Champions League

Disputa de pênaltis inusitada salva Vini Jr e aumenta escrita do Real contra Atlético

Merengues batem rival de Madri com vitória nas penalidades e avançam às quartas

Foram 120 minutos mais pênaltis de nervos a flor da pele entre Atlético de Madrid e Real Madrid pela volta das oitavas de final da Champions League nesta quarta-feira (12). No Metropolitano, o mandante venceu por 1 a 0 no tempo normal com direito a Vinicius Júnior vilão, mas uma disputa de penalidades de reviravoltas confirmou a classificação dos Merengues e a freguesia eterna dos rivais.

Apesar de mais de duas horas de bola rolando, o placar da partida foi construído com 27 segundos: em cruzamento de Rodrigo De Paul, Giuliano Simeone tentou toque de letra e a bola se ofereceu para Gallagher marcar na pequena área.

Em um jogo ruim, o time de Ancelotti praticamente nada criou, com exceção de um contra-ataque no segundo tempo no qual Mbappé foi derrubado por Lenglet na área, pênalti. Vini, alvo de ataques racistas antes do jogo e perseguido pelas vaias durante todo o jogo, isolou a cobrança, a primeira perdida em sua passagem nos Blancos.

O brasileiro, substituído por Endrick na prorrogação, poderia ser o considerado o maior responsável pela desclassificação, mas não foi porque a mística está do lado 15 vezes campeão da Europa.

Começou com Julián Álvarez tendo seu pênalti, bem convertido, anulado por dois toques após um escorregão. Lucas Vázquez até perdeu a cobrança seguinte, mas Llorente mandou no travessão na sequência e, na batida decisiva, Rudiger bateu mal, rasteiro e fraco, e Oblak aceitou.

O Dérbi de Madri aconteceu seis vezes pela competição europeia e em todas o lado branco saiu vencedor (dois títulos, 2014 e 2016, e quatro classificações, 1959, 2015, 2017 e 2025). Uma freguesia que não parece ter fim.

Após vencer a ida por 2 a 1, os Merengues avançam nos pênaltis e agora enfrentam o Arsenal nas quartas.

Gol cedo facilita coisas ao Atlético de Madrid no 1º tempo

O placar favorável a um lado com menos de 30 segundos fatalmente ditou o ritmo do que seria a etapa inicial. O Real Madrid, apesar de alta posse de bola, parecia não saber o que fazer para furar o 4-4-2 bem compacto do adversário e sofreu para criar qualquer chance clara. O máximo que teve foi um chute de Rodrygo de fora da área que terminou fácil nas mãos de Oblak.

Já os Colchoneros, além do gol, fizeram e muito Thibaut Courtois trabalhar. A primeira exigência ao belga veio em chute de Álvarez aos 24, que repetiria a dose com 38 no relógio. Em ambos, restou ao goleiro dos Merengues espalmar, mesma ação que teve em cruzamento perigoso de Griezmann.

O dono do Metropolitano ainda chegou em cabeçadas de Lenglet e Giménez e outro chute de Julián, dessa vez de fora da área para a linha de fundo.

Gallagher comemora gol do Atlético de Madrid
Gallagher comemora gol do Atlético de Madrid (Foto: Divulgação/Uefa)

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Pênalti perdido por Vinicius Júnior impede classificação do Real Madrid

A segunda parte do tempo normal do jogo retornou com um roteiro muito parecido. O visitante tinha a bola, enquanto o Atleti era mais perigoso. No primeiro minuto, Álvarez já estava exigindo outra intervenção de Courtois em uma bomba de fora da área.

Quando o belga não teve condições de pular para tentar defender, deu sorte que duas chances foram para fora — um cruzamento de Gallagher desviado na defesa que passou rente à trave e uma boa cabeçada de Lenglet.

Tudo isso antes do pênalti perdido por Vini, que deu um ânimo grande ao mandante pela festa da torcida. Simeone mandou outro chute forte para defesa do goleiro adversário, enquanto os chutes de Lino e Griezmann foram fracos no meio do gol.

Prorrogação tem pouca emoção

Com os times cansados, além do receio de um gol matador, os dois últimos tempos do dérbi foram fracos e com pouquíssima emoção.

Talvez a grande chance veio logo de cara: no primeiro minuto, Oblak acertou lançamento perfeito e Correa saiu sozinha na ponta direita, onde carregou até a linha de fundo e cruzou para um corte essencial de Rudiger.

As outras oportunidades tiveram pouco perigo. Brahim tentou chute cruzado e Oblak pegou, como fez Courtois em cabeceio fraco de Sorloth. Já Brahim Díaz, que saiu bem do banco, fez grande jogada na área e tocou para Valverde, que tocou rasteiro, mas ninguém tocou.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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