Massacre da Argentina tem gol de Almada e show de Messi, que sonha com recorde de CR7
Camisa 10 se isolou como segundo maior artilheiro do futebol de seleções
Cada exibição de Lionel Messi, aos 37 anos, é momento para parar, assistir e admirar porque a carreira está mais próxima do fim do que de seu auge. Esta terça-feira (15) é um exemplo, com um hat-trick e duas assistências em uma histórica atuação na vitória por 6 a 0 da Argentina sobre a Bolívia.
Em um Monumental de Núñez pulsante, o camisa 10 se isolou como o segundo maior artilheiro do futebol de seleções, ultrapassando o iraniano Ali Daei, com 109, e chegando aos 112. Cristiano Ronaldo é o líder no quesito, com 133 gols por Portugal.
O show do maior craque da geração iniciou aos 18 do primeiro tempo, quando foi frio para bater rasteiro na cara do gol. Minutos depois, poderia ter feito o segundo, mas preferiu servir Lautaro, que marcou sem goleiro. Voltou a assistir aos 47, batendo falta rápida para gol de Álvarez.
Na etapa final, parecia que tinha terminado o show, só que Messi brilhou de novo ao marcar de direita aos 39 e de esquerda aos 40, como nos melhores tempos pelo Barcelona. Na entrevista pós-jogo, ele deixou em aberto a possibilidade de estar na Copa do Mundo de 2026. Se participar, a sorte é de quem ama o futebol.
— Não marquei data nem prazo [para aposentar], só quero aproveitar tudo isso. Estou mais animado do que nunca por estar aqui e sentir o amor das pessoas, porque sei que podem ser os últimos jogos. — disse o meia.
O único gol do dia pela 10ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial que não teve participação de Léo foi o quinto, vindo dos pés de Thiago Almada, do Botafogo. Saindo do banco, o meia precisou de quatro minutos para aparecer na área e finalizar cruzamento de Paredes.
A seleção argentina lidera a competição com 22 pontos, três a mais que a vice-líder Colômbia.
Recital de Lionel Messi no 1º tempo
Basicamente, todas as jogadas ofensivas relevantes da Argentina nos primeiros 45 minutos vieram dos pés de Messi. Além do gol e das duas assistências, ele criou a jogada da primeira finalização dos mandantes, vinda dos pés de Álvarez parando nas mãos de Guillermo Viscarra.
Em faltas, o camisa 10 também cedeu oportunidades a colegas ou levou perigo. Em levantamento na área, Tagliafico mandou no meio do gol de cabeça. Depois, o meia cobrou quase no ângulo e obrigou que Viscarra se esticasse todo para defender e se chocar com a trave.
O craque argentino desatou o nó de um início brigado, com muitas faltas e posse de bola normalmente na intermediária. Quando a bola estava no melhor pé esquerdo do mundo, as coisas andaram de forma diferente.
Argentina mantém domínio e vontade contra Bolívia no fim
Em apenas três minutos, a Albiceleste estava marcando o quarto com a cabeça de Otamendi. No entanto, um desvio no meio da área anulou o gol por impedimento. Na sequência, Mac Allister tentou e Viscarra afastou. Quando Messi tentou colocado logo depois, um defensor tirou antes que a bola fosse no ângulo.
A efetividade argentina mudou a partir do sangue novo que veio do banco. Os gols aos 24, 39 e 40 finalizaram um dia histórico.