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Mística irresistível: Sevilla se agiganta para eliminar Juventus na prorrogação e ir a mais uma final de Liga Europa

De virada, Sevilla conseguiu a vitória sobre a Juventus que garantiu a passagem a mais uma final de Liga Europa, onde é o maior campeão

Quando se fala de liga Europa, ninguém gostaria de ter que enfrentar o Sevilla. O que o clube rojiblanco faz nessa competição é algo fora de série. Além de ser o maior campeão do torneio, com seis títulos, a equipe da Andaluzia parece atuar de uma forma impositiva no torneio, mesmo diante das mais pesadas camisas da Europa. Nesta quinta-feira, foi a vez da Juventus sentir o peso de enfrentar o Sevilla. Mesmo saindo na frente, a Juve viu o Sevilla virar o jogo, na prorrogação, e vencer por 2 a 1. Serão os espanhóis, mais uma vez, que decidirão o título.

O técnico José Luis Mendilibar colocou em campo uma equipe que não pôde contar com os machucados Joan Jordán e Marcão. Formou a defesa com Jesús Navas, o capitão, pela direita, Loic Baldé e Nemanja Gudelj pelo centro e Marco Acuña pela lateral esquerda. O brasileiro Fernando e o croata Ivan Rakitic formaram o meio-campo. No ataque, Lucas Ocampos, Óliver Torres e Bryan Gil, além de Youssef Em-Nesyri mais à frente.

No caso da Juventus, Massimiliano Allegri colocou em campo o time em um 3-5-2, como tem sido nos últimos jogos. Danilo, Bremer e Federico Gatti, autor do gol de empate no jogo de ida, formaram a defesa. Juan Cuadrado, pela direita, e Samuel Iling Junior, pela esquerda, foram os alas, com Manuel Locatelli, Adrien Rabiot e Nicolò Fagioli pelo meio-campo. Ángel Di Maria teve mais liberdade para encostar no centroavante Moise Kean. O técnico optou por deixar Dusan Vlahovic, Filip Kostic e Federico Chiesa no banco, além de Arkadiusz Milik, normalmente a opção para se alternar a Vlahovic.

Primeiro tempo

Os primeiros minutos tiveram o que se esperava: pressão do Sevilla, aproveitando o ambiente e a confiança de ser o maior campeão da Liga Europa. A Juventus, pressionada na defesa, tinha que sair em passes longos sempre que recuperava a bola. O time italiano passou os primeiros minutos acuado em seu campo.

Entre cruzamentos e passes na entrada da área, Lucas Ocampos teve uma das melhores chances do primeiro tempo aos 24, quando mergulhou no cruzamento e obrigou o goleiro Wojciech Szczesny fez uma grande defesa, em cima da linha. A tecnologia na linha do gol garantiu que a bola não tinha passado a linha.

Foram 25 minutos com a Juventus acuada no seu campo. Foi só aos 26 minutos que o time conseguiu sair de trás, com Rabiot, que avançou com a bola até o ataque e abriu na direita, onde Di Maria recebeu e, com certa liberdade, não teve confiança para finalizar de pé direito e tentou um chute com o pé esquerdo. Errou o alvo.

O Sevilla voltou a assustar em um chute de Acuña de fora da área, q1ue exigiu uma defesa difícil de Szczesny, que mandou para escanteio. A Juventus voltou ao ataque logo depois. Aos 32 minutos, em ataque rápido, Moise Keane recebeu pela direita, passou por Badé, e finalizou cruzado. A bola tocou o pé da trave e não entrou.

No final do primeiro tempo, aos 40 minutos, a Juventus precisou fazer uma troca. O meio-campista Fagioli se machucou e precisou deixar o campo de maca. Entrou em seu lugar o argentino Leandro Paredes.

Logo depois, aos 41 minutos, a Juventus marcou o gol. Danilo fez o lançamento para Locatelli, que saiu à frente de todo mundo, conseguiu ir até a linha de fundo, cruzou de carrinho para trás e Adrien Rabiot chegou para completar e colocar na rede. Só que o gol foi imediatamente invalidado por impedimento de Locatelli no lance, que o replay confirmou.

No fim do primeiro tempo, o Sevilla reclamou, com razão, de um pênalti. Juan Cuadrado deu um carrinho forte em Oliver Torres, que os rojiblanos reclamaram muito. O árbitro não deu nada e o VAR revisou e, incrivelmente, não marcou o pênalti.

Segundo tempo

Os primeiros minutos do segundo tempo foi similar ao primeiro, com o Sevilla pressionando e muito presente no campo de ataque. Só que mesmo assim, a Juventus conseguiu uma escapada muito perigosa aos nove minutos, com Danilo fazendo um passe longo para Moise Kean, que ajeitou de peito para Rabiot avançar até a área e finalizar cruzado, mas mandou para fora.

Os contra-ataques pareciam a aposta da Juventus, que se armava para sair em velocidade em todos os lances, mesmo sem ter jogadores exatamente velozes. Em uma escapada dessa, conseguiu uma falta sobre Juan Cuadrado. A cobrança foi curta, mas Leandro Paredes levantou na área e Bremer tocou de cabeça com muito perigo, mas mandando para fora.

