Copa do Mundo

Roja em Fúria: Espanha tem grande atuação em jogo coletivo e goleia impiedosamente a Costa Rica

Espanha fez uma das melhores apresentações na Copa em um impressionante 7 a 0 sobre a Costa Rica, com um futebol muito coletivo, baseado em passes

Durante muitos anos, a Espanha tinha como apelido “Fúria”, mas isso se tornou motivo de piada pelos frequentes fracassos do time em grandes competições. O apelido passou a ser Roja, em referência à cor da camisa e da bandeira. Na estreia da Copa do Mundo 2022, a Espanha fez jus àquele apelido: foi fúria para superar, com sobras, a Costa Rica por 7 a 0. Um massacre do time que mostrou ser o mais coletivo da Copa e aproveitou a fragilidade do adversário para o demolir.

Uma apresentação que é um grande cartão de visitas do time de Luis Enrique, com um futebol bastante coletivo, como era de se esperar. O time contou com boas atuações individuais, como Pedri, Gavi, Ferran Torres e Marco Asensio, mas teve como principal virtude o seu jogo coletivo, sempre muito coordenado e com controle muito grande do jogo.

Deu para ver que o estádio tinha muitos lugares vazios, mais do que estamos acostumados a ver. Foi algo raro nesta Copa, apesar de ser relativamente comum que nem todos os jogos de Copa vendam todos os ingressos. O tamanho dos buracos vazios nas arquibancadas, porém, chamaram a atenção.

Escalações

A Espanha veio a campo sem centroavante. Álvaro Morata, muito usado ao longo do ciclo, ficou no banco. O ataque montado por Luis Enrique foi Ferran Torres, Marco Asensio e Dani Olmo. Uma surpresa foi a presença de Rodri como zagueiro, ao lado de Aymeric Laporte, com Sergio Busquets mantido titular no meio-campo.

A Costa Rica de Luis Fernando Sánchez entrou em campo com uma linha de quatro, mas que se alternava para formar a linha com cinco jogadores. Se fechava com duas linhas de quatro ou eventualmente com uma linha de cinco e uma de quatro, recuando Joel Campbell para fechar um dos lados.

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Primeiro tempo: Espanha define rápido

No primeiro grande momento, aos quatro minutos, Pedri fez um lançamento lindo, atrás da defesa, e achou Dani Olmo. Ele pegou de primeira de chapa, mas mandou para fora. Aos oito minutos, Asensio recebeu de Pedri e bateu de primeira, mas a bola passou perto e saiu. Mais uma boa situação com passes rápidos pelo meio.

Aos 10 minutos, mais uma troca de passes pelo meio. Olmo acionou Gavi, que fez um lindo passe pelo alto e Olmo teve categoria e frieza à frente do gol para tocar por baixo e marcar 1 a 0. Primeiro gol da Espanha na Copa do Mundo e Roja à frente.

A troca de passes da Espanha continuava e o segundo gol veio mais uma vez de forma bonita. Lançamento longo de Busquets na esquerda para Jordi Alba, que cruzou forte, por baixo, e Asensio pegou de primeira para acertar o canto. Keylor Navas ainda conseguiu tocar na bola, mas não evitou o gol: 2 a 0 para a Roja.

A Espanha fazia um grande jogo, dominava completamente e, aos 28 minutos, Alba estava dentro da área e Oscar Duarte chutou o lateral. O árbitro não teve dúvidas e marcou pênalti. Ferran Torres assumiu a cobrança e deslocou Navas para marcar: 3 a 0, aos 31 minutos. Os espanhóis fizeram o jogo ficar fácil.

Segundo tempo: colocou na roda e massacrou

Com o jogo dando pinta de estar decidido, a Espanha parecia jogar um treino de luxo. Logo nos primeiros minutos, Asensio arriscou um chute de fora da área que passou perto, mas foi fora. O quarto gol viria ainda no começo da etapa final.

Aos nove minutos, Ferran Torres recebeu de Gavi dentro da área e viu o lateral Bryan Oviedo falhar na marcação e ele girou para finalizar por baixo de Keylor Navas e marcar 4 a 0 no placar. Vieram então as mudanças nos dois times, com ambos trazendo jogadores mais descansados a campo.

Tocando bola, a Espanha chegou ao quinto gol. Depois de grande arrancada de Alejandro Balde, ele acionou Álvaro Morata, que tentou o drible no goleiro, ficou sem ângulo e cruzou para trás, no meio, onde estava Gavi. O meio-campista pegou de primeira e a bola tocou na trave e entrou:  5 a 0, aos 29 minutos.

O ritmo do jogo era muito mais baixo. A Espanha manteve o controle com a posse de bola, mas ainda havia mais fome. Nico Williams avançou pela direita, usou bem a velocidade, cruzou rasteiro na direção de Morata, Navas espalmou para frente e deixou nos pés de Carlos Soler, que chegou inteiro na bola para tocar de chapa no canto esquerdo e sair para o abraço: 6 a 0.

Ainda deu tempo de mais um. Em uma troca de passes pelo meio, Nico Williams tocou para Morata, que acionou Dani Olmo e o meia devolveu a Morata. Ele chutou no canto, de pé esquerdo,

Ficha técnica

Espanha 7×0 Costa Rica

Local: Estádio Al-Thumama, em Al-Thumama
Árbitro:
Mohamed Abdulla Hassan Mohamed (Emirados Árabes Unidos)
Gols:
Dani Olmo, Marco Asensio, Ferran Torres duas vezes, Gavi, Carlos Soler, Álvaro Morata (Espanha)
Cartões amarelos:
Francisco Calvo, Joel Cambpell (Costa Rica)

Espanha: Unai Simón; César Azpilicueta, Rodri, Aymeric Laporte e Jordi Alba (Alejandro Balde); Sergio Busquets (Koke), Gavi e Pedri (Carlos Soler); Ferran Torres (Álvaro Morata), Marco Asensio (Nico Williams) e Dani Olmo. Técnico: Luis Enrique

Costa Rica: Keylor Navas; Carlos Martínez (Kendall Watson), Óscar Duarte, Francisco Calvo e Bryan Oviedo (Ronald Matarrita); Keysher Fuller, Celso Borges (brandon Aguilera), Yeltsin Tejeda e Jewison Bennette (Bryan Ruiz); Joel Campbell e Antrhony Contreras. Técnico:  Luis Fernando Suárez

https://www.youtube.com/watch?v=ObwgSxryAa8
Foto de Felipe Lobo

Felipe Lobo

Formado em Comunicação e Multimeios na PUC-SP e Jornalismo pela USP, encontrou no jornalismo a melhor forma de unir duas paixões: futebol e escrever. Acha que é um grande técnico no Football Manager e se apaixonou por futebol italiano (Forza Inter!). Saiu da posição de leitor para trabalhar na Trivela em 2009, onde ficou até 2023.
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