Antony: ‘Pressão eu tinha na favela, quando joguei contra traficantes’
Antony falou sobre a infância, a experiência no Manchester United e seu renascimento no Betis em entrevista
Antes do clássico contra o Sevilla, Antony relembrou suas origens ao avaliar que a partida entre grandes rivais não é a situação mais tensa de sua vida. Em entrevista ao “DAZN”, o atacante brasileiro revelou o que viveu na infância em São Paulo.
Cria do “Inferninho”, comunidade localizada na zona norte da capital paulista, Antony contou que passou dificuldades, e o futebol foi responsável por tirá-lo de uma realidade difícil. Agora com 25 anos, o atacante rebate a ideia de “pressão” nos jogos importantes:
— Quando me perguntam sobre pressão, sempre digo que pressão tinha na favela, quando não tinha chuteiras para jogar. Às vezes, ia para escola de manhã e não comia.
Em meio aos problemas enfrentados na carreira, o brasileiro garante que olha para trás e, assim, superar os momentos complicados. O início de sua trajetória com a bola no pé moldou seu caráter como atleta:
— Joguei contra traficantes. Se me perguntam se tinha medo… Claro que tinha. Mas sempre tive uma personalidade muito forte. Quanto mais difícil era a situação, mais queria estar lá.
O Antony a mostrar-nos a todos que não fazemos ideia do que é ter pressão 🥶#DAZNLALIGA pic.twitter.com/nXLBi61mhJ
— DAZN Portugal (@DAZNPortugal) March 27, 2025
Foi jogando bola na praça do Inferninho que Antony foi descoberto pelo então diretor do Grêmio Barueri, que o levou para jogar futsal. Aos 14 anos, o atacante foi para o São Paulo, onde se destacou e chegou à Europa.
Manchester United deixou aprendizados a Antony
Após uma passagem impactante pelo Ajax, Antony chegou ao Manchester United em agosto de 2022 por 100 milhões de euros (cerca de R$ 504 milhões à época). Entretanto, o atacante brasileiro não correspondeu às expectativas na Inglaterra.
Em baixa nos Red Devils, Antony passou a ser criticado pelos torcedores por atuações muito aquém do esperado. Além disso, o atacante não era titular com Rúben Amorim, o que incentivou a busca por novos ares na última janela de transferências.
O Betis apareceu com uma proposta de empréstimo até junho para dar mais sequência ao brasileiro, que agarrou a oportunidade e tem correspondido. Perguntado sobre a decisão de deixar o Manchester United, Antony revela seus aprendizados:
— A cada dia que passa, acho que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado (ir para o Betis). Aprendi muitas coisas boas no Manchester United, mas também vivi muitas coisas ruins lá
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Recomeço no Betis
Desde fevereiro, Antony parece ter reencontrado seu bom futebol nos Verdiblancos. Com o atacante brasileiro, o Betis está na briga por vaga em competições europeias via LaLiga, assim como disputa a taça da Conference League.
Antony pelo Betis
- Jogos: 11
- Gols: 4
- Assistências: 5
O próximo desafio do atacante é o Dérbi de Andaluzia: Betis x Sevilla. Neste domingo (30), às 16h (horário de Brasília), os Verdiblancos enfrentam os Nervionenses, no Benito Villamarin, pela 29ª rodada do campeonato. E o brasileiro garante que mal vê a hora de entrar em campo:
— Estou muito ansioso. As pessoas dizem que é muito importante, é um jogo muito grande. Sei que todos os jogos são muito importantes, mas quando você está falando de um clássico é diferente.
