Liga das Nações

Grealish está certo? Após críticas a ex-técnico, meia do City brilha de novo pela Inglaterra

Ponta esquerda marca na vitória sobre a Finlândia e chega ao mesmo número de gols do que em toda era Southgate

“Serei honesto com você: eu realmente não concordei com isso”, isso foi o que disse Jack Grealish, à BBC na última semana, sobre o surpreendente corte nos convocados da Inglaterra para a última Eurocopa. Meses se passaram, o técnico Gareth Southgate foi substituído pelo interino Lee Carsley e tudo mudou ao craque do Manchester City.

O ponta esquerda fez três jogos pela seleção inglesa com o novo treinador, todos como titular, e manteve um ótimo nível, incluindo na vitória por 3 a 1 sobre a Finlândia neste domingo (12), pela 4ª rodada do grupo 2 da segunda divisão da Liga das Nações.

Seja pelo lado, como hoje, ou de meia por dentro, como jogou nas outras duas vitórias, Grealish tem sido influente na forma dos Três Leões jogarem, participando muito dos jogos. Frente aos finlandeses, precisou de 17 minutos para abrir o placar em batida colocada linda, após ótimo passe de Angel Gomes.

Ele já tinha marcado contra a Irlanda com Carsley e chegou ao mesmo número de gols em toda era Southgate — mas fez dois em 36 partidas.

— Agradeço ao técnico Lee Carsley por me dar essa chance e confiar em mim. Obviamente significou muito. Acho que ao longo da minha carreira, quando joguei com técnicos que demonstraram confiança em mim e se comunicaram comigo da forma como ele fez nas últimas duas convocações, isso realmente me ajudou. — disse na última quarta-feira (9).

Pela segunda vez atuando por todos 90 minutos, Jack ainda iniciou a jogada do terceiro gol, acionando Watkins em contra-ataque antes de gol de Rice. Arnold foi o responsável pelo segundo em perfeita cobrança de falta no segundo tempo, enquanto Hoskonen diminuiu nos minutos finais.

Um gol bastou para que Inglaterra sentasse no resultado no 1º tempo

Novamente a Inglaterra apresentou pouco futebol, apesar do 1 a 0 parcial nos 45 minutos iniciais. Os ingleses obviamente tinham mais a bola e dominavam, em teoria, boa parte das ações ofensivas. Só que, além do gol, não conseguiram exigir nenhuma defesa do goleiro finlandês e ainda terminaram com menos finalizações (8 x 6 para o mandante).

Já a Finlândia, fiel à proposta do contra-ataque, conseguiu levar perigo em algumas situações, seja por erros adversários ou rápidas transições. Aos seis, ainda com o placar zerado, Kallman aproveitou falha na saída de bola e, na cara do gol, foi travado pela defesa na hora H. Na sobra, Keskinen chutou para fora.

Depois, já com a desvantagem, o mesmo Keskinen puxou contra-ataque mortal e bateu cruzado para primeira defesa de Henderson no jogo. Aos 38, Jensen teve raro espaço na área para isolar a bola e desperdiçar boa chance.

Seleção inglesa melhora, mas ainda mostra dificuldades

Os dois gols na etapa final fizeram parte da mudança de postura dos ingleses, especialmente a partir das entradas dos reservas, que deram uma boa dinâmica. Mas, ainda, sim, os erros defensivos continuaram, como no gol vindo de escanteio, quando Hoskonen subiu sozinho na área.

A Finlândia poderia até ter empatado por 1 a 1 e colocado fogo no jogo logo no início, só que Jensen, de frente para pequena área, isolou a melhor chance do jogo.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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