São Paulo assina com a WTorre e dá primeiro passo para o Morumbi para 85 mil pessoas
São Paulo fecha o ano com mais um acordo gerador de receita para o seu estádio, desta vez para a ampliação do Morumbi
O São Paulo, que já havia vendido os naming rights e assinado contrato com a uma das maiores produtoras mundiais de shows, fechou, nesta sexta-feira (29), um acordo para reformar o estádio do Morumbi.
O contrato foi firmado com a WTorre, que reformou e administra o Allianz Parque, do Palmeiras, e tem um acerto com o Santos para também reformar a Vila Belmiro.
O acordo prevê modernização da arena até o fim de 2030, ano em que o clube tricolor vai comemorar o seu centenário. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pela Trivela.
Pelo que se sabe do projeto, o estádio poderá receber shows para até 100 mil pessoas, depois de reformado. O contrato com a LiveNation prevê 20 grandes shows no estádio até 2025. O Morumbi também terá um anfiteatro modular para 20 mil pessoas e um estacionamento para dois mil veículos.
No contrato com a Wtorre, o São Paulo assegurou a prerrogativa de vetar datas de shows. O que indica que a WTorre terá com o São Paulo o mesmo tipo de acordo do Palmeiras, no qual a construtora, por meio de uma empresa própria (Real Arenas, no caso), também faz a gestão da agenda.
A construtora tem seis meses para apresentar um projeto, que será votado para aprovação no clube. A WTorre vai captar os recursos financeiros para viabilizar a reforma.
O “S” mais rentável do mundo do futebol
Ainda sem conhecer detalhes do acordo, é difícil imaginar algo mais rentável e confortável para o clube, pensando em acordos do tipo, do que o acerto com a Mondeléz, que mudará o nome do Morumbi para MorumBis por três anos.
Diferentemente de outros contratos de naming rights, o novo nome do estádio muda pouco o nome pelo qual o local já é conhecido.
O Allianz Parque, por exemplo, chamava-se oficialmente Estádio Palestra Itália, e popularmente, “Parque Antarctica”. O “Parque” do nome escolhido pela Allianz até faz certa alusão ao nome popular, mas insere sua marca de maneira ostensiva e direta.
A Neo Química Arena, assim como a Allianz, já começa por anglicizar o nome da casa do Corinthians, ao colocar a palavra “Arena” no fim da denominação oficial. A primeira palavra que se fala ao mencionar o estádio é a marca.
Já no Morumbi, a Mondeléz basicamente manteve o nome com o qual o estádio já é mundialmente conhecido, apenas mudando muito levemente a sonoridade e a grafia do termo.
Outro ponto diz respeito ao fato de o acordo apenas rentabilizar uma propriedade que já existe. Basicamente, o São Paulo só teve o trabalho de dizer “sim” à proposta.
Ativações de marketing
“Estamos muito felizes com a chegada da Mondelēz Brasil à nossa casa, que agora passará a ser o MorumBIS. O São Paulo é uma marca forte e global, assim como a nossa nova parceira. O Morumbi é um estádio vibrante e ao mesmo tempo tradicional, assim como BIS. A junção dessas duas potências é um casamento perfeito”, afirmou Eduardo Toni, diretor executivo de Marketing do São Paulo.
O contrato entre o clube e a companhia dos EUA prevê também a realização de ativações de marketing dentro e fora do Morumbi. Procurado pela Trivela, o Tricolor preferiu não comentar a negociação.
– É uma imensa felicidade fazer esse anúncio que para nós faz todo sentido. Sabe todos os momentos da nossa vida que pedem bis? Aqueles que queremos repetir e deixam um gostinho de quero mais? Então, assim será o MorumBIS. Mais uma música, mais um show, mais um gol, mais da torcida cantando junto – celebra Alvaro Garcia, VP de Marketing da Mondelēz Brasil.