STF forma maioria para manter Robinho preso por condenação de estupro
Robinho foi condenado pela Justiça Italiana por crime de estupro cometido em 2013, cuja pena foi homologada no Brasil
Nesta sexta-feira (22), os ministros do STF formaram maioria para definir a manutenção da pena de Robinho por condenação de crime de estupro cometido na Itália, cuja sentença foi homologada no Brasil. O jogador ex-Santos está na cadeia desde março, data da homologação da sentença.
Até o momento, sete ministros do Supremo Tribunal Federal votaram contra o pedido de liberdade de Robinho. São eles: Luiz Fux (relator), Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Cármen Lúcia, André Mendonça e Alexandre de Moraes.
Apenas o ministro Gilmar Mendes votou a favor do pedido de habeas corpus do ex-atleta. Vale reforçar que o STF está julgando duas solicitações de soltura enviadas pela defesa do ex-Milan de maneira virtual.
Ou seja, os ministros da Corte apenas depositam os votos em uma página eletrônica. Os advogados de Robinho baseiam o pedido de habeas corpus questionando a legalidade da decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que homologou a pena da Justiça Italiana.
Apesar da maioria formada, o resultado só será confirmado no fim do prazo para votação, na próxima terça-feira (26).
Mais do que isso, a defesa do ex-jogador de 40 anos argumentam que o pedido de prisão imediata decretada pelo STJ imediatamente depois do fim do julgamento, em março, retirou a competência da Justiça Federal.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal têm até a próxima terça-feira (26) para depositar os votos no sistema eletrônico.
Por que Gilmar Mendes votou a favor do habeas corpus?
O julgamento dos pedidos de liberdade de Robinho iniciaram em setembro, porém, Gilmar Mendes entrou com uma solicitação de vista, que significa a solicitação de mais tempo para analisar o caso, o que postergou uma decisão.
Ao votar a favor do habeas corpus do ex-Atlético-MG, o ministro alegou que a alteração em um mecanismo na Lei de Migração, datada de 2017, não poderia ser aplicada nesse caso, que ocorreu quatro anos antes. O direito brasileiro diz que a lei não pode retroagir para punir o réu:
A condenação por estupro de Robinho
Robinho foi condenado em três instâncias na Itália por estupro em grupo de uma mulher albanesa. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o ex-jogador já estava no Brasil.
No fim do mesmo ano, a Justiça Italiana pediu a extradição do ex-Atlético-MG, o que foi negado pelo Governo, pois o país não extradita seus cidadãos. Então, eles entraram com o pedido de cumprimento de sentença em território brasileiro.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça — formada pelos ministros mais antigos do tribunal — aceitou a solicitação com um placar de 9 a 2. Robinho foi encarcerado na Penitenciária de Tremembé, onde está até hoje.
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