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Dybala diz que Dibu Martínez o aconselhou a bater pênalti no meio: “Chutei ali e foi gol”

Praticamente a única missão de Dybala no Catar foi cobrar um dos pênaltis da decisão contra a França

Paulo Dybala chegou à Copa do Mundo depois de dois meses machucado e praticamente não participou da campanha vitoriosa da Argentina. Mas apareceu no momento mais decisivo. Após jogar apenas 16 minutos na competição, na semifinal contra a Croácia, entrou na final apenas para bater um dos pênaltis contra a França, o que costuma dar bem errado. Deu certo, porém, e com a ajuda de um conselho do goleiro Emiliano Martínez, um dos grandes personagens da partida em Lusail.

Além de ter feito uma defesa crucial em um dos últimos lances da prorrogação, Martínez deu um show tentando desestabilizar os batedores franceses. Conseguiu defender uma cobrança, de Kingsley Coman, e outra, batida por Aurélien Tchouaméni, foi para fora. Estava tão concentrado e confiante que também previu o comportamento de Hugo Lloris quando Dybala estava prestes a chutar a segunda cobrança da Argentina.

“Quando o técnico me chamou para entrar, eu sabia que era para os pênaltis. E então eu tive que tentar ter a cabeça mais fria possível. Não é fácil porque uma final de Mundial não é disputada todos os dias. Levei muito tempo para caminhar até a bola. Não chegava nunca”, disse o jogador da Roma, segundo o Olé. “Eu havia falado com Dibu. Ele me aconselhou a chutar no meio depois que eles erraram”, acrescentou, em alusão à cobrança de Coman defendida por Martínez.

A lógica de Dibu é que, após um erro da França, Lloris escolheria um canto para tentar defender a batida da Argentina. “Eu ia chutar cruzado, e o goleiro pulou naquela trave, mas ouvi o que meu companheiro falou. Eu mudei (de ideia) no último minuto. Eu escutei o Dibu porque eles erraram antes da minha vez e ele mandou eu chutar no meio. Chutei ali e foi gol”, completou

O meia-atacante de 29 anos que fazia uma grande temporada pela Roma, com sete gols em 12 partidas por todas as competições, antes de sofrer uma lesão na coxa em outubro que colocou a sua Copa do Mundo em risco. Depois de se machucar, disputou apenas 21 minutos contra o Torino, pelo Campeonato Italiano, antes de se apresentar à seleção argentina. Sequer saiu do banco de reservas nos cinco primeiros jogos e entrou apenas no fim contra a Croácia, também por ser teoricamente o reserva de Lionel Messi, que passou todos os minutos da Copa do Mundo em campo.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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