A Irlanda foi valente em Dublin, mas a Holanda buscou a virada numa bela partida

A Holanda tinha uma partida importante em sua caminhada nas eliminatórias da Euro 2024. Em busca da consolidação da campanha, a Oranje visitava em Dublin a Irlanda, necessitada da vitória. As duas equipes entregaram um bom jogo, em que os irlandeses incomodaram bastante e até abriram o placar. Contudo, o talento falou mais alto para a virada da Holanda por 2 a 1. Os passes de Cody Gakpo e Frenkie de Jong garantiram atalhos em campo, enquanto Denzel Dumfries novamente foi muito efetivo no ataque. O resultado deixa os holandeses igualados à Grécia na briga pela segunda colocação do Grupo B, liderado pela França.

Qualidade não faltava na escalação da Holanda de Ronald Koeman. Mark Flekken ocupava o gol, protegido pelo trio de zaga com Matthijs de Ligt, Nathan Aké e Virgil van Dijk. Denzel Dumfries e Daley Blind eram os alas, com Frenkie de Jong e Mats Wieffer no meio. O trio de ataque leve reunia Xavi Simons, Donyell Malen e Cody Gakpo. Já a Irlanda tinha nomes de Premier League como Gavin Bazunu, Nathan Collins, Shane Duffy, Matt Doherty, Josh Cullen e James McClean. Na frente, Chiedozie Ogbene e Jason Knight davam apoio a Adam Idah.

Bom e equilibrado primeiro tempo

A Irlanda exerceu uma pressão surpreendente nos primeiros minutos em Dublin. O abafa gerou algumas finalizações bloqueadas e um escanteio que culminou em pênalti, após toque no braço de Van Dijk. Idah cobrou a infração e venceu Flekken na marca da cal, abrindo o placar. Os irlandeses mantiveram o início aceso, enquanto a Holanda não conseguia se acertar. O time melhorou quando a qualidade individual passou a aparecer um pouco mais. Mas ainda era um jogo aberto, sem que os holandeses impusessem uma pressão.

A Holanda não tinha finalizado ainda, até ganhar um pênalti aos 19. Gakpo deu uma grande enfiada e Dumfries escapou sozinho, mas foi derrubado por Bazunu na área. O próprio Gakpo converteu e empatou. Malen parou em Bazunu na sequência, mas a Irlanda não se escondia e Ogbene incomodava bastante pelo lado direito do ataque, com alguns lances travados. Era um jogo interessante, em que a Oranje cometia erros e não conseguia impor seu talento. Ainda assim, os visitantes estiveram próximos da virada aos 41, quando Bazunu fez milagre num tiro rasteiro de Malen.

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O impacto das alterações de Koeman

A Holanda voltou para o segundo tempo com duas alterações: Wout Weghorst e Tijjani Reijnders eram as novidades, nos lugares de Blind e Wieffer. Era uma formação bem mais ofensiva da Oranje e o time correspondeu, ao colocar a Irlanda contra a parede. A pressão se tornou maior e resultou na virada aos 11 minutos. Frenkie de Jong foi brilhante, numa cavadinha que encobriu a defesa e aproveitou a infiltração de Dumfries pela direita. O lateral ajeitou de cabeça e Weghorst entrou livre para a conclusão. O gol dava tranquilidade e os holandeses mantiveram a presença no campo adversário, mas sem martelar tanto.

Aos 23, Koeman optou por ganhar mais qualidade no meio com Teun Koopmeiners na vaga de Malen. Entretanto, a Irlanda também tinha necessidade do resultado e começou a sair mais. O duelo voltava a ficar indefinido, com trocas ofensivas dos anfitriões, a partir das entradas de Will Smallbone e Jamie McGrath. Havia certa tensão no ar, mas não contundência da Irlanda. Já a Holanda ganhava espaço para contra-atacar – e Noa Lang substituiu Gakpo para auxiliar nesse sentido. A reta final seria de desespero da Irlanda no campo de ataque. Os alviverdes buscaram o chuveirinho com insistentes cruzamentos. Melhor para os laranjas, que rifaram o perigo e gastaram o tempo no ataque para celebrar o triunfo.

A Holanda chega aos nove pontos no Grupo B das eliminatórias da Eurocopa. A Oranje permanece emparelhada com a Grécia na briga pela segunda posição, depois que os helênicos fizeram sua parte contra Gibraltar na rodada. A Irlanda, por sua vez, se complica com três pontos. A liderança é da França, que folgou na rodada e acumula 15 pontos.