Champions League

Um raio-x dos 100 jogos de Simeone como técnico do Atlético de Madrid na Champions

Duas vezes vice-campeão da Champions, Diego 'Cholo' Simeone alcançou marca que apenas Ferguson e Wenger atingiram

A vitória do Atlético de Madrid por 3 x 1 em cima do Feyenoord nesta terça-feira (28) pela quinta rodada da Champions League 2023/24 colocou o técnico argentino Diego Simeone em um patamar que apenas Sir Alex Ferguson e Arsène Wenger atingiram. Foi a centésima partida do “Cholo”, como é conhecido o treinador, dirigindo apenas os Colchoneros pela competição, mais um feito histórico para aquele que é um dos maiores (se não o maior) técnico do clube madrilenho.

Bicampeão da Champions, Ferguson somou 190 jogos comandando o Manchester United na competição, enquanto Wenger, uma vez vice, dirigiu o Arsenal 175 vezes. Duas vezes segundo lugar na Europa (2014 e 2016), Simeone acabou de renovar seu vínculo com o Atlético e será técnico do clube pelo menos até 2027, podendo ampliar a marca e se aproximar dos líderes no quesito.

Veja um raio-x completo das 100 partidas de Cholo no Atleti, com dados de aproveitamento, maiores goleadores, jogadores mais utilizados e, claro, as campanhas que bateram na trave pelo título.

O aproveitamento nas 100 partidas, os times que mais enfrentou e as melhores campanhas na Champions

A vitória de hoje foi a 48ª em 100 jogos, além de 27 empates e 25 derrotas, o que totaliza 56% de aproveitamento. Foram 138 gols marcados (média de 1,38 por partida) nesse período e 90 sofridos (0,90).

O inusitado adversário que mais enfrentou em partidas da Champions foi o Bayer Leverkusen, se encontrando duas vezes na fase de grupos e duas nas oitavas de final. São três vitórias para cada lado, além de dois empates, mas os espanhóis eliminaram os alemães nas duas vezes no mata-mata (2014/15 e 2016/17). Na sequência vem o carrasco Real Madrid, em seis oportunidades, mesmo número de Porto, Chelsea e Bayern de Munique.

Simeone assumiu o clube em dezembro de 2011, mas a primeira noite europeia de Champions só viria duas temporadas depois, na edição 2013/14, na qual o técnico levou o Atleti de volta à principal competição de clubes após quatro anos fora. Desde esse ano, o clube nunca mais ficou de fora de uma Liga dos Campeões.

Justamente nessa primeira edição do Cholo, os Colchoneros retornaram a uma final pela primeira vez desde 1974, quando foram vice-campeões para o Bayern de Munique. Quis o destino que 40 anos depois, eles perdessem outra final, dessa vez para o maior rival, o Real Madrid. A derrota na decisão foi ainda mais dolorida pelo gol de Sérgio Ramos no eternizado minuto 93, que empatou o jogo e levou para prorrogação, vencida pelos Merengues por 4 x 1.

Dois anos depois, o time voltou a final, novamente contra os rivais da cidade de Madrid. Sérgio Ramos mostrou ser o cara dos pesadelos dos colchoneros ao marcar de novo em uma decisão, mas dessa vez o Atleti buscou empate com Yannick Carrasco – Antoine Griezmann ainda desperdiçou um pênalti quando o placar estava 1 x 0 para o rival. O Real não teve a força de 2014 para tentar alguma reação na prorrogação e as penalidades foram o caminho. No fim, Juanfran errou uma das tentativas, e Cristiano Ronaldo garantiu o título dos Galáticos. Além do lateral espanhol e do atacante francês, o goleiro Jan Oblak ficou marcado negativamente nessa decisão por um mal desempenho nas cobranças adversárias.

Tratado como zebra nos anos anteriores, o Atleti, apesar de maior investimento, não voltou a uma final de Champions desde 2016. Passou mais perto justamente no ano seguinte, temporada 16/17, mas a freguesia para o Real Madrid pesou novamente e caiu nas semifinais.

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Todas as edições de Liga dos Campeões do Atleti com Simeone

  • 2013/14: Vice-campeão
  • 2014/15: Quartas de final
  • 2015/16: Vice-campeão
  • 2016/17: Semifinal
  • 2017/18: Fase de grupos
  • 2018/19: Oitavas de final
  • 2019/20: Quartas de final
  • 2020/21: Oitavas de final
  • 2021/22: Quartas de final
  • 2022/23: Fase de grupos
  • 2023/24: já classificado às oitavas de final

Os jogadores mais utilizados e maiores artilheiros

Um dos símbolos do “cholismo” nos quase 12 anos de Simeone a frente do Atlético, o meio-campista Koke é quem mais disputou jogos de Champions sob o comando do argentino, reforçando seu papel de ídolo, dono também do maior número de aparições com a camisa rojiblanca na história. Das 100 partidas pela competição europeia, o jogador espanhol esteve em campo em 90 delas. Do elenco atual, ele é o único que está junto de Diego desde o início.

Atrás de Koke está o goleiro Oblak, com 79 jogos, dono da meta do Atleti desde a temporada 2014/15, contratado para substituir o então titular Thibaut Courtois. Saúl Ñíguez soma 69 partidas, uma a menos que Griezmann, quarto no quesito de atuações, mas líder em gols com 30 bolas nas redes.

Mesmo sendo meio-campista, Saúl é o segundo com mais gols (11), na frente do brasileiro naturalizado Diego Costa, com nove, e de Álvaro Morata, ainda no elenco, autor de oito tentos pelo Atleti em jogos da Champions.

Além da Champions, Simeone tem mais 28 partidas por competições europeias pelo Atlético

Com Simeone, o Atlético de Madrid disputou três vezes a Europa League e levou a taça em duas oportunidades. No que foi o primeiro título com o clube, logo na primeira temporada completa (2011/12), não deu chances ao Athletic de Marcelo Bielsa e venceu por 3 x 0 com dois de Radamel Falcão, um dos grandes atacantes do Atleti na última década.

Na temporada 2017/18, vindo de uma decepcionante eliminação na fase de grupos da Champions, “caiu” na Liga Europa e levou a sério, fez de novo 3 x 0 na final com dois gols do atacante do time (no caso, Griezmann), dessa vez em cima do Olympique de Marselha.

Os títulos da Liga Europa o levaram para Supercopa Europeia, onde teve 100% de aproveitamento, ao conquistar o torneio em cima de Chelsea e Real Madrid.

Somando Supercopa e Europa League, são 28 partidas, 23 vitórias, um empate e apenas quatro derrotas, aproveitamento absurdo de 83,3%.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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