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Como a Internazionale que dominou a Itália influenciou os primeiros anos de riqueza do Manchester City

Roberto Mancini foi o primeiro técnico de renome contratado pelos Emirados Árabes - e ele trouxe alguns de seus ex-comandados na bagagem

O Manchester City não era um clube sem história quando passou para as mãos dos Emirados Árabes. O primeiro problema era que a mais recente havia sido dominada pelo excesso de frustrações e pela escassez de alegrias. Não servia de inspiração. O segundo é que o futebol há muito tempo se afastara da época em que uma dupla genial, como Joe Mercer e Malcolm Allison, podia mudar a história de um clube. Também não dava para tentar replicar a fórmula da sua primeira era dourada. Precisava de influências mais modernas e externas. Em 2012/13, por exemplo, trouxe Ferran Soriano para ser o CEO. Depois, Txiki Begiristain para a diretoria de futebol. Começou a operação para aliciar Pep Guardiola e criar o Barcelona 2.0. Mas antes disso, bebeu da fonte da Internazionale, que dominava a Itália no fim dos anos 2000 e agora se tornou o último obstáculo que o separa do tão almejado título da Champions League.

Há sempre um momento no começo da história dos novos ricos em que um profissional de alto calibre empresta a sua credibilidade ao projeto. Ele é convencido pelas promessas de investimentos, pela possibilidade de rapidamente cativar uma torcida carente, gravar o seu nome em pedra como o comandante da era mais vitoriosa de um clube centenário e… por dinheiro. Geralmente tem bastante dinheiro envolvido. Quando os árabes tiraram o Manchester City das mãos do tailandês Thakhsin Shinawatra, exigiram de cara a contratação de uma grande estrela. Receberam Robinho, na época um nome de primeira linha (futebolisticamente) que acabou não sendo o bastante para virar a chavinha. Nem outros, como Carlos Tevez, Kolo Touré e Emmanuel Adebayor que viriam nos anos seguintes. Isso aconteceu com Roberto Mancini.

O primeiro treinador da era petrolífera do City foi Mark Hughes, um ex-jogador importante do Manchester United que havia colecionado alguns feitos no comando do Blackburn, seu primeiro trabalho no futebol de clubes – treinara Gales, enquanto ainda era atleta. Chegou duas vezes à semifinal da Copa da Inglaterra e conseguiu uma classificação à Copa da Uefa com o sexto lugar na Premier League. Também ficaria em sétimo em sua última campanha antes de receber a chave do cofre. Ele esteve à frente dos dois primeiros grandes mercados da nova era do Manchester City. E os resultados não foram satisfatórios.

A primeira dessas duas levas de investimentos foi de € 160 milhões, dividida entre Abu Dhabi e Shinawatra. Alguns jogadores, como Jô, Shaun Wright-Phillips, Vincent Kompany e Pablo Zabaleta chegaram antes da aquisição. O negócio foi concretizado praticamente no fechamento da janela, e não deu tempo para trazer ninguém além de Robinho. Em janeiro, Hughes esbanjou: buscou Nigel de Jong, Craig Bellamy, Wayne Bridge e Shay Given. Mesmo com muito mais recursos do que o antecessor Sven-Goran Eriksson, a sua campanha de estreia terminou uma posição atrás – décimo versus nono. Para a segunda, ganhou nomes ainda mais fortes: Tevez, Adebayor, Joleon Lescott, Gareth Barry, Kolo Touré, Sylvinho e Roque Santa Cruz. Quase € 300 milhões em reforços no total, o que na época era um absurdo.

Quando foi demitido a uma semana do Natal, havia acabado de encerrar uma sequência de apenas uma vitória em dez rodadas com um apertado 4 a 3 contra o Sunderland e estava em oitavo lugar.

