Brasil

Com VAR polêmico, São Paulo até joga mais, mas empata com o Palmeiras e agora terá de jogar a vida no Paulista

São Paulo sai na frente com Alisson, mas cede empate em 1 a 1 ao Palmeiras em Choque-Rei em que decisões do VAR roubaram a cena

O São Paulo podia encaminhar a classificação às fases decisivas do Campeonato Paulista com uma vitória sobre o Palmeiras neste domingo (3), no MorumBIS… E até jogou bola para isso. O Tricolor foi superior ao rival mesmo com uma formação emergencial desenhada por Thiago Carpini para suprir a ausência de Calleri e chegou a abrir o placar, com Alisson. Mas no segundo tempo, uma série de decisões questionáveis do VAR tiraram o time do prumo. O Alviverde empatou com Raphael Veiga, em cobrança de pênalti.

O empate em 1 a 1 no Choque-Rei faz o São Paulo chegar à última rodada do Grupo D na obrigação de vencer o Ituano para não depender de resultados na busca pela vaga na próxima fase. A equipe terá que jogar a vida – mais uma vez.

Carpini transforma São Paulo para superar ausência de Calleri

É inegável que a vitória do São Paulo no Choque-Rei tem o dedo de Thiago Carpini. Sem Calleri, suspenso, e à espera do substituto André Silva, o treinador se viu obrigado a remodelar a sua equipe. O Tricolor entrou em campo com uma formação com três zagueiros e Lucas Moura como falso 9 em um trio de ataque com Ferreira e Luciano. E verdade seja dita: o começo foi complicado.

O São Paulo demorou a se encontrar nesta formação e deu espaços para o Palmeiras, mesmo com um trio na zaga. O Alviverde soube ocupar o campo de ataque para pressionar a saída de bola e complicar a vida dos são-paulinos. Prova disso é que Richard Ríos obrigou Rafael a fazer grande defesa em chute de fora da área aos nove minutos, e aos 13, Aníbal Moreno quase marcou de cabeça.

Alisson vibra com o gol no Choque-Rei (IconSport)

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Lucas comanda Tricolor até o gol de Alisson

Passados os sustos e os minutos iniciais, o Tricolor se achou no jogo e fez funcionar a estratégia de Carpini. A equipe conseguiu furar a pressão do Palmeiras e, ao atrair o adversário para seu campo, encontrou espaços às costas dos palmeirenses. Welington foi o primeiro a escapar livre em velocidade após lançamento pela esquerda – o cruzamento para Luciano saiu muito forte. Mas este desenho virou prato cheio para Lucas.

Como falso 9, o atacante deitou e rolou sobre a defesa palmeirense. A movimentação de Lucas tirou a dupla de zaga do Palmeiras do lugar. Com campo para correr, a explosão imperava sobre os rivais, e suas arrancadas abriam espaço para infiltrações de Ferreira e Luciano. Não à toa, o gol passou por seus pés.

O gol, aliás, saiu à feição do treinador. Carpini chegou ao São Paulo sob a promessa de construir uma equipe que marca alto para roubar a bola no campo do adversário. Dito e feito. Aos 24, Pablo Maia provocou um erro de Richard Ríos na saída de bola do Palmeiras e tocou para Lucas. O camisa 7 acionou Ferreira, que dominou com espaço dentro da área, puxou para o pé direito e rolou para trás, onde estava Alisson. O volante chutou de primeira, colocado, e Weverton aceitou uma finalização defensável.

Um questionável uso do VAR atrapalha a vida do São Paulo

O São Paulo viu o Palmeiras crescer na segunda etapa a partir das mudanças feitas por Abel Ferreira (Mayke, na vaga de Marcos Rocha, e Lázaro, no lugar de Richard Ríos). O Alviverde ocupou o campo de ataque e deu bastante trabalho a um trio de zagueiros que conseguiu ir bem nas coberturas. Zé Rafael chegou a marcar após escanteio, mas em condição de impedimento.

Mas o que tirou o São Paulo do prumo na partida foi o critério questionável do VAR. A arbitragem, que não chamou para rever a entrada de Richard Ríos em Pablo Maia no lance do gol, sugeriu a revisão de uma disputa de bola aérea em que Rafael atinge Murilo. O árbitro Matheus Delgado Candançan reviu o lance no monitor e assinalou pênalti convertido por Raphael Veiga.

A decisão polêmica deixou o São Paulo afobado em campo. A equipe que se defendia com segurança passou a correr mais riscos. Mas ao menos, o Tricolor conseguiu voltar ao jogo muito na base da verticalidade de seu trio de ataque… Até uma nova decisão polêmica da arbitragem desestabilizar uma vez mais a equipe. Aos 20, Luciano recebeu dentro da área, tentou fazer o giro e foi acertado por trás por Piquerez. O árbitro foi chamado para rever o lance no monitor e decidiu não assinalar a penalidade. No final da partida, James Rodríguez até foi a campo, e o meia entrou bem. Chegou a deixar Alisson livre dentro da área em uma tabela já aos 44, mas o volante chutou para fora.

A situação do São Paulo no Grupo D

Com o empate no clássico, o São Paulo assume a liderança do Grupo D, com os mesmos 19 pontos do Novorizontino, vice-líder. O São Bernardo vem logo atrás, com 18 pontos. Na última rodada, o Tricolor precisa vencer o Ituano fora de casa, no Novelli Júnior, para não depender de resultados paralelos na briga por uma vaga na próxima fase. As duas equipes se enfrentam às 16h (horário de Brasília) do domingo (10), no Estádio Novelli Júnior.

Foto de Eduardo Deconto

Eduardo DecontoSetorista

Jornalista pela PUCRS, é setorista de Seleção e do São Paulo na Trivela desde 2023. Antes disso, trabalhou por uma década no Grupo RBS. Foi repórter do ge.globo por seis anos e do Esporte da RBS TV, por dois. Não acredite no hype.
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