirar a bola cruzada do caminho das redes. Foi só aos dez minutos que os parisienses tiveram um respiro, em cabeçada de Sergio Ramos para fora. Todavia, Donnarumma acumulou mais uma intervenção decisiva aos 14, para barrar o chute de Youssouf Ndayishimiye.

Era uma sequência de partida suficientemente aberta. Se de um lado Fabián Ruiz finalmente fazia Schmeichel trabalhar, do outro Jean-Clair Todibo cabeceou para mais uma defesaça de Donnarumma. O PSG não podia relaxar, até porque o Nice já merecia muito o empate a essa altura. O alívio dos parisienses só veio depois dos 20, quando Kylian Mbappé começou a se envolver mais nas jogadas. Arranjou um escanteio num chute desviado por Dante e, na cobrança, Messi cruzou para a cabeçada de Sergio Ramos, que anotou o segundo gol aos 31 minutos. O Nice ainda não entregou os pontos. Continuou tentando descontar, com Donnarumma aparecendo de novo contra Billal Brahimi e Danilo Pereira acertando o próprio travessão numa cabeçada. Não era o dia das Águias. Por fim, Mbappé poderia ter fechado o jogo nos acréscimos, mas isolou chance cristalina, embora também estivesse impedido.

O PSG sustenta a vantagem de seis pontos na liderança, depois que o Lens havia reduzido a diferença na abertura da rodada. Depois de duas derrotas, era um resultado mais que necessário aos parisienses. Já o Nice vinha em sequência de empates, mas dando sinais de que poderia almejar as copas europeias. Atualmente é o oitavo colocado, com 45 pontos, a sete da zona de classificação à Conference.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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