Brighton aproveita a crise em Amsterdã e afunda mais ainda o Ajax na Liga Europa
Ajax teve muito esforço, mas jogou mal outra vez e Brighton capitalizou nos erros do time neerlandês para vencer e ficar perto da vaga
O Brighton capitalizou em cima da crise do Ajax e venceu pela segunda vez seguida o confronto entre os dois times. Depois de vencer na Inglaterra por 2 a 0, o Brighton repetiu o placar em Amsterdã nesta quinta-feira e, com isso, praticamente eliminou o tradicional clube neerlandês da Liga Europa. O time precisará de uma combinação de resultados para ter alguma chance de avançar. Enquanto isso, os ingleses dão um passo importante para a classificação.
O Ajax vem em uma fase muito ruim na temporada. O início foi tão ruim que o clube entrou na zona do rebaixamento e, pior ainda, bateu até na lanterna. O técnico Maurice Steijn foi demitido, de forma bastante previsível. No fim, confirmou o ex-jogador John van’t Schip como treinador até o fim da temporada e até conseguiu respirar, com duas vitórias pela Eredivisie. Ainda não foi o bastante para um duelo de nível um pouco mais alto com o Brighton.
Ansu Fati abre o placar
Os primeiros minutos foram do Ajax se impondo, disputando a posse de bola e tentando pressionar no campo de ataque. O jogo era equilibrado, mas era bastante claro que o time da casa queria tentar se impor, até por sua situação terrível de início de temporada.
Só que aos 14 minutos, um erro na saída de bola levou o Brighton a marcar. Silvano Voz errou o passe, Simon Adingra interceptou o passe, tocou para Ansu Fati, que recebeu, entrou na área e finalizou cruzado para vencer o goleiro Diant Ramaj: 1 a 0. Foi o primeiro lance de perigo do Brighton no jogo e o gol saiu.
Depois do gol, o Ajax voltou à carga para se recuperar no jogo. O Brighton podia não ficar tanto com a bola quanto gostaria, mas conseguia causar bastante desconforto ao Ajax com uma pressão bem executada no campo de ataque. O time neerlandês tinha muita dificuldade de avançar da defesa para o ataque, por isso.
Nos acréscimos, o Brighton voltou a aparecer bem no ataque. Desta vez, com passes invertidos em relação ao gol: Ansu Fati foi quem acionou Adingra, dentro da área, e o jogador, com pouco ângulo, chutou forte e exigiu defesa de Ramaj para escanteio.
Ansu Fati faz o passe para o segundo gol
O Ajax voltou com alteração já no intervalo. Kenneth Taylor ficou no vestiário e voltou Chuba Akpom para o segundo tempo, uma clara tentativa de deixar o time mais ofensivo. O Brighton também mudou, mas obrigado: o capitão Lewis Dunk precisou sair, machucado, e entrou o brasileiro Igor Júlio, que herdou também a braçadeira de capitão.
Logo nos primeiros minutos, o Brighton jogou um balde de água gelada nas esperanças do Ajax. Ansu Fati recebeu pelo meio, driblou, abriu caminho e tocou na direita para Simon Adingra, que dominou e fuzilou no ângulo. Um golaço e 2 a 0 no placar, logo aos sete minutos.
O Ajax sentiu bastante. Todo o ânimo que o time voltou do intervalo se esvaneceu nos minutos seguintes. O técnico John van’t Schip precisou mexer no time, colocando Borna Sosa e Carlos Forbes nos lugates de Anton Gaaei e Kristian Hlynsson.
A partida do Ajax era ruim tecnicamente, mas o time se esforçava em campo. Aos 28 minutos, o time quase chegou ao gol em jogada pela direita que Brian Brobbey completou de primeira no meio da área, a bola bateu na trave, passeou em cima da linha, bateu na outra trave e, no fim, a defesa tirou para escanteio. Um lance incrível.
A vitória ficou mesmo com o Brighton, que segue em boa campanha. Foi a primeira vitória fora de casa do clube em uma competição europeia, algo a se comemorar. Com sete pontos e ainda dois jogos a fazer, o time tem enormes chances de classificar às oitavas de final.
Com apenas dois pontos, o Ajax está praticamente eliminado — pode inclusive já estar eliminado se o Marseille vencer o AEK em jogo que acontece ainda nesta quinta. A realidade é buscar o terceiro lugar e uma vaga na Conference League e, principalmente, tentar sair do buraco que se meteu na Eredivisie, já fora da zona do rebaixamento, mas ainda bastante mal.