Mancini usava um cachecol do Manchester City durante os jogos (Foto: Camera / Icon Sport)

Acumular talento é um bom começo. Ensiná-los a vencer é mais difícil. E naquela época, Roberto Mancini sabia como vencer. Era, acima de tudo, um nome forte do futebol italiano, com uma linda história na Sampdoria como jogador. Ele se credenciou a comandar a Internazionale com passagens relativamente curtas, mas de sucesso por Fiorentina e Lazio. Pela Viola, conquistou a Copa da Itália pouco antes da falência em 2002. A situação financeira da equipe da capital também não era show quando ele chegou, ao mesmo tempo em que Hernán Crespo e Alessandro Nesta foram embora, sem reposições à altura. Ainda assim, foi quarto colocado, chegou à semifinal da Copa da Uefa e venceu outra Copa da Itália.

A Internazionle não era campeã italiana desde 1988/89. Mancini foi na prática o substituto de Héctor Cúper, o cara que Ronaldo Fenômeno credita pela sua saída do clube, e teve que lidar com a supremacia da Juventus de Fabio Capello em seus dois primeiros anos. Foi importante ter ficado em segundo lugar em 2005/06 porque aquele scudetto foi concedido aos nerazzurri após o escândalo do Calciopoli. Após o rebaixamento da Velha Senhora, o caminho ficou livre para a hegemonia interista. Aproveitou os espólios da Juventus – Zlatan Ibrahimovic e Patrick Vieira -, finalmente pôde treinar Crespo e o jejum foi quebrado em campo em 2006/07. Mancini entregou um tricampeonato para o sucessor José Mourinho transformar em penta.

Massimo Moratti ainda o demitiu. Em parte porque viu a oportunidade de contratar Mourinho, o maior e melhor treinador da época, em parte porque sofreu com a eliminação para o Liverpool nas oitavas de final da Champions League e com a derrota para a Roma na final da Copa Itália. De qualquer maneira, o currículo que Mancini havia acumulado em apenas sete anos no banco de reservas era impressionante: três scudettos, quatro Copas da Itália e duas Supercopas da Itália.

A escolha seria unanimidade, não fossem questionamentos sobre o seu estilo de jogo. Era considerado muito defensivo, uma crítica que ressurgiu quando os resultados começaram a decair, mas que curiosamente desapareceu quando ele foi campeão inglês marcando 93 gols – para referência: o atual Manchester City, de Guardiola, Haaland e blá, blá, blá, fez 94. Isso não quer dizer que seu trabalho foi impecável. Talvez até longe disso. Ele raras vezes pareceu tirar o melhor de um dos elencos mais qualificados da Premier League, embora tenha tido boas sacadas, como adiantar Yaya Touré para uma função mais ofensiva.

Mas montou a base que depois seria comandada por Manuel Pellegrini e, principalmente, instaurou uma mentalidade vencedora no clube. Precisou superar um pequeno choque de cultura quando chegou e mudou os métodos de treinamento, com foco maior em tática e atividades físicas intensas na pré-temporada. “Eu acredito que tenho o respeito e a confiança completa dos jogadores e sempre tenho respeito por eles, mas, quando trabalho, quero trabalhar bem e trabalhar para vencer. Não quero trabalhar apenas porque eu gosto de jogar futebol. Se quisermos vencer, precisamos mudar nossa mentalidade, o que também significa pensar quando trabalhamos”, explicou.

Pouco depois de ser contratado, prometeu que obrigaria a torcida do Manchester United a retirar uma famosa faixa que estendia na arquibancada Stretford End, em Old Trafford, fazendo a contabilidade do jejum de títulos do Manchester City. “Quando formos a Old Trafford, vamos derrubar aquela faixa. Este é o último ano porque vamos vencer. Estou bem ciente de quanto tempo faz desde o último título do City e nesta temporada temos uma grande oportunidade de corrigir isso”, disse, cheio de confiança.

Bom, não deu. O City visitou o estádio do rival pelo jogo de volta da semifinal da Copa da Liga Inglesa, perdeu por 3 a 1 e foi eliminado. Mas Mancini cumpriria a sua promessa no ano seguinte, em um torneio mais importante. Após despachar o mesmo Manchester United nas semifinais, conquistou a Copa da Inglaterra e a faixa parou em 35 anos. Outra contagem, porém, continuava.

