La Liga

Real Sociedad não encontrou o gol que merecia e foi punida pelo Barcelona no final

Os catalães foram dominados no Anoeta, mas apertaram por alguns minutos no fim da partida e conseguiram vencer por 1 a 0

O Barcelona jogou bem por três minutos, quatro no máximo, e de alguma maneira foi suficiente para encontrar o gol para vencer a Real Sociedad no Estádio Anoeta neste sábado por 1 a 0. O lance decisivo foi finalizado pelo zagueiro Ronald Araújo, no limite do impedimento, aos 47 minutos do segundo tempo. A partida foi dominada pelos bascos, que não conseguiram colocar a bola na casinha e foram punidos quase no último instante.

O resultado foi ótimo, mas a atuação não foi convincente o bastante para deixar para trás o colapso do time de Xavi Hernández no Superclássico contra o Real Madrid no último fim de semana. Os catalães chegaram a 27 pontos, a quatro do líder Girona, que pode receber a companhia dos merengues neste domingo. A Real Sociedad ganhou apenas uma das últimas quatro rodadas e estacionou em 19, por enquanto na sexta posição.

Real Sociedad não aproveita e é punido

Robert Lewandowski fez seu primeiro jogo como titular desde o começo de outubro quando saiu machucado contra o Porto pela Champions League. Entrou ao lado de João Félix no ataque, com Fermín López, Ilkay Gündogan e Gavi mais atrás. Xavi entrou com três zagueiros dando liberdade a Alejandro Balde e João Cancelo pelos lados. E a Real Sociedad foi melhor. Desde os primeiros minutos e durante todo o primeiro tempo.

A primeira grande chance foi criada logo aos três minutos, quando Aihen Muñoz pressionou Jules Koundé na ponta esquerda. O zagueiro francês errou o passe e deixou Oyarzabal na cara de Ter Stegen, que fez uma linda defesa com a ponta dos dedos. Quase saiu o gol na cobrança de escanteio, e Ter Stegen teve que executar outra intervenção importante para barrar a finalização de primeira de Kubo, após outra chegada relevante de Muñoz pela esquerda.

O lateral era a principal válvula de escape da Real Sociedad. Seu cruzamento, aos 32 minutos, foi desviado e quase pegou Ter Stegen de surpresa. O Barcelona nem conseguiu dominar a posse de bola, com 48% na etapa inicial, nem conseguiu levar perigo. Sua única finalização no alvo foi um chute fraco de Fermín López aos 45 minutos. O panorama não mudou imediatamente depois do intervalo, com Brais Méndez arriscando de fora da área. Ter Stegen encaixou sem problema.

Xavi mudou aos 12 minutos, com as entradas de Ferran Torres e Pedri nas vagas de Lewandowski e Fermín López. Se houve uma melhora, foi sutil. A Real Sociedad continuou com a iniciativa e pediu pênalti quando Oyarzabal invadiu a área entre Jules Koundé e Iñigo Martínez, ex-adversário de clássico basco. Houve um puxão no ombro de Oyarzabal, mas o árbitro não considerou suficiente para dar pênalti. Pouco depois, Mikel Merino mandou por cima do travessão e Ter Stegen fez outra ótima defesa, por baixo, em uma bomba de primeira de Andre Barrenetxea de fora da área.

O impasse seguiu e tudo indicava que a Real Sociedad teria que se contentar com o empate e lamentar que não encontrou uma maneira de aproveitar o bom jogo que fazia. A segunda parte foi verdadeira. A primeira, não. De repente, o Barcelona acionou a quinta marcha e começou a criar chances. Álex Remiro barrou uma bomba de fora da área de Araújo e, logo na sequência, Raphinha encontrou Pedri entre as linhas. Gavi recebeu do jovem colega dentro da área e bateu de primeira. Remiro saiu do gol para fazer uma ótima defesa.

E dois minutos depois, Gündogan cruzou fechado, e Araújo arrancou como um raio nas costas da defesa antes de se jogar para marcar de cabeça. A olho nu, parecia completamente impedido. No frame da revisão do assistente de vídeo, estava na mesma linha. O gol foi confirmado, e o Barcelona venceu. Sabe-se lá como.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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