Em ‘Di María day’, Argentina atropela Chile e Scaloni promove ‘nova’ dupla
Após 1º tempo irregular, albiceleste, mesmo sem Messi, se recupera na volta do intervalo e vence com autoridade em Buenos Aires
Quando a escalação da Argentina saiu nesta quinta-feira (5), o torcedor certamente sentiu falta de dois jogadores em especial: Lionel Messi e Ángel Di María. O primeiro segue se recuperando de lesão no tornozelo, enquanto o segundo decidiu se aposentar da seleção após o título da Copa América nos Estados Unidos.
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Sem a dupla histórica, Lionel Scaloni optou por Julián Álvarez e Lautaro Martínez no ataque. Vale destacar que o técnico costumava escalar um ou outro, sobretudo quando Messi e Di María estavam disponíveis.
E não é que a escolha deu certo? Muito certo! Com assistência de Álvarez e corta luz de Lautaro — que lembrou os tempos áureos de Di María — Mac Allister abriu os caminhos para vitória sobre o Chile. Já no 2º tempo, Álvarez acertou chute de rara felicidade e aumentou a contagem — Dybala, usando a 10 de Messi, fechou a conta (3 a 0).
Destaque da Argentina campeã do mundo de 2022 e titular na maioria dos jogos da Copa América 2024, o novo reforço do Atlético de Madrid vem ganhando cada vez mais espaço na seleção. A dupla com Lautaro, ao que parece, já é uma realidade.
Com o triunfo na sétima rodada, a seleção albiceleste foi a 18 pontos e se isolou ainda mais na liderança das Eliminatórias. O Chile, por sua vez, estacionou nos cinco e caiu para a vice-lanterna da competição.
Di María é homenageado no Monumental de Núñez
Antes da bola rolar para Argentina x Chile, Di María foi homenageado por torcedores, companheiros e membros da comissão técnica da seleção. No gramado do Monumental de Núñez, o antigo dono da camisa 11 não segurou as lágrimas.
A homenagem começou com a exibição de um vídeo narrado por sua filha Mía, relembrando os grandes momentos da carreira. Na sequência, veio um vídeo de Lionel Messi, amigo e companheiro de longos anos na seleção argentina.
— Serei eternamente grato a todos que compartilharam comigo. Agora sou mais um fã. Vou continuar apoiando-os. Vamos continuar nesse caminho porque eles têm muita coragem para fazer isso — disse Di María emocionado.
O presidente da AFA, Claudio Tapia, entregou uma placa comemorativa ao veterano, enquanto o mandatário da Conmebol, Alejandro Domíguez, uma réplica da Copa América.
No final da cerimônia, os jogadores da atual seleção argentina entraram em campo com uma camisa que trazia a legenda “Obrigado Fide” — apelido de Di María.
Como foi Argentina x Chile pelas Eliminatórias
A postura inicial do Chile foi algo que chamou atenção. La Roja adiantou suas linhas, subiu a marcação e tentou surpreender a Argentina nos primeiros minutos. Só tentou. A albiceleste não teve problemas para se livrar da pressão e ditou o ritmo da partida desde o começo.
Ciente da superioridade técnica dos donos da casa, o time chileno adotou estratégia conservadora. A arrojada configuração do início de jogo logo deu lugar a um bloco médio baixo, com linhas compactas e intermediária povoada. A ideia de Gareca era ‘amarrar' os hermanos e explorar contra-ataques.
E pode-se dizer que os chilenos foram para o intervalo com o sentimento de dever cumprido. Afinal, La Roja não só segurou as pontas na defesa, bem como teve a melhor chance de abrir o placar — Catalán cabeceou na trave.
No 2º tempo, as coisas não mudaram: a Argentina continuou controlando a posse de bola propondo o jogo. A diferença é que o gol saiu cedo. Acionado no corredor direito, Julián Álvarez cruzou para o meio, Lautaro fez o corta luz e Mac Allister, de primeira, acertou o cantinho de Arias.
Nos minutos finais, Álvarez e Dybala aumentaram a contagem. O atacante do Atlético de Madrid emendou um míssil de fora da área. Já o jogador da Roma finalizou cruzado e contou com desvio providencial no meio do caminho.
Próximos jogos de Argentina e Chile
Argentina e Chile voltam a campo na próxima terça-feira (10). Os hermanos visitam a Colômbia, a partir das 17h30 (horário de Brasília), no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla.
Já a seleção chilena recebe a Bolívia, às 18h (horário de Brasília), no Estádio Nacional de Chile, localizado em Santiago.
