Itália precisava de vitória convincente e conseguiu contra a Ucrânia
Atuando em San Siro, Itália vinha pressionada, mas apresentou ótimo futebol, dominou e venceu bem a Ucrânia para melhorar situação nas Eliminatórias da Eurocopa
A Itália vinha muito pressionada depois de um péssimo resultado diante da Macedônia do Norte, quando saiu na frente e cedeu o empate. Jogando em casa, no lendário estádio San Siro, a Azzurra precisava vencer a Ucrânia e, enfim, conseguiu. No segundo jogo comandado por Luciano Spalletti, o time apresentou bom futebol, criou muitas chances e venceu por 2 a 1.
O resultado foi bom, mas o futebol foi ainda melhor. Poderia ter vencido por mais e segue precisando definir melhor seus jogos. Com tanto domínio do jogo e tantas chances criadas, especialmente no primeiro tempo, os italianos poderiam até ter goleado. Na defesa, o time ainda parece inseguro. Tanto que a Ucrânia conseguiu dar sustos na Itália, seja no fim do primeiro tempo, seja no segundo tempo, quando buscou o empate.
A vitória era crucial para a Itália, porque era importante para tomar o segundo lugar da Ucrânia na classificação. A Inglaterra, que folgou nesta rodada, segue líder com sobras com 13 pontos. A vitória levou a Itália a sete pontos, mesma pontuação da Ucrânia, mas com os italianos tendo um jogo a menos. A Macedônia do Norte também tem sete pontos, já que venceu Malta por 2 a 0 nesta terça.
Spalletti faz mudanças na escalação da Itália
Em busca do seu time ideal depois de uma atuação claramente insuficiente diante da Macedônia do Norte, na sua estreia como treinador da Itália, Luciano Spalletti fez mudanças. Na defesa, a úica mudança foi a saída de Gianluca Mancini, que se machucou, e a entrada de Giorgio Scalvini.
Sandro Tonali, machucado, ficou fora do jogo e entrou Davide Frattesi. Saiu também Bryan Cristante, que deu lugar a Manuel Locatelli. No ataque, saíram Matteo Politano e Ciro Immobile e entraram Nicolò Zaniolo e Giacomo Raspadori.
A Ucrânia, ainda fortemente afetada pela guerra travada diante da invasora Rússia, tem jogado suas partidas fora do seu território quando mandante. Desta vez, visitou a Itália e vinha de um bom resultado ao empatar com a Inglaterra — sendo que chegou a estar vencendo e tomou o gol no final.
Grande primeiro tempo da Itália tem vacilo no final
O ótimo início recompensou a Itália. Os italianos pressionaram no campo de ataque e quando Haorhii Sudakov recebeu no lado direito da defesa, ele escorregou e perdeu a bola para Mattia Zaccagni. Ele rolou para o meio, onde estava Davide Frattesi, que finalizou firme: 1 a 0.
O gol não diminuiu o domínio italiano. O time chegava com muita facilidade ao ataque, criando chances — e desperdiçando. Aos 28 minutos, Nicolò Zaniolo recebeu pela direita, puxou para o meio, finalizou, a bola rebateu no meio da área e sobrou para Davide Frattesi. Ele caindo chutou cruzado para ampliar para 2 a 0.
Aos 36 minutos, a Ucrânia chegou com perigo com Artem Dovbyk, que finalizou com força ao receber em velocidade e levou perigo, exigindo defesa de Gianluigi Donnarumma. Antes do fim do primeiro tempo, a Ucrânia diminuiu.
Com a Itália excessivamente desatenta, a Ucrânia chegou mais ao ataque e, em uma boa troca de passes, Sudakov fez bom passe para Dovbyk, que finalizou, o goleiro defendeu, a bola rebateu na defesa e sobrou para Andriy Yarmolenko, que só tocou para o gol vazio: 2 a 1.
Em um primeiro tempo que a Itália foi tão superior, a Ucrânia terminou melhor e com um placar possível de ser alcançado. Saiu imensamente no lucro. Mas o segundo tempo ainda era um capítulo em aberto.
Itália segue melhor e corre risco até o fim
A Itália voltou para a etapa final mais atenta e atacando novamente. Os primeiros minutos foram de ataques seguidos da Itália, pressionando no ataque tentando causar problemas aos ucranianos.
Vieram as primeiras mudanças aos 12 minutos do segundo tempo, com as entradas de Christian Biraghi e Wilfried Gnonto nos lugares de Federico Dimarco e Mattia Zaccagni. A Ucrânia também mudou e colocou Roman Yaremchuk no lugar do cansado Dovbyk e Mykhaylo Mudryk, do Chelsea, no lugar de Yarmolenko.
Aos poucos, o jogo caiu de ritmo. A Itália continuava melhor, mas o placar de 2 a 1 mantinha o jogo aberto. Com os dois times já sentindo um pouco mais o cansaço e sem criar grandes chances, pouco acontecia.
Assim como no jogo anterior, contra a Macedônia do Norte, a Itália corria riscos. Mesmo sendo melhor na partida, e desta vez muito melhor, o time não matava o jogo, o que deixava muitos torcedores com o coração na mão. Porque jogando bem ou jogando mal, esse foi o roteiro em muitos jogos da Itália: estar à frente e ceder o empate e desperdiçar oportunidades de levar os três pontos.
A Azzurra pareceu justamente sentir isso e passou a atacar mais depois dos 35 minutos, o que levou a criar chances. Scalvini avançou ao ataque, tocou para Gnonto, que teve uma grande chance para finalizar de pé esquerdo, mas o camisa 11 italiano tentou o corte para o pé direito e perdeu a bola.
Próxima data Fifa terá desafio pesado para a Itália
No fim, a vitória por 2 a 1 da Itália foi merecida e saiu até barata para a Ucrânia, dada a diferença de desempenho dos dois times. Para os italianos, foi crucial. Na próxima rodada, no dia 14 de outubro, a Itália recebe Malta em casa, time que é lanterna da chave sem nenhum ponto. Na mesma data Fifa, em outubro, mas no dia 17, a Itália tem o jogo mais difícil da chave: contra a Inglaterra, em Wembley.
A Ucrânia, por sua vez, terá a Macedônia do Norte pela frente na próxima rodada, como mandante, e depois visita Malta. Considerando que há uma boa chance da Itália deixar pontos pelo caminho, os ucranianos podem terminar a próxima data Fifa de volta à segunda posição na classificação.