Santos é condenado pela Fifa e terá que pagar compra de João Basso à vista
Caso não cumpra o prazo estipulado na sentença, o Peixe será punido com transfer ban

Os problemas do Santos não param de se multiplicar. Além das turbulências no Campeonato Brasileiro, nesta sexta-feira (9), o Peixe foi condenado pela FIFA a pagar 2.5 milhões de euros (R$ 16 milhões na cotação do dia) ao Arouca, de Portugal, pela contratação do zagueiro João Basso.
A informação foi publicada inicialmente pelo ‘Record', de Portugal, e confirmada pela Trivela com fontes ligadas ao clube europeu.
Os dirigentes portugueses, inclusive, confirmaram que o pagamento terá que ser feito à vista dentro de 45 dias. Do contrário, o Santos ficará impossibilitado de contratar novos jogadores já na próxima janela de transferências, que abre em 10 de julho.
O zagueiro João Basso é mais um atleta que permanecerá no Santos FC para a temporada de 2024. O defensor de 26 anos se adequou à política salarial que vem sendo implantada pela nova gestão e seguirá no projeto de reconstrução do Peixe, demonstrando comprometimento e respeito.
— Santos FC (@SantosFC) January 10, 2024
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O Arouca aceita parcelar o valor?
Ainda durante a conversa com a Trivela, os representantes do clube português não demonstraram qualquer interesse em negociar um parcelamento do valor, pois o Peixe ignorou as prestações, segundo eles, “por quase dois anos”.
João Basso desembarcou na Vila Belmiro em agosto de 2023, quando o Santos, ainda administrado pelo ex-presidente Andres Rueda, decidiu investir os mesmos 2,5 milhões de euros (pouco mais de R$ 13 milhões na cotação da época) com pagamentos em quatro parcelas.
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Como Santos e Arouca negociaram as parcelas?
Conforme o apurado pela Trivela na oportunidade, o negócio foi sacramentado com o pagamento de 500 mil euros (cerca de R$ 2,6 milhões) à vista, na assinatura do contrato, e mais três parcelas nas seguintes condições: a segunda, também no valor de 500 mil euros, para ser quitada em novembro de 2023, e as duas restantes, no valor de 750 mil euros (R$ 4 milhões) cada, para serem pagas em março e julho de 2024.

Ocorre que só a primeira foi respeitada. Diante da situação, o clube português se viu sem outra alternativa e ingressou com uma ação na entidade que comanda o futebol mundial e recebeu o posicionamento desejado.
O Santos foi devidamente procurado pela Trivela, por meio de sua assessoria de imprensa, e a matéria será atualizada, caso o clube se posicione.
Santos tem outra ação na FIFA
Além da sentença em relação ao Arouca, o Santos terá um outro caso analisado na FIFA. No último sábado (3), conforme antecipado pela Trivela, a comissão técnica de Pedro Caixinha recorreu à entidade cobrando R$ 15 milhões por conta da demissão, no último dia 14 de abril.
Além de Caixinha, o Santos dispensou os auxiliares Pedro Malta e José Pratas, o preparador físico Guilherme Gomes e o preparador de goleiros José Belman. Eles esperaram o pagamento por parte do clube até o último dia 2 de maio.
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O valor e a data limite para o pagamento estavam definidos em contrato assinado pelo clube e os profissionais portugueses. Sem dinheiro em caixa para indenizar a comissão técnica, o Santos tentou um parcelamento que não foi aceito por Caixinha e seus assistentes.
Baseado nisso, a comissão técnica seguiu irredutível, pois entendia que, entre o dia 14 de abril e 2 de maio, houve um puro e injustificado descumprimento do contrato por parte do Santos.