Eliminatórias da CopaEuropa

Bale correu com recuperação fazer seu 100º jogo por Gales em um momento importante para sua seleção

Gales está garantido na repescagem, mas precisa de quatro pontos contra Belarus e Bélgica para tentar ser cabeça de chave

Sem entrar em campo desde o começo de setembro, Gareth Bale correu com a sua recuperação para enfrentar Belarus neste sábado, uma partida importante para a seleção galesa, que tenta se classificar para a Copa do Mundo pela primeira vez desde 1958, e para ele porque será sua centésima pelo time nacional.

Gales está garantido na repescagem como campeão do seu grupo na Liga das Nações, mas precisa ser segundo colocado nas Eliminatórias Europeias para ser cabeça de chave e mandante no jogo único das semifinais do mini-torneio classificatório que decidirá os últimos três classificados europeus. Para isso, precisa de quatro pontos em dois jogos contra Belarus e Bélgica.

Como ganhar da Bélgica costuma ser mais difícil do que ganhar de Belarus, um triunfo neste sábado é essencial. A briga é com a Tchéquia, que fará sua última partida contra a Estônia, na terça-feira. Ambos estão empatados em 11 pontos, mas os tchecos levam vantagem no saldo de gols: +3 x +1.

O técnico Robert Page pelo menos terá o retorno de seu principal jogador. Bale começou a temporada como titular de Carlo Ancelotti, mas sofreu uma lesão na coxa após disputar apenas as três primeiras rodadas do Campeonato Espanhol. Ele não atua desde o empate por 0 a 0 com a Estônia em 8 de setembro.

Page disse que Bale se esforçou para se recuperar “algumas semanas antes do previsto”, mas que seria irrealista esperar que ele fosse titular nos dois jogos. “Não sou apenas eu que tomo a decisão. Há muito diálogo entre a equipe médica e Gareth. Ele está 100% no momento e mais do que feliz em ser titular, mas vamos administrar os seus minutos”, disse.

Bale, 32 anos, afirmou que ainda se sente uma criança quando não está jogando e vê os jogos de Gales. Trabalhou duro para voltar e garante que está “tão em forma quanto posso estar”. Sabe que precisa ter cuidado porque não atua há dois meses e quer que a seleção aprenda com os erros do passado para não deixar a classificação escapar desta vez.

“No futebol, você aprende com as decepções do passado e pelas coisas que você não conquistou. A Copa do Mundo está no topo da lista de todo mundo. Tivemos momentos assim contra a Irlanda (em 2017, quando perderam o jogo final do Grupo D por 1 a 0 em Cardiff e ficaram e terceiro) e outras situações. Espero que possamos aprender com essa experiência e que essa dor nos motive e nos leve a ter um pouco mais de sabedoria em como fazer as coisas”, disse.

Todos sabem o quanto Bale gosta de defender Gales. A famosa bandeira “Gales, Golfe e Madrid, nessa ordem” causou furor em 2019. “Quando um torcedor defende seu próprio país, ele traz essa paixão. É difícil descrever o sentimento de jogar por Gales. É um país tão especial. É uma ligação tão especial entre jogadores, funcionários, torcedores, e até a imprensa é um pouco mais legal conosco. É simplesmente especial fazer parte de um país como esse. Fico muito orgulhoso e honrado de ser um galês”, afirmou.

Na próxima vez que entrar em campo com a camisa da seleção, Bale se tornará apenas o segundo jogador a alcançar a marca centenária de partidas por Gales. O líder da lista é Chris Gunter, com 106 partidas. Amigo de Bale, o goleiro Wayne Hennesey está próximo também, com 97 jogos.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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