Guia de La Liga 2020/21 – Sevilla
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Por Daniel Souza e Guilherme Bianchini
Cidade: Sevilla (Andaluzia)
Estádio: Ramón Sánchez-Pizjuán (43.500)
Técnico: Julen Lopetegui (Espanha)
Posição em 2019/20: 4º (70 pontos)
Títulos: 1 (1945/46)
Projeção: briga por Champions League
Principais chegadas: Rakitic (MC/V, Barcelona), Óscar Rodríguez (MEI, Real Madrid) e Suso (PD, comprado em definitivo do Milan)
Voltaram de empréstimo: Corchia (LD, Espanyol), Alejandro Pozo (LD/MD, Mallorca), Gnagnon (Z, Rennes), Amadou (V/Z, Leganés), Roque Mesa (MC/V, Leganés), Aleix Vidal (MD/LD, Alavés), Bryan Gil (ME/MD, Leganés) e Carlos Fernández (A/PD/PE, Granada)
Principais saídas: Reguilón (LE, pertence ao Real Madrid), Banega (MC, Al Shabab) e Rony Lopes (MD/MEI/ME, emprestado ao Nice)
Time-base (4-3-3): Vaclík; Jesús Navas, Koundé, Diego Carlos e Escudero; Fernando, Joan Jordán e Rakitic (Óscar Rodríguez); Suso, De Jong (En-Nesyri) e Ocampos.
Após uma verdadeira revolução no elenco no início da temporada 2019/20, capitaneada pela volta do diretor de futebol Monchi e pela chegada de Julen Lopetegui, o Sevilla teve um ano de sonho. Com um futebol extremamente consciente e efetivo, e um elenco que teve um encaixe perfeito, o clube voltou a levantar seu troféu preferido, a Liga Europa, derrubando Roma, Wolverhampton, Manchester United e Internazionale. Além disso, com o quarto lugar obtido na Liga, atingiu seu melhor resultado desde 2016/17.
Muitas contratações foram bem-sucedidas, como o caso da dupla Diego Carlos e Koundé, que se encaixaram como se jogassem há muitos anos juntos. Reguilón, emprestado pelo Real Madrid, foi um dos melhores laterais-esquerdos da Espanha e da Europa em 2019/20, aliando potência ofensiva e qualidade na marcação. Mas nada foi tão marcante quanto Lucas Ocampos.
O ponta argentino, que chegou do Olympique de Marseille, fez uma temporada antológica, em que os 17 gols marcados no total das competições foram até pouco pelo nível de importância que adquiriu para o Sevilla. Sem dúvida, a contratação mais impactante do futebol espanhol. Some-se a isso um Éver Banega jogando um futebol espetacular na sua temporada de despedida da Andaluzia (sobretudo nas fases finais da Europa League) e temos claro que o Sevilla de 2019/20 sob o comando de Lopetegui é um time para a história do clube.
No entanto, a temporada é outra e novos desafios estão por vir. Como citado acima, Banega e Reguilón, peças-chave do sucesso do último ano, deixaram o clube. Por outro lado, o Sevilla contratou em definitivo o meia direita Suso, peça importante na última temporada, e o goleiro Bono, que ainda pertencia ao Girona e jogou as fases decisivas da Europa League. Para o meio-campo, chegou o jovem Óscar Rodríguez, que pertencia ao Real Madrid e foi destaque do Leganés na última temporada, além de um velho conhecido: Ivan Rakitic. O croata está de volta ao Sevilla após encerrar seu ciclo no Barcelona. Uma transferência que faz sentido para todas as partes. Rakitic ainda tem futebol para um clube como o Sevilla, e pode recuperar seus melhores momentos com Lopetegui.
Com a Champions League no calendário, os rojiblancos tentarão fazer uma campanha de maior impacto na principal competição da Europa. O elenco é robusto para enfrentar todas as competições. O setor que ganha um reforço significativo é o ataque, que já tem De Jong e En-Nesyri, e contará com o retorno de Carlos Fernández, de 24 anos, que fez 11 gols em empréstimo pelo Granada. A única grande carência é na lateral esquerda, já que Reguilón ainda não foi substituído e só há Sergio Escudero para a posição. Substituir a jovem estrela será muito difícil, mas do trabalho de Monchi no mercado não se pode duvidar, e é provável que surja uma cartada até o final da janela.