O Manchester City não vencia o Campeonato Inglês desde 1968. Parecia que aconteceria com tranquilidade em 2011/12, quando começou com 11 vitórias em 12 rodadas, que incluíram 6 a 1 em Old Trafford. No entanto, o rendimento caiu depois de virada do ano, e o Manchester United chegou a abrir oito pontos, a seis rodadas do fim. Era ridículo acreditar que aquele Manchester United perderia oito pontos com apenas 18 em cima da mesa. Mas foi o que aconteceu, com circunstâncias dramáticas – e miraculosas. A famosa vitória por 3 a 2 sobre o Queens Park Rangers, com o gol de Agüero, tornou Roberto Mancini o único treinador da história do City que conseguiu ganhar um título de Campeonato Inglês contra Alex Ferguson.

Vieira levanta a Copa da Inglaterra (Foto: Spi / Icon Sport)

Mas todo grande comandante precisa de um general, o cara que lidera por exemplo e grita com todo mundo dentro de campo, e, na primeira oportunidade que teve, Mancini foi buscar o seu. Patrick Vieira é um dos maiores jogadores da história da Premier League. Um tricampeão, eleito o craque da temporada 2000/01, e líder dos Invencíveis. Ele tinha tudo: físico, técnica, desarme, passe, jogo aéreo, finalização e inteligência. Quando a sua passagem pelo norte de Londres chegou ao fim, após nove anos muito bem sucedidos, o volante foi vendido à Juventus e, em campo, ele foi campeão italiano, retificando a sua passagem anterior pela Itália – alguns meses apagados no Milan. Aquele scudetto, como você já ficou sabendo, foi transferido para a Internazionale. E como não estava em seus planos disputar a segunda divisão, Vieira também.

Se aquele título foi retirado nos tribunais, Vieira conquistaria quatro pela Internazionale. Mesmo que, no geral, em um papel mais secundário. Ainda assim, em sua primeira temporada, formou uma boa dupla com Cambiasso e foi titular 14 vezes em uma sequência de 17 vitórias pela Serie A. Faria 28 partidas naquele ano, por todas as competições. A época seguinte foi prejudicada por lesões, e ele jogaria apenas 23 vezes. Seus minutos em campo caíram de 2.300 para 1.400. No verão europeu de 2008, expressou vontade de continuar, talvez encerrar a carreira na Inter, mas a sua participação baixou ainda mais com a chegada de Mourinho. Depois de ser pouco utilizado nos primeiros meses de 2009/10, aceitou o chamado de Roberto Mancini para desfrutar dos últimos anos da sua carreira no excelente clima de Manchester. A Internazionale ainda foi o segundo clube que ele mais defendeu na carreira, com 91 partidas.

Aos 33 anos, terminou aquela temporada mais ou menos titular na Premier League, mas as suas atuações foram contestadas, e Mancini teve que ir a público defender o jogador, citando problemas físicos e a necessidade de tempo para se readaptar à Inglaterra. Quando Vieira chegou, com contrato de seis meses e opção por mais um ano, que acabou sendo exercida, não escondeu o que mais esperava do seu antigo comandado. “Patrick é um meia de primeira linha, com uma mentalidade vencedora e se encaixará muito bem. Ele me conhece, conhece minha comissão técnica e, também importante, ele conhece a Premier League. Patrick é um dos grandes jogadores da sua geração, com quase todos os títulos. Tenho certeza que os torcedores do City o receberão calorosamente e gostarão das contribuições que fará”, afirmou.

Mas Vieira conseguiu oferecer apenas lapsos do jogador que a Inglaterra conhecia. Na edição seguinte, começaria jogando apenas quatro vezes. A sua experiência foi aproveitada na fase de grupos da Liga Europa – na qual reencontrou a Juventus – e nas primeiras eliminatórias da Copa da Inglaterra. Ficou em campo 1.661 minutos, o que dá cerca de 18 partidas completas. Deu tempo de ampliar um pouco sua prateleira de troféus: seu último jogo foi aquela decisão da FA Cup que derrubou a faixa, entrando nos acréscimos da vitória por 1 a 0 sobre o Stoke City. Ele continuou no City para aprender o ofício de treinador e aproveitou a rede de clubes do grupo para ganhar a sua primeira chance, no comando da franquia de Nova York.

