Champions League

Pepe bate recorde na Champions League e celebra marca: “Muito difícil chegar aqui”

Aos 40 anos e 241 dias, o luso-brasileiro se tornou o jogador de linha mais velho a disputar uma partida de Champions League

O Porto levou um susto do Royal Antuérpia, mas virou sem problemas, goleou por 4 a 1, com hat-trick de Evanilson, e chegou aos seis pontos no Grupo H, três atrás do Barcelona. Uma vitória normal de fase de grupos acabou sendo importante para o zagueiro luso-brasileiro Pepe, que, aos 40 anos e 241 dias, se tornou o jogador de campo mais velho da era Champions League – desde 1992.

Ele havia entrado em campo cerca de um mês atrás contra o Shakhtar Donetsk, na primeira rodada, Segundo a Uefa, Pepe ultrapassou Alessandro Costacurta, que enfrentou o AEK Atenas com a camisa do Milan em novembro de 2006, e David Weir, que defendeu o Rangers contra o Bursaspor em dezembro de 2010, ambos aos 40 anos e 211 dias.

– É muito difícil chegar aqui, ter um recorde destes na Champions League, são muitos anos trabalhando para poder ganhar títulos, para fazer o que eu mais gosto, para defender os clubes por onde passei da melhor maneira, honrando sempre a identidade do clube. Sinto-me feliz por bater esse recorde, mas também poder jogar em um grande palco, ajudar os mais jovens a crescer e ter esse sonho de um dia ganhar a Champions League – disse o defensor que já tem três títulos da competição pelo Real Madrid.

O veterano retornou ao Porto em 2019, depois de uma passagem rápida pelo Besiktas, e continua sendo confiável. Embora as lesões sejam naturalmente mais frequentes, consegue manter o nível alto e fez 36 jogos por todas as competições na última temporada.

As principais marcas de longevidade da Champions League pertencem a goleiros:

  • Marco Ballota (Lazio): 43 anos e 252 dias
  • 
Gianluigi Buffon (Juventus): 42 anos e 315 dias
  • 
Olexandr Shovkovskiy (Dínamo Kiev): 41 anos e 255 dias
  • Mark Schwarzer (Chelsea): 41 anos e 206 dias
  • Allan McGregor (Rangers): 40 anos e 275 dias

“Foi preciso ser aquilo que somos”

O Porto caminha para chegar às oitavas de final pela terceira vez nos últimos quatro anos. A campanha até agora está dentro do esperado, com uma boa vitória fora de casa sobre o Shakhtar Donetsk e uma derrota normal para o Barcelona. Tropeçar contra o Royal Antuérpia, time mais fraco do grupo, daria uma complicada, mas, depois de sair atrás no primeiro tempo, marcou duas vezes pouco depois do intervalo e deslanchou à goleada.

– Foi preciso ter mais personalidade, ser aquilo que somos, fiéis ao que demonstramos durante todos esses anos com este treinador (Sérgio Conceição). Faltou mais pressão alta na primeira parte, deixamos que ligassem o jogo facilmente, sofremos um pouco, fomos uma equipe sem nossa identidade. Na segunda parte, o treinador foi bastante simples, disse que tínhamos que fazer nosso jogo e fazer o que normalmente fazemos. Pressionar e não deixar o adversário respirar. Foi assim. Entramos forte, tivemos a felicidade de marcar logo e a equipe foi crescendo – explicou.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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