IFAB altera regra sobre dois toques nas cobranças de pênalti; veja o que mudou

A International Football Association Board (IFAB), órgão que regulamenta as regras do futebol, alterou as normas que dizem respeito a cobranças de pênalti. A mudança impactará diretamente os lances que tenham dois toques na bola, como ocorreu com o argentino Julián Álvarez na eliminação do Atlético de Madrid nas oitavas da Champions League.

Agora, segundo a nova regra, em caso de dois toques acidentais, o pênalti será cobrado novamente e não anulado como ocorreu anteriormente. A alteração na norma passará a ser válida a parti de 1 de julho de 2025.

A discussão sobre as mudanças nas regras começaram justamente após o pênalti anulado de Álvarez. A IFAB admitiu que o que ocorreu com o argentino não estava totalmente coberto pelos regulamentos e por isso decidiu alterar a norma.

Dois toques em pênalti: Entenda a mudança na regra

Agora, o pênalti que tenha toque acidental, ou seja, quando um jogador toca com os dois pés simultaneamente ou quando a bola toca no pé ou perna de apoio após a cobrança, não será mais anulado, seguindo a seguinte regra:

• Se o chute for convertido em gol, a cobrança deve ser repetida

• Se o chute não resultar em gol, é concedido um tiro livre indireto para a equipe adversária (a menos que o árbitro aplique a vantagem, se isso beneficiar claramente a equipe defensora) ou, no caso de disputa por pênaltis, a cobrança é registrada como desperdiçada.

Antes, se o toque duplo ocorresse em pênaltis durante os minutos regulamentares do jogo, o árbitro concedia um tiro livre indireto para o adversário. Já em caso de disputas de pênalti, a cobrança era desperdiçada.

“Essa situação é rara e, como não está diretamente prevista na Regra 14, os árbitros têm, de forma compreensível, tendido a penalizar o cobrador por tocar a bola novamente antes que ela toque em outro jogador, concedendo assim um tiro livre indireto para o time adversário ou, no caso de disputas de pênaltis, registrando a cobrança como desperdiçada”, explica trecho do comunicado da IFAB.

“No entanto, essa parte da Regra 14 se refere principalmente a situações em que o cobrador toca deliberadamente na bola uma segunda vez antes que ela toque em outro jogador (por exemplo, quando a bola rebate na trave ou no travessão sem tocar no goleiro). Isso é muito diferente de quando o jogador chuta acidentalmente com os dois pés ao mesmo tempo, ou a bola toca no seu pé, ou na perna, de apoio logo após o chute — o que geralmente ocorre por um escorregão na hora da cobrança”, esclarece o órgão.

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Relembre o caso de Julián Álvarez

Em jogo válido pelas oitavas de final da Champions League, o Atlético de Madrid acabou sendo eliminado pelo rival Real Madrid nos pênaltis. Na ocasião, Julián Álvarez não desperdiçou sua cobrança, mas teve seu tento anulado por conta dos dois toques.

No momento da cobrança, o argentino escorregou e acabou dando um segundo toque ilegal na bola com seu pé de apoio. Com isso, o lance foi invalidado, e o Real Madrid conseguiu a vantagem nas cobranças, posteriormente se classificando para as quartas da competição.