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Militão foi enorme para impedir que a reação do Chelsea desse frutos – e ainda ajudou a resolver na frente

O zagueiro brasileiro foi um dos melhores em campo na vitória do Real Madrid por 2 a 0 no Stamford Bridge

Rodrygo ampliou um pouco mais a sua história como um jogador decisivo em Champions League pelo Real Madrid, e esse é um grupo com companhia pesada. Ele teve um papel importante ao marcar o gol que aliviou a pressão aos espanhóis em um jogo mais difícil do que o esperado em Stamford Bridge, mas, nos momentos mais difíceis, quem brilhou foi outro brasileiro. O zagueiro Éder Militão teve uma atuação monstruosa na qual mais de uma vez evitou que o Chelsea abrisse o placar para reviver a eliminatória.

Não foi a primeira vez que ele brilhou. A temporada passada foi de afirmação, como um dos nomes dos títulos europeu e espanhol. Custou caro, chegou ao Real Madrid com baixa experiência no futebol europeu e demorou um pouco para engrenar. Tinha a forte concorrência de Sergio Ramos e Raphaël Varane, às vezes precisava jogar pela lateral direita. Começou a se destacar no fim da temporada 2020/21, justamente em uma partida de quartas de final contra o Chelsea. Terminou a campanha tanto na Champions quanto em La Liga como titular de Zidane.

A chance e o desafio ficaram maiores quando Ramos e Varane saíram do Real Madrid no mercado seguinte. David Alaba chegou do Bayern de Munique para dar mais experiência à defesa, mas qualquer sucesso dependeria da evolução de Militão. Ele correspondeu, jogou 50 vezes por todas as competições e mostrou muita segurança. Foi levado ao Catar pelo técnico Tite e virou titular na lateral direita depois da lesão de Danilo. Estará nos planos de qualquer técnico que assumir a seleção brasileira – ainda mais se esse técnico for Carlo Ancelotti.

O Real Madrid não ficou próximo de perder a vaga em sua 11ª semifinal em 13 temporadas, mas talvez tivesse ficado um pouco mais se não fossem algumas ações defensivas cruciais de Militão. Principalmente o bloqueio na segunda chance clara desperdiçada por N’Golo Kanté no começo do segundo tempo. Ele também foi bem para travar uma batida de frente de Kai Havertz que poderia ter sido mais difícil para Courtois, pouco antes de dar um lindo lançamento para Rodrygo invadir a área na jogada do primeiro gol.

Ancelotti mudou a defesa no intervalo com a entrada de Antonio Rüdiger no lugar de David Alaba porque o Chelsea estava chegando forte pelos lados, mas Militão foi uma constante. Os números foram menos impressionantes do que a sensação de segurança que passou: bloqueou três finalizações, deu um desarme e uma interceptação e brilhou mesmo afastando oito bolas. Destaque também no ataque, acertando três de seis lançamentos – um deles para ajudar os espanhóis a matarem a eliminatória contra os Blues.

O Real Madrid jogou quase todo o segundo tempo com um jogador a mais no Santiago Bernabéu e perdeu uma boa oportunidade de levar uma vantagem maior para Stamford Bridge. O Chelsea conseguiu pelo menos dar uma resposta no jogo de volta e competiu bem. Militão foi essencial para impedir que os ingleses realmente complicassem a eliminatória e mais uma vez se provou como uma peça essencial do campeão europeu.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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