Por que busca de substituto para Calleri não deveria ser prioridade no São Paulo
Centroavante titular rompe ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo e não atua mais pelo clube em 2025

Calleri não joga mais pelo São Paulo em 2025. O centroavante rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo e terá de passar por cirurgia. A previsão é de que ele fique fora de combate por ao menos nove meses.
Diante da ausência de seu camisa 9 titular e capitão, o Tricolor irá ao mercado para buscar uma reposição. E com um perfil de jogador já traçado pela diretoria.
A ideia é fazer uma contratação aos moldes da do lateral-direito Cédric. Ou seja: um centroavante com experiência internacional e que chegue com salários de acordo com a capacidade financeira do clube, conforme apurado pela Trivela.
O portal “ge” noticiou mais cedo que o presidente Julio Casares inclusive já iniciou alguns contatos e pretende viajar à Europa nos próximos dias em busca de um substituto para Calleri.
Mas a verdade é que a reposição para o centroavante não deveria ser prioridade do São Paulo.
O atacante Calleri sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e será submetido a procedimento cirúrgico na próxima semana.
Nesta quinta-feira (17), em São Paulo, o jogador realizou exame de ressonância magnética e passou por consulta com um médico… pic.twitter.com/dVwFAK3t22
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) April 17, 2025
Por que busca por centroavante não deveria ser prioridade
O São Paulo irá buscar um novo camisa 9 no mercado. Mas não deveria. E o primeiro motivo para isso é até óbvio.
A posição de centroavante é uma das mais bem supridas do elenco de Luis Zubeldía. Antes da lesão, o técnico contava com três ótimas opções no elenco: o titular e capitão, o reserva que é o artilheiro da equipe no ano e o terceiro jogador que é a principal joia das categorias de base do clube.
Sem Calleri, André Silva será o substituto natural e irá assumir a titularidade da função. E com méritos: ele é o goleador do São Paulo no ano, com seis gols em 18 jogos. Inclusive, parte da torcida já pedia a sua entrada na equipe diante da má fase recente do argentino.
Mas o principal efeito cascata da lesão de Calleri é que Ryan Francisco enfim deve ganhar mais espaço com Luis Zubeldía.
A principal promessa das categorias de base será o reserva imediato da posição e deve ter as oportunidades que merece na equipe. Até agora, ele atuou em apenas seis partidas no ano, com um total de 113 minutos em campo.

Além do fator Ryan Francisco, o São Paulo deveria tratar outras posições como prioridade no mercado: as beiradas do campo. Ao longo do ano, a diretoria negociou cinco jogadores que poderiam atuar como extremas ou meias mais abertos.
A limpa no elenco, motivada por questões financeiras, obrigou Luis Zubeldía a improvisar Wendell no lugar de Ferreirinha no empate em 2 a 2 com o Alianza Lima. E sabemos bem o impacto desta mudança.
Em um ano de severas limitações no orçamento por conta do Fundo de Investimento em direitos creditórios (FIDC), a gestão de Julio Casares tem uma oportunidade de mostrar que está alinhada com as necessidades do clube. Ou seja: dar espaço a um garoto que pode gerar (uma enorme) receita aos cofres do Tricolor e economizar onde não é obrigatório.
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A lesão de Calleri
Calleri travou o joelho no gramado sintético do Nilton Santos ainda durante o primeiro tempo do empate por 2 a 2 do São Paulo com o Botafogo, na última quarta-feira (16), no Nilton Santos. O centroavante disputou uma jogada no campo de ataque com Marlon Freitas e sofreu o impacto ao pistar no chão.
O camisa 9 logo pediu atendimento e até tentou voltar ao jogo. Mas ele não resistiu e pediu substituição, para a entrada de André Silva.
O argentino passou por exame de ressonância magnética e foi avaliado por um ortopedista especialista nesta quinta-feira (17). As avaliações constataram a ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo e a necessidade de cirurgia.