Eliminatórias da Eurocopa
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Kane bate recorde de Rooney, e Inglaterra vence Itália fora de casa pela primeira vez desde 1961

Ao cobrar pênalti no fim do primeiro tempo, Kane ultrapassou Rooney e se tornou o maior artilheiro do time masculino da Inglaterra

A Inglaterra precisou resistir a uma forte pressão da Itália no segundo tempo, mas conseguiu manter a vitória por 2 a 1 no Estádio Diego Armando Maradona, em Nápoles, a sua primeira fora de casa contra os italianos desde 1961. Seus gols foram marcados no primeiro tempo. Depois de Declan Rice abrir o placar, Harry Kane cobrou pênalti e chegou a 54 tentos com a camisa da seleção inglesa. Quebrou o recorde de Wayne Rooney e se tornou o maior artilheiro da história do time nacional masculino.

A excelente partida que abriu o Grupo C das Eliminatórias da Eurocopa 2024 também teve a estreia de Matteo Retegui, argentino de nascimento e atacante do Tigre. Titular, ele marcou seu primeiro gol no começo do segundo tempo, dando início a uma importante reação da Itália. Apesar do domínio, porém, os donos da casa não conseguiram criar muitas chances de gol e saíram atrás na briga pela liderança.

Uma das duas vagas na Euro da Alemanha, porém, não deve ser um problema. Inglaterra e Itália estão ao lado de Macedônia do Norte, que venceu Malta por 2 a 1, e da Ucrânia, que folgou na rodada.

Escalações

Roberto Mancini gosta de convocar jovens, mas entrou com um time bastante experiente para enfrentar a adversária mais difícil do grupo. A novidade foi Retegui, que imediatamente se tornou titular em sua primeira convocação. Atuou no ataque ao lado de Domenico Berardi e Lorenzo Pellegrini, com Marco Verratti, Jorginho e Nicolò Barella no meio-campo. A Inglaterra teve poucas novidades. Defesa habitual, meio-campo com Jude Bellingham ao lado de Kalvin Phillips e Declan Rice, com a ausência de Mason Mount, e Jack Grealish fechou o ataque com Bukayo Saka e Harry Kane. Marcus Rashford, em excelente fase, provavelmente seria utilizado, mas também foi cortado por lesão.

Primeiro tempo

A pressão inicial da Itália não foi um prenúncio do que seria o primeiro tempo. A Inglaterra começou atacando em velocidade, com Bukayo Saka e principalmente Jude Bellingham exigindo defesas de Donnarumma, e rapidamente assumiu o controle da partida. A pressão funcionava, a posse de bola foi aumentando, e o placar de 2 a 0 ao intervalo acabou sendo natural.

Aos 13 minutos, Kane recebeu a cobrança de escanteio na segunda trave, carimbou a defesa, e Declan Rice marcou na sobra. A Inglaterra nem estava tão bem até ali, mas intensificou o seu domínio. Por outro lado, não estava criando tantas chances claras – geralmente um problema do time de Southgate. Phillips, de fora da área, levou bastante perigo na marca da meia hora.

Então, de novo na bola parada. Em casa, Giovanni Di Lorenzo pulou com o braço esquerdo todo aberto na marcação a Kane e interceptou a bola. O atacante do Tottenham reclamou imediatamente, e o árbitro Srdan Jovanovic foi ao monitor checar. Decidiu pelo pênalti, que Kane cobrou com muita tranquilidade. Um gol histórico: com ele, chegou a 54 e ultrapassou Wayne Rooney como o maior artilheiro da história da seleção inglesa masculina.

E antes do intervalo, ainda deu tempo de deixar Jack Grealish na cara do gol. Grealish, porém, deu uma fatiada estranha na bola, mandou para fora e perdeu uma grande oportunidade.

Segundo tempo

E não demorou muito para ficar claro que o gol de Grealish faria falta. A Itália novamente pressionou no começo do segundo tempo, mas, dessa vez, conseguiu sustentar. Pellegrini bateu pressionado e desequilibrado para fora, aos três minutos, e pouco depois saiu o desconto. Barella dividiu com Maguire na altura da intermediária, e Verratti achou Pellegrini na entrada da área. Retegui recebeu um bom passe, dominou na cara de Jordan Pickford e bateu cruzado.

Depois do gol, a Inglaterra ficou assustada. Não conseguiu atacar, não conseguiu dar uma finalização sequer e se contentou em resistir à pressão da Itália. Roberto Mancini fez algumas mudanças, com as entradas de Matteo Politano, Bryan Cristante, o garoto Wilfried Gnonto e Sandro Tonali. O domínio territorial dos donos da casa era imenso, mas faltou transformá-lo em alguma coisa.

Apesar da pressão, Pickford não fez uma defesa, nem no segundo tempo, nem em toda a partida. A Itália trabalhava a bola, girava, lançava na área, conseguiu vários escanteios, mas não criava. Gnonto, pela esquerda, tentou botar um pouco de calor, sem sucesso. A expulsão de Luke Shaw, aos 35 minutos, fez a Inglaterra se retrair ainda mais. E nada de a Itália encontrar uma brecha para empatar.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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