La Liga

Barcelona ‘volta no tempo’ ao perder invencibilidade com brilho de antigo carrasco

Bryan Zaragoza brilha em dia que Barça lembrou os tempos de Xavi Hernández

Na última temporada, melancólica sob comando do ídolo Xavi Hernández, o Barcelona muitas vezes era um time estático, sem graça, e de pouca criatividade. Na defesa, também mostrava suas fragilidades, especialmente em contra-ataques rivais.

Neste sábado (28), agora com Hansi Flick como técnico, os Culés lembraram esses tempos ao perder por 4 a 2 para o Osasuna pela 8ª rodada de La Liga no Estádio El Sadar, conhecendo a primeira derrota após sete vitórias.

No primeiro tempo, lotado de reservas e poupando Raphinha e Yamal após ambos jogarem todas as oito partidas da temporada até aqui, a equipe teve a bola por todo tempo e não criou absolutamente nada.

Ainda sofreu dois gols criados pelos pés do jovem Bryan Zaragoza, carrasco antigo do Barça, porque marcou dois gols contra eles ainda no ano passado, quando defendia o Granada.

O ponta deu o cruzamento na medida para Budimir abrir o placar de cabeça aos 17. Cerca de 10 minutos depois, Zaragoza saiu na cara do gol, limpou facilmente Iñaki Peña e marcou um golaço.

O time de Flick até melhorou ofensivamente no segundo tempo, conseguindo diminuir em erro do goleiro Sergio Herrera e sorte de Pau Victor. Mas voltou a ceder grandes espaços e viu Budimir cravar mais um, de pênalti, sendo que o próprio atacante sofreu a infração.

Ainda deu tempo para mais um erro de saída de bola e Abel Bretones tirar da cartola um golaço de fora da área. Yamal compensou a falha anterior a marcar um golaço.

Festa em Pamplona, gritos de olé da arquibancada e traumas que o torcedor catalão pensou que não sofreria neste momento.

Budimir comemora gol do Osasuna
Budimir comemora gol do Osasuna (Foto: Divulgação)

O Barcelona pode ver vantagem na liderança diminuir para apenas um ponto caso o Real Madrid vença o Atlético de Madrid amanhã.

Osasuna faz por merecer vitória do 1º tempo

O 2 a 0 ao fim dos primeiros 45 minutos não foi por acaso ou injusto. O Osasuna foi o melhor time em campo e mereceu o resultado.

Obviamente teve menos a bola, só que sabia pressionar no momento certo para roubá-la e colocar velocidade nas jogadas. Assim que veio o segundo gol, aos 27. O primeiro, apesar de não ser um contra-ataque, também contou com a rapidez de uma jogada na ponta.

E antes mesmo de abrir o placar já estava incomodando o gol do Barça com uma finalização de Areso que passou pertinho da trave. Já após os dois gols, Pablo Ibáñez quase marcou um gol de placar ao tentar um voleio e Iñaki Peña só assistir a bola ir para fora.

O lado catalão, apesar da posse no pé em 72% do tempo, só foi finalizar nos últimos minutos do jogo. Primeiro, com 44, uma testada fraca de Eric García que morreu nas mãos de Sergio Herrera.

Depois, Koundé cabeceou, de costas, sem muita pretensão e o goleiro rival se enrolou, deixando a bola pegar no travessão. Ainda teve uma jogada perigosa de escanteio, na qual Pau Victor desviou na primeira trave e ninguém apareceu para tocar.

Barcelona até melhora, mas não evita dura derrota

O retorno do Barça dava tudo que o time poderia empatar e até virar a partida. Além do gol, obrigou ótima defesa de Herrera em chute de Lewandowski quase na pequena área.

Só que, aos poucos, foi cedendo tantos contra-ataques que não eram aproveitados pelo Osasuna. Quando aproveitou, veio o terceiro.

No abafa, até teve boa oportunidade com Ferran Torres, que quase fez gol de placa ao limpar dois e parar no goleiro.

Só que assim cedeu ainda mais espaços. Penã salvou uma forte finalização de Raúl García, enquanto Eric García travou Rubén Penã na hora de tocar para o lado na cara do gol.

No fim, o 4 a 2 fez jus ao agitado segundo tempo, com um final de pressão catalã um tanto desajeitada resultando em bola na trave de Ferran.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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