O Sevilla colocou em campo Suso no lugar de Oliver Torres. Aos 18 minutos, o técnico Massimiliano Allegri decidiu fazer duas mudanças. Uma delas até causou estranhamento: saiu Ángel Di Maria, que fazia boa partida, e entrou Federico Chiesa, uma tentativa de mais velocidade. Também saiu Moise Kean para a entrada do titular da posição, Dusan Vlahovic.

No minuto seguinte, a Juventus marcou. Depois de uma confusão na defesa dos rojiblancos, com toque de cabeça, para lá e para cá, Vlahovic disputou pelo alto, ganhou de Gudelj e depois de Badé, ficou na cara do goleiro Bono e teve imensa categoria para dar um toque por baixo da bola e tirar do goleiro: 1 a 0 para a Juventus.

Só que não demorou muito para as coisas mudarem de novo: aos 25 minutos, Chiesa bobeou com a bola na defesa, Acuña desarmou, a bola ficou com Erik Lamela, que tocou para Suso. Ele avançou e, de fora da área, soltou um chute lindo, que foi no alto e saiu do alcance de Szczesny: 1 a 1. Golaço no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán.

O gol empolgou os rojiblancos, que aumentaram a carga de pressão. A Juventus continuava com dificuldades de sair em contra-ataque. O jogo entrou em uma fase que as equipes tinham um pouco mais de cuidado em campo.

Aos 40 minutos, Allegri fez mais duas mudanças: colocou em campo Fabio Miretti no lugar de Locatelli e Filip Kostic no lugar de Iling Junior. Mesmas posições, mas com mais fôlego para uma possível prorrogação.

O Sevilla pressionou. Aos 42 minutos, En-Nesyri completou de cabeça um belo cruzamento da direita e obrigou o goleiro Szczesny a uma grande defesa, mantendo o placar em 1 a 1. Nada de gol. A pressão continuou até o fim do jogo, mas não teve jeito: a disputa foi mesmo para a prorrogação. A Juventus sobreviveu no jogo para levar a disputa adiante.

Prorrogação

Com quatro minutos de prorrogação, o Sevilla conseguiu marcar o segundo gol e virar o jogo. Bryan Gil recebeu pela ponta esquerda, cruzou para a área e Erik Lamela tocou d3e cabeça, no canto de Szczesny, e saiu para o abraço com a torcida: 2 a 1.

Precisando partir para o ataque, a Juventus fez a sua sexta mudança no time. Allegri colocou Arkadiusz Milik no lugar de Juan Cuadrado, tornando o time mais ofensivo. Partiu para cima nos minutos finais para tentar o que fosse possível. O time passou a jogar em um 4-3-3, com Danilo deslocado para a direita da defesa e Kostic fazendo a lateral esquerda.

Com o time no ataque, a Juventus perdeu uma chance grande. Depois de um rebote que sobrou dentro da área, Chiesa pegou de primeira, de pé esquerdo, e ele bateu mal, por cima do gol. A Juventus tentava, mas sem muita eficiência.

Com 10 minutos do segundo tempo da prorrogação, o lateral Marcos Acuña tomou um segundo cartão amarelo por ficar perdendo tempo. Acabou expulso e deixou o time com um a menos nos minutos finais da partida. Veio o desespero da Juventus, mas não foi o bastante. O apito final veio e a torcida celebrou. o Sevilla está em mais uma final continental e tentará o seu sétimo título de Liga Europa na história, depois de conquistar a taça em 2005/06, 2006/07, 2013/14, 2014/14, 2015/16 e 2019/20.

Sevilla
18/05/23 - 16:00

Finalizado

2

-

1

Juventus

Sevilla - Juventus

UEFA Liga Europa - Ramon Sanchez Pizjuan

2° Turno

Sevilla

Sevilla
4-2-3-1
13
Bono
ma
16
Jesus Navas
es
44
Loic Bade
fr
6
Nemanja Gudelj
rs
19
Marcos Acuna
ar
20
Fernando
br
10
Ivan Rakitic
hr
55
Lucas Ocampos
ar
21
Oliver Torres
es
25
Bryan Salvatierra
es
15
Youssef En-Nesyri
ma
Substitutos
1
Marko Dmitrovic
rs
43
Manu Bueno
es
2
Gonzalo Montiel
ar
4
Karim Rekik
nl
3
Alex Telles
br
24
Papu Gomez
ar
17
Erik Lamela
ar
7
Suso
es
31
Alberto Flores Lopez
es
38
Diego Hormigo Iturralde
es
12
Rafa Mir
es

Juventus

Juventus
3-5-1-1
1
Wojciech Szczesny
pl
6
Danilo
br
3
Bremer
br
15
Federico Gatti
it
11
Juan Cuadrado
co
5
Manuel Locatelli
it
44
Nicolo Fagioli
it
25
Adrien Rabiot
fr
43
Samuel Iling-Junior
gb
22
Angel Di Maria
ar
18
Moise Kean
it
Substitutos
36
Mattia Perin
it
12
Alex Sandro
br
17
Filip Kostic
rs
20
Fabio Miretti
it
23
Carlo Pinsoglio
it
42
Tommaso Barbieri
it
14
Arkadiusz Milik
pl
32
Leandro Paredes
ar
7
Federico Chiesa
it
9
Dusan Vlahovic
rs
24
Daniele Rugani
it
Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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