Com dois gols no fim, a Escócia busca uma incrível e imensa virada em Oslo contra a Noruega
Haaland abriu o placar de pênalti para a Noruega, mas a Escócia deu a volta por cima em Oslo com dois gols aos 42 e aos 44 do segundo tempo
A Noruega possui uma das seleções mais incensadas da atualidade. É natural a expectativa de rever os escandinavos nas grandes competições, com uma geração que reúne bons nomes, liderada por Erling Haaland e Martin Odegaard. Porém, a missão de se classificar diretamente à Euro 2024 se tornou um pouco mais difícil neste sábado, e com todos os méritos da Escócia. A Tartan Army arrancou uma monumental vitória por 2 a 1 no Estádio Ullevaal, em Oslo. Haaland até marcou o seu, mas de pênalti, bem marcado ao longo da tarde. E os escoceses conseguiram buscar uma inimaginável virada com gols aos 42 e aos 44 do segundo tempo. Os heróis de verdade foram dois jogadores da Championship: o centroavante Lyndon Dykes fez o gol de empate e deu ótima assistência para o segundo, enquanto o meia Kenny McLean saiu do banco para cravar o triunfo.
A Noruega entrou em campo com uma coleção de figurinhas conhecidas nas grandes ligas. Julian Ryerson e Leo Ostigard apareciam na defesa, enquanto o meio reunia o trio formado por Martin Odegaard, Patrick Berg e Fredrik Aursnes. Já na frente, Erling Haaland estava acompanhado por Ola Solbakken e Alexander Sörloth. A Escócia também possui seus valores, com destaque a Aaron Hickey e Andy Robertson nas alas. Kieran Tierney, Scott McTominay e John McGinn também formam uma competente espinha dorsal. Já no comando de ataque, longe de ser um Haaland, Lyndon Dykes vinha de oito gols na Championship com o QPR. Estava predestinado a ser herói ao lado de Kenny McLean, meia do Norwich que só tinha feito um gol em 29 jogos pela seleção.
O primeiro tempo em Oslo teve poucas emoções. A Noruega manteve 70% de posse de bola, mas criou pouco diante da bem postada defesa da Escócia. Foram apenas três finalizações dos noruegueses e, quando surgiu espaço, Alexander Sörloth não dificultou tanto para o goleiro Angus Gunn numa cabeçada aos 13 minutos. Haaland pouco apareceu diante da firme marcação de Jack Hendry, embora a única tentativa da Escócia do outro lado tenha sido bloqueada.
O segundo tempo começou bem mais aberto, com defesas dos dois goleiros. Haaland passou a aparecer mais e sofreu um pênalti, convertido por ele mesmo aos 17 minutos. A partir de então, a Escócia precisaria sair para o jogo e quase pagou caro, quando Sander Berge ficou a um triz de ampliar na sequência. Era uma partida dura aos escoceses, que chegaram a ficar 35 minutos sem uma finalização sequer. O que mudaria a história do duelo foram as substituições. Haaland deixou o campo aos 39, em meio a uma série de trocas entre os noruegueses. Enquanto isso, a Tartan Army viu McLean entrar como salvador.
O empate da Escócia caiu do céu aos 42 minutos. Num contra-ataque, Leo Ostigard falhou feito na tentativa de corte e a bola ficou limpa para Lyndon Dykes. O centroavante precisou apenas dar um toque para deslocar o goleiro Orjan Nyland e balançar o barbante. Dois minutos depois, outro ataque rápido rendeu a virada para os escoceses. Scott McTominay cruzou da direita e John McGinn bateu para o meio da área. Dykes foi muito inteligente ao fazer o pivô, com um toque leve para ajeitar, e McLean pegou de primeira, no cantinho. Não havia nem tempo para a reação da Noruega.
A Escócia lidera o Grupo A das Eliminatórias, com nove pontos. É uma situação bastante cômoda à Tartan Army, que ainda venceu a Espanha na rodada anterior. A Espanha soma três pontos, enquanto a Noruega aparece empatada com a Geórgia, ambas com um ponto. Pesa contra os noruegueses o fato de já terem realizado suas três primeiras partidas, derrotados também pelos espanhóis em Málaga. Vão precisar buscar o prejuízo, embora a equipe ainda possa conseguir uma vaga na repescagem via Liga das Nações. Nestas eliminatórias, a impressão é de que os escandinavos precisarão de um milagre para provocar qualquer tipo de reviravolta.