Europa

O Steaua Bucareste está um passo mais próximo de desaparecer (ou mudar muito)

Campeão europeu de 1986, o Steaua Bucareste trava uma batalha nas cortes da Romênia por sua sobrevivência e perdeu mais uma luta. Uma corte de apelações decidiu que o clube romeno não poderá mais usar o nome, o símbolo e até mesmo as cores de atualmente, confirmando a deliberação de uma instância anterior.

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A disputa judicial começou em 2011, quando o Ministério da Defesa entrou com uma ação para impedir o atual dono do Steaua Bucareste, Gigi Becali, de usar qualquer referência ao clube que era administrado pelas Forças Armadas durante o governo comunista e que se tornou independente em 1998.

Em 2014, depois da primeira derrota nas cortes, o Steaua Bucareste entrou em campo para enfrentar o CSMS Iasi com um uniforme todo amarelo, em vez do tradicional azul e vermelho, sem o seu escudo e sem sequer colocar o seu nome no placar. Depois, o Ministério da Defesa concedeu uma permissão provisória para que continuasse usando os seus símbolos até que a disputa judicial chegasse ao fim.

Gigi Becali ainda pode recorrer à Suprema Corte do país, e por isso, poderá entrar em campo normalmente, nesta quinta-feira, para enfrentar o Dínamo Bucareste, pela semifinal da Copa da Liga da Romênia.


Confiante em vencer nos tribunais, o Exército já anunciou a criação de um novo Steaua Bucareste, que começará na quarta divisão do país em 2017/18, comandado por Marius Lacatus, ex-jogador da Fiorentina e campeão europeu de 1986 com o time romeno. Segundo a Gazzetta dello Sport, 45% dos atuais torcedores do Steaua manifestaram a intenção de torcer para a nova equipe das Forças Armadas.

“Eu não sei como o Ministério da Defesa pode ter um time de futebol”, afirmou o técnico do Zenit, Mircea Lucescu, um dos mais proeminentes nomes do futebol romeno. “Eu entendo eles terem um em nível amador, mas profissional? Eu estudei esse problema e não acho que isso vai acontecer”.

Já o atual clube, que está na elite do país, tem o futuro incerto. Pode ter que pagar um ressarcimento de até € 40 milhões por utilização indevida da marca e também mudar de nome. O atual dono até mesmo sugeriu que o clube se chamasse FC Sports Becali.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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