A imagem do dia na Euro: O alívio após o trauma

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Quando foi dado o pontapé inicial para Bélgica e Rússia, em São Petersburgo, já se sabia que o estado de Christian Eriksen era estável e sem maiores preocupações. Longe de Copenhagen, onde o meia dinamarquês captou atenções do mundo inteiro por agônicos 15 minutos, o tempo, antes vilão, ajudou a tirar os fãs do futebol de um estado de choque no meio do segundo dia de Eurocopa.

Jogar bola após a ótima notícia do despertar de Eriksen fez bem à Bélgica, que contou com dois amigos pessoais do camisa 10 em sua escalação titular: o capitão Jan Vertonghen, ex-Tottenham, e o atacante Romelu Lukaku, atual parceiro de Eriksen na Internazionale. O semblante de ambos naturalmente não causava consternação no público e era de pura concentração.

A Bélgica fez o que se esperava dela e em uma noite inspirada, de muito foco e tranquilidade, passeou na casa do rival, impondo um 3 a 0 que talvez tenha sido a maior disparidade técnica vista até aqui na competição, maior do que a de Itália e Turquia na abertura.

Lukaku, centro das atenções de quem acompanhava a partida, deixou sua marca. Fez dois gols de puro oportunismo e presença de área. No primeiro, abrindo a contagem para os Diabos Vermelhos, fez questão de ir às câmeras na lateral para deixar seu recado. Um “Chris, te amo”, foi endereçado a Eriksen, o homem que nasceu de novo após um quarto de hora fora do ar.

Do hospital, o dinamarquês recebeu o carinho de um gigante que se comunica por meio dos gols. Lukaku deve embalar essa e outras vitórias mais dos belgas na Euro. E Eriksen segue contando com a nossa atenção e boas vibrações para superar este que deve ter sido o grande ponto de inflexão da sua carreira.