Se não foi o meia que dominava os dois lados do gramado, ter uma instituição da Premier League nos vestiários é de valor inestimável para um elenco relativamente jovem (apenas três jogadores tinham mais de 30 anos na única temporada completa de Vieira no City) que misturava estrelas, nomes fortes e jogadores mais acostumados com o meio do que com o topo da tabela, precisando aprender a lidar com um nível alto de exigência e pressão, pela magnitude do investimento que era feito.

Balotelli com a polêmica camiseta contra o Manchester United (Foto: Sport / Icon Sport)

De Mario Balotelli, por outro lado, esperava-se muito retorno em campo. E ele entregou parte disso, em troca de nunca mais ter sossego. Balotelli era presença constante nos tabloides, com histórias verdadeiras ou inventadas. Sergio Agüero contou em sua autobiografia que não foram raras as vezes em que ele dizia ter sido acompanhado pela polícia ao centro de treinamentos e descreveu a relação com Roberto Mancini como de pai e filho que tretavam o tempo inteiro e se xingavam diante do elenco. Em poucos anos, o pacote deixaria de valer a pena, mas, naquela época, ainda valia porque ele era capaz, por exemplo, de atuações como a do 6 a 1 sobre o Manchester United em Old Trafford – onde mostrou a famosa camisa “Por que sempre eu?”, um dia depois de um pequeno incêndio em seu banheiro, quando, segundo sua versão, seus amigos acenderem fogos de artifício dentro de uma lata de lixo de metal. Ele garantiu a Noel Gallagher em uma entrevista ao Guardian que apenas a cortina pegou fogo.

Balotelli foi um prodígio que começou a ganhar chances na Internazionale, com Roberto Mancini, pouco depois de completar 17 anos. Ele terminou a Serie A de 2007/08 com três gols e três assistências nas últimas sete rodadas e foi titular na derrota para a Roma na final da Copa da Itália. Mourinho continuaria a utilizá-lo. Na campanha do tetracampeonato, ele novamente terminou arrebentando e foi acionado 40 vezes durante a temporada da Tríplice Coroa, embora fosse majoritariamente um reserva, apoio ao tridente Samuel Eto’o, Goran Pandev e Diego Milito. Quando o City pagou quase € 30 milhões para contratá-lo, achou que estava levando um dos mais promissores atacantes do mundo. Não estava errado. É que com Balotelli as coisas nunca foram tão simples assim, e ele nunca conseguiu atingir todo o seu potencial.

O começo de Balotelli no Manchester City foi acidentado. Ele operou o joelho em setembro e perdeu as primeiras semanas da temporada. Estreou em outubro. Em sua terceira rodada de Premier League, marcou dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o West Brom e, três minutos depois de levar cartão amarelo por reclamação, foi expulso por dar uma pancada em Youssouf Mulumbu, o que, no fundo, é tudo que você precisa saber para entender a experiência Balotelli. Ele foi uma peça de rotação naquela temporada e faria gol em apenas outros dois jogos da Premier League – em um deles, anotou um hat-trick contra o Aston Villa. A contribuição mais notável seria participando do grande momento da vitória sobre o Stoke City na final da Copa da Inglaterra, a que encerrou o jejum, com um toque de calcanhar e uma finalização antes de Yaya Touré marcar.

