Champions League

Quando foi o último vice do Real Madrid na Champions League?

Última final perdida pelos Merengues aconteceu há 43 anos, em 1981, para Liverpool histórico

A missão do Borussia Dortmund em ser campeão da Champions League em cima do Real Madrid, em Wembley neste sábado (1º), a partir das 16h (horário de Brasília), é enorme.

Muito mais rico e com um trabalho de bons anos com Carlo Ancelotti, o clube espanhol tem valores individuais superiores, como Vinicius Júnior e Jude Bellingham, um coletivo mais apurado e experiência de sobra em decisões.

Para piorar, o 14 vezes vencedor da Europa, a equipe que é a personificação da Champions, só perdeu três decisões em toda sua longa trajetória, sendo a última há mais de 40 anos.

Para esquentar para decisão de hoje, a Trivela relembra aquela final de 1981.

Liverpool histórico de Dalglish e Paisley superou Real Madrid em 1981

Alan Kennedy foi o herói do Liverpool na decisão de 1981 (Foto: Icon Sport)

De todos os jogadores que entrarão em campo ou estarão no banco amanhã, ninguém era nascido na última Champions que o Real ficou com o vice.

Nem o técnico do Dortmund, Edin Terzić, que só nasceu em 1982. Para se ter uma ideia, Carlo Ancelotti estava no auge dos 22 anos, defendendo a Roma.

A temporada era 1980/81. O Real Madrid, já seis vezes campeão europeu (veja todos os vencedores aqui), voltou a uma final após 15 anos longe como o atual vencedor do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei.

Para alcançar aquela decisão, passou por Limerick (Irlanda), Sporting, Honvéd (Hungria), Spartak Moscou (Rússia) e Internazionale.

Encontrou na decisão, jogada no Parque dos Príncipes, apenas o histórico Liverpool do técnico Sir Bob Paisley e do atacante Kenny Dalglish, já campeão europeu em 1977 e 78, além de dominar o futebol inglês naquele momento.

E realmente não deu jogo. O Real mal chegou a incomodar o gol defendido por Ray Clemence.

Na melhor chance do jogo, frente a frente com o então arqueiro da seleção inglesa, Rafael García Cortés tentou uma cobertura e desperdiçou a chance dos Merengues voltarem a dominar a Europa com o placar ainda zerado.

Melhores no jogo, os Reds empilharam chances até finalmente marcarem aos 36 do segundo tempo. Em lateral batido na esquerda, Alan Kennedy dominou no peito passando por Uli Stielike e bateu na saída de Agustín Rodríguez.

Mais um título europeu para os ingleses, que voltariam a conquistá-lo em 1984.

Aquele time do Madrid seria a base para a histórica geração chamada de “Quinta del Buitre”, pentacampeã do Campeonato Espanhol e bi da Copa da Uefa (ex-Liga Europa). Porém, sem sucesso na principal torneio europeu.

O retorno a final da Champions só aconteceria em 1998, e aí o clube da capital ganharia não apenas aquela decisão, mas as próximas sete que chegasse (2000, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022).

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As outras duas decisões perdidas pelos Merengues

Antes de 1981, o Real já tinha perdido duas finais da Champions, também para times que marcaram época na Europa.

Em 1961/62, frente ao irresistível Benfica da estrela Eusébio e treinado pelo húngaro Béla Guttmann, o Madrid de Ferenc Puskás, Alfredo Di Stéfano e Paco Gento fez um jogaço histórico.

Era um dia daqueles para Puskás, que marcou dois em 23 minutos e, após o empate relâmpago das Águias, cravou o terceiro antes do fim do primeiro tempo.

Na etapa final, porém, o Pantera Negra de Moçambique, com apenas 20 anos, entrou no jogo.

Após Mário Coluna empatar com uma bomba de longe, Eusébio sofreu um pênalti, converteu para virar e ainda marcou outro, em falta ensaiada. Placar final 5 a 3 para o Benfica, que nunca mais venceria uma taça europeia.

Passaram mais dois anos e o então penta europeu encontrou a Internazionale na final da Copa dos Campeões da Europa.

Essa Inter, sob comando de Helenio Herrera, foi o time que melhor representou em competições europeias o Catenaccio, filosofia defensiva que marcou época na Itália — apesar de criada pelos suíços — de um homem atrás dos três zagueiros.

Frente ao Real, não sofreu: pela liderança técnica de Sandro Mazzola, autor de dois gols, venceu por 3 a 1. Os Nerazzurri também seriam campeões da Europa no ano seguinte, frente ao Benfica de… Eusébio.

Para o Real, foi a última decisão com o trio Puskás, Di Stéfano e Gento. O argentino foi para o Espanyol ainda em 64, enquanto a dupla esteve presente no título de 1966.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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