Eliminatórias da Eurocopa

Lukaku dá show com ‘poker, e Bélgica garante cabeça de chave da Euro 2024

Já classificada à Eurocopa, a Bélgica contou com quatro gols do centroavante para garantir a cabeça de chave na competição

O relógio marcava 37 minutos no primeiro tempo e o centroavante Romelu Lukaku já havia cravado quatro gols, que garantiram a tranquila goleada da Bélgica por 5 x 0 em cima o Azerbaijão neste domingo (19), em confronto pela 10ª rodada das Eliminatórias. Trossard foi quem marcou o último gol. Já classificada para Eurocopa 2024, a Seleção Belga lutava apenas pela cabeça de chave na competição e conseguiu, ao ultrapassar a Áustria e ficar com a liderança do grupo F. Leandro

Os gols de Lukaku o deram a artilharia das Eliminatórias para Euro, com 14 tentos, deixando Cristiano Ronaldo (10) e Kylian Mbappé (nove) para trás.

Lukaku dá show a parte para Bélgica e manda para as redes tudo que veio; etapa final tem menos emoção

A Bélgica de Domenico Tedesco adotou uma postura extremamente ofensiva nos minutos iniciais, com uma formação no momento de posse de bola montada no 3-2-5. O experiente e interminável Jan Vertonghen fazia a dupla de zaga com Wout Faes, que contava com lateral/zagueiro Arthur Theate no apoio à saída de bola. Orel Mangala e Aster Vranckx ficavam logo a frente. A linha de cinco “atacantes” tinha Jérémy Doku (esquerda) e Timothy Castagne (direita) bem abertos pelos lados do campo e Leandro Trossard, Johan Bayaoko e o Romelu Lukaku por dentro.

O Azerbaijão buscava frear esses cinco homens de frente com a recomposição de um dos pontas e formando outra linha com cinco. Nos minutos iniciais até deu certo, fechando bem as linhas de passe e encaixotando Lukaku na marcação. Mas a qualidade técnica belga era muito superior, e, com o passar do tempo, alguém encontraria espaço.

Rodando de um lado para o outro, a bola chegou em Doku, bem aberto pela esquerda. De perna direita, o atacante do Manchester City deu um cruzamento que parecia com a mão de tão perfeito que foi, na cabeça de Lukaku, que só teve que deslocar o goleiro para abrir o placar. Eram 17 minutos quando saiu o primeiro gol. 19 minutos depois, o placar já estaria quatro, todos do camisa nove.

Antes da sequência de gols, Eddy Israfilov facilitou tudo para a Bélgica ao sofrer dois cartões amarelos em quatro minutos e ser expulso. Logo depois, Doku lançou Castagne na área, que tocou de cabeça para Lukaku cravar com a perna direita, a “ruim” – no campo o impedimento foi marcado, mas o VAR confirmou o gol. Com meia hora, Faes foi o assistente da vez, de novo pelo alto, e Romelu marcou outro de cabeça.

Aos 36, o último da etapa inicial. Sedenta pelo gol, a Seleção Belga seguia pressionando e Mangala roubou a bola e serviu Lukaku na cara do coitado goleiro Sahrudin Mahamma­daliyev. De novo de direita, o atacante da Roma marcou o quarto dele e da seleção.

No primeiro minuto de acréscimo, Trossard arriscou de longe e o goleiro soltou nos pés de Castagne, para fazer o dele. Mas parecia que só valia gols de Lukaku, que estava impedido no início do lance, quando fez bonito pivô. Por isso, o tento foi anulado.

Com quatro de Lukaku, Bélgica arrasou Azerbaijão no primeiro tempo (Foto: Icon Sport)

No intervalo aconteceu um pacotão de mudanças. Na Bélgica, Lukaku foi um dos sacados, substituído por Loïs Openda, além de Vranckx, que deu a vaga para Youri Tielemans. Pelo lado azeri, entraram Gismat Aliyev (no lugar de Elvin Cafarquliyev), Nariman Akhundzade (Mahir Emreli) e Joshgun Diniyev (Alexey Isayev).

A goleada, que parecia seguir um caminho do histórico 14 x 0 da França no último sábado (18), não manteve o mesmo ritmo na etapa final. Os belgas até criavam, principalmente pelos pés do ótimo Doku, que brilhava com dribles e lindas arrancadas, mas faltava uma finalização mais apurada para ampliar a vantagem (ausência de Lukaku pesou) ou, às vezes, um jogador tentava um drible e toque a mais nas jogadas.

Para dar mais ritmo ao elenco, Tedesco substituiu Bakayoko e Theate e colocou Yannick Carrasco e Alexis Saelemaekers. No Azerbaijão, o centroavante Renat Dadasov saiu para entrada de Rustam Ahmadzada.

O cenário não mudou muito e a Bélgica até merecia sorte melhor para marcar o quinto. Quase veio nos pés de Tielemans, que mandou uma bomba na trave. A bola ainda bateu nas costas do goleiro Mahamma­daliyev, mas dessa vez ele teve sorte.

Enfim, aos 44 minutos do segundo tempo, a blitz belga deu efeito. Doku, sempre ele, recebeu em velocidade na ponta direita (posição que exerceu na etapa final), partiu para cima do marcador, chegou na linha de fundo e deu um presente para Trossard marcar.

Para citar o Azerbaijão, que praticamente só se defendeu e mal pisou no campo de ataque, eles somaram apenas uma finalização, bloqueada, ainda na primeira etapa. Terminou com 25% de posse de bola e míseros 216 passes trocados.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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