O seu segundo ano no Manchester City não começou muito mais calmo. No final de julho, em amistoso contra o Los Angeles Galaxy, provavelmente entediado, saiu na cara do goleiro e tentou fazer um gol de calcanhar, dando um girozinho, e foi imediatamente substituído por Mancini – um bem, bem irritado Mancini. Mas o seu rendimento melhorou. Ele foi importante na arrancada inicial pela Premier League, com oito gols nas primeiras 15 rodadas, incluindo os dois contra o Manchester United. No entanto, durante a oscilação que permitiu aos Red Devils abrirem vantagem, foi expulso contra o Arsenal. E pior: parecia até que queria ser expulso. Escapou em uma entrada feia em Alex Song, mas depois levou o segundo amarelo por outra pancada em Bacary Sagna. Mancini ficou lívido. Balotelli era reincidente. Havia sido suspenso por três jogos em janeiro por dar um chute na cabeça de Scott Parker. Howard Webb não viu o lance para expulsá-lo, mas ele pegou quatro jogos de gancho. O técnico esperava que ficasse indisponível para as seis rodadas restantes e deixou bem claro que estava cansado. “Para mim chega. Temos seis jogos e ele não jogará nos próximos seis jogos. Provavelmente (o venderei), mas não sei. Depende porque Balotelli é um jogador fantástico. Eu posso continuar colocando Mario em campo. Todas as vezes, corremos o risco de uma expulsão. Mas ele também pode marcar no último minuto”, disse.

Ou dar uma assistência. A punição a Balotelli não foi além de uma suspensão automática de três jogos. Ele retornou ao banco de reservas no clássico contra o Manchester United na penúltima rodada, mas a confiança e a paciência de Mancini pareciam ter se esgotado. Ele jogou apenas mais 15 minutos naquela campanha. E foram 15 minutos de certa importância. Entrou no lugar de Carlos Tevez contra o Queens Park Rangers. É ele quem recebe o passe no semi-círculo, marcado de perto. O defensor do QPR consegue atrapalhar o domínio, mas Balotelli tem presença de espírito para se esticar e, caído, entrega a bola para Sergio Agüero marcar o gol do milaaaaagre e entrar para a história do Manchester City.

A apoteose daquele título adiou um pouco a saída de Balotelli, mas não muito. Em janeiro de 2013, foi vendido ao Milan. E a relação de amor e ódio com Mancini continuou: “Nós amamos Mario, mas ele teve a grande chance de voltar à Itália”. Em entrevista ao The Athletic, ano passado, disse que sair do Manchester City foi o maior erro que cometeu – e, assim, sem querer ser insistente, a concorrência é forte. “Mesmo no ano depois que eu sai, eu joguei muito bem pelo Milan por um ano e meio, mas depois disso, tive alguns problemas. Agora que sou mais velho, eu sei que não deveria ter saído do City naquele momento. Todos aqueles anos com o City melhorando, melhorando, melhorando. Eu poderia ter sido que nem Sergio Agüero por um longo tempo. Se tivesse a mentalidade que tenho agora, quando estava no City, eu provavelmente poderia ter ganhado uma Bola de Ouro, tenho certeza”, afirmou o atual atacante do Sion, da Suíça.

Em sua última temporada no Etihad Stadium, Mancini trouxe outro integrante do esquadrão interista, mas o lateral direito Maicon sofreu muitas lesões e conseguiu fazer apenas 13 partidas pelo Manchester City. Também era a hora de seguir em frente e tentar coisas diferentes. Ferran Sorriano e Begiristain já haviam chegado com o plano de tornar o clube menos italiano e um pouco mais espanhol. Demitiram Mancini em maio de 2013 e colocaram Manuel Pellegrini, de ótimo trabalho pelo Málaga, em seu lugar. Pellegrini conseguiu mais um título da Premier League e até entregou a primeira grande campanha do City na Champions League, com as semifinais de 2015/16.

O grande plano, no entanto, era preparar o terreno para Pep Guardiola. Eles sabiam que, com as condições certas, Guardiola poderia construir uma hegemonia. Estavam certos. E é curioso que, agora, o último passo, o objetivo final, o ápice de todo esse trabalho, passe pela Internazionale, que muitos anos atrás entregou algumas figuras importantes de sua história recente para que o Manchester City reaprendesse a vencer.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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