Flick dá bronca em joia do Barcelona por fama de ‘carniceiro’ e exige mudanças
Hansi Flick está preocupado com o histórico de entradas firmes de uma de suas joias no Barcelona e já chamou sua atenção

Em qualquer lugar do mundo, jogadores com desejo absoluto de vencer podem fazer a diferença. Entretanto, existem limites que precisam ser respeitados. Pelo menos, esse é o pensamento de Hansi Flick, que deu uma bronca numa das joias do Barcelona por sua fama de “carniceiro”.
Trata-se de Gavi, que é uma representação de paixão, intensidade e entrega dentro de campo. Por outro lado, o meia às vezes acaba exagerando em jogadas mais firmes. Como consequência, o espanhol de 20 anos recebe cartões constantes, o que preocupa o treinador alemão no Barça.
Na última rodada de LaLiga, por exemplo, Gavi recebeu um cartão amarelo ainda no 1º tempo da goleada do Barcelona sobre o Sevilla por 4 a 1, no último domingo (9), no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, pela 23ª rodada de LaLiga.
O problema é que, mesmo com o risco de expulsão, o meia espanhol não tirou o pé do acelerador e continuou entrando energicamente nos adversários. No intervalo, Flick achou melhor substituir Gavi para não ficar com um jogador a menos. E o próprio jogador confirmou a informação ao jornal “Marca”:
— Fiquei um pouco desconfortável, mas também tinha um amarelo e o jogo não era para brincadeiras. Falei com o treinador e decidimos que era melhor me substituir porque não queria fazer nenhuma entrada.
A indisciplina de Gavi no Barcelona

Após se recuperar de uma grave lesão no joelho, o meia voltou a ficar à disposição dos Blaugranas em outubro de 2024. Desde então, o espanhol foi advertido com o amarelo em cinco ocasiões — sendo dois cartões nos últimos dois jogos.
No dia 2 de fevereiro, no triunfo do Barcelona sobre o Alavés por 1 a 0, no Olímpico Lluís Companys, também por LaLiga, Gavi recebeu o cartão amarelo com apenas sete minutos de partida, após forte dividida com Tenaglia.
Já na goleada sobre o Real Madrid por 5 a 2, no ano passado, o meia espanhol saiu do banco de reservas e não precisou nem de cinco minutos para ganhar um amarelo do árbitro por falta em Vinicius Jr. Os outros cartões vieram contra o Betis, na Copa do Rei, e contra o Benfica, na Champions League.
“Gavi é um açougueiro. Uma pessoa anormal que é protegida porque joga pela seleção espanhola”, criticou um perfil no X (antigo Twitter) pela ação de Gavi no jogo contra o Alavés.
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A origem do apelido ‘açougueiro'

O apelido de “açougueiro” não é recente para Gavi, que já enfrentava críticas na Espanha desde 2022/23. À época, Xavi Hernández, então técnico do Barcelona, defendeu o meia por suas entradas mais duras:
— Disseram que ele (Gavi) era um açougueiro*… É surpreendente, mas sou daqui, sei de onde vem (esse ímpeto). […] Ele dá tudo em campo e entra forte, mas nunca entra de má-fé.
*O termo utilizado por Xavi em espanhol foi “carnicero”, que pode ser traduzido tanto como “açougueiro”, em português, quanto como “carniceiro”, na linguagem boleira.
Agora, cabe ao comandante alemão tentar dosar o perfil de Gavi. Hansi Flick entende que essa é uma característica do meia espanhol desde a base, mas é preciso trazer mais equilíbrio para não prejudicar os Culés com uma expulsão.
Confira abaixo um carrinho Gavi durante amistoso de pré-temporada entre Barcelona x Tottenham, em agosto de 2023: