Já são quatro anos defendendo o Monaco. Fabinho deixou o Brasil sem muita fama, mais conhecido por quem acompanhava a sua ascensão nas categorias de base do Fluminense. Passou por Rio Ave e pelo Real Madrid Castilla até ser levado ao principado, ao clube que havia acabado de retornar à Ligue 1. Às vésperas de completar 20 anos, logo conquistou o seu espaço. E amadureceu de maneira impressionante desde então. O camisa 2 é um dos jogadores mais influentes no time de Leonardo Jardim, fundamental ao melhor ataque das ligas europeias. Nesta quarta, fez a diferença na Champions, e não só por conduzir os alvirrubros à classificação, mas também por anotar um dos gols na vitória por 3 a 1 sobre o Manchester City.
Fabinho já tinha sido um dos melhores em campo no Estádio Etihad. Sua participatividade valeu bastante aos monegascos, tanto no ataque quanto na defesa. De seus pés, nasceram as jogadas para dois tentos. Já nesta quarta, de maneira um pouco diferente, o brasileiro também desequilibrou aos alvirrubros. Seguro, articulou a saída de bola e garantiu a consistência de uma equipe que necessitava da precisão. Ajudou a distribuir o jogo, além de aparecer como elemento extra à frente. Teve estrela no lance do segundo gol, aproveitando o cruzamento de Benjamin Mendy. E, quando o time dependia de seu empenho sem a bola, o camisa 2 foi pragmático. Combativo, diante da pressão dos Citizens. Ao final, tudo deu certo.
Cada vez mais, Fabinho se torna um jogador completo – e aos 23 anos, com margem a crescer mais. Bom no apoio, cirúrgico nos passes, sólido na defesa. A mudança da lateral para o meio de campo não beneficiou apenas o seu futebol, mas também o Monaco, que ganhou demais com a participatividade do antigo lateral. O brasileiro ainda pode fazer as duas funções. Mas Leonardo Jardim prefere contar com ele onde consegue trabalhar mais com a bola. Onde consegue oferecer mais. E tem oferecido muito ao sucesso dos alvirrubros na temporada.
Por seus números, Fabinho já vive a sua temporada mais produtiva. São 10 gols e quatro assistências, somando todas as competições. Além disso, do meio para frente, é o jogador do Monaco que soma mais minutos em campo – e o quarto do elenco, atrás apenas da dupla de zaga e do goleiro Danijel Subasic. Prova da confiança desfrutada pelo camisa 2. Os rumores sobre o interesse de outras potências europeias são recorrentes. Algo totalmente compreensível, diante de tudo o que vem jogando. E merece também ao menos uma nova chance na seleção brasileira, agora como volante. A grande fase